A Suprema Corte dos Estados Unidos emitiu uma decisão crucial nesta segunda-feira (1º) em relação à imunidade do ex-presidente Donald Trump a acusações criminais relacionadas às eleições de 2020. Com uma votação de 6 a 3, o tribunal determinou que ex-presidentes possuem imunidade para seus poderes constitucionais, mas não para atos não oficiais. O caso foi devolvido à primeira instância para esclarecer a natureza das acusações. Trump celebrou a decisão em suas redes sociais, destacando-a como uma vitória para a Constituição e a democracia. Ele ressaltou a importância da resolução para o futuro do país e a necessidade de uma imunidade presidencial forte. O ex-presidente enfrenta acusações de conspiração e obstrução relacionadas aos seus esforços para permanecer no cargo após a derrota em 2020. As chances de ele ser julgado antes das eleições agora é são mínimas.
Durante as argumentações, alguns juízes indicaram que ex-presidentes podem ser processados por conduta privada durante o mandato. O procurador especial Jack Smith apresentou acusações contra Trump, incluindo conspiração para obstruir o governo federal. A equipe de Smith defende a referência a atos oficiais durante o julgamento, mesmo que não possam ser processados. A acusação contra Trump não distingue entre ações oficiais e não oficiais, descrevendo a forma como ele teria conspirado para obstruir o governo após as eleições, no episódio que ficou conhecido como invasão do Capitólio. O caso é dividido em categorias decorrentes das alegações de fraude eleitoral feitas pelo ex-presidente. Em casos anteriores, a Suprema Corte decidiu sobre a imunidade de presidentes em processos judiciais, estabelecendo limites para a responsabilidade oficial. (JP)