MUNDO: Rússia anuncia instalação de base naval na Abkhazia em meio a aumento de ataques

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Presidente russo, Vladimir Putin, reúne-se com a tripulação do tanque Alyosha T-80, que destruiu um comboio blindado ucraniano na direção de Zaporizhzhia durante a operação militar russa na Ucrânia,

Rússia anunciou nesta quinta-feira, 5, a instalação de uma base naval na Abkhazia, região separatista pró-Moscou na Geórgia. A decisão foi divulgada pelo governante do território, em meio a um aumento nos ataques contra a frota russa no Mar Negro, na Crimeia. O Kremlin ainda não se pronunciou sobre o assunto, enquanto a Geórgia condenou o anúncio, considerando-o uma violação de sua soberania e integridade territorial. As relações entre Rússia e Geórgia são complexas, marcadas por um conflito violento em 2008, desencadeado pelas tensões causadas pela intenção da Geórgia de se aproximar do Ocidente. O atual governo georgiano, que nega ser pró-Moscou, adotou uma postura mais flexível em relação à Rússia, o que levou a oposição a acusar o Executivo de buscar uma aproximação com o Kremlin. Após o conflito de 2008, Moscou reconheceu a independência de dois territórios separatistas no norte da Geórgia, Abkhazia e Ossétia do Sul, e mantém presença militar em ambos.

Aslan Bzhania, que se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin, esta semana, afirmou que o objetivo do acordo é fortalecer as capacidades de defesa tanto da Rússia quanto da Abkhazia. A data de abertura da base não foi divulgada, mas autoridades do distrito de Ochamchire informaram que as instalações do porto já estão preparadas. Enquanto isso, a Ucrânia tem intensificado os ataques contra instalações russas na Crimeia, península anexada por Moscou em 2014. Kiev reivindicou a destruição de sistemas de defesa antiaérea, de um estaleiro e de dois navios. A Crimeia desempenha um papel crucial na ofensiva russa na Ucrânia, sendo fundamental para o abastecimento das tropas que ocupam o sul do país e para a realização de bombardeios com mísseis a partir do mar. As Forças Armadas ucranianas buscam perturbar a cadeia logística russa e acabar com a intervenção militar de Moscou no Mar Negro, que é utilizado por Kiev para exportar grãos. Os Estados Unidos, por sua vez, descartaram aumentar sua contribuição ao fundo internacional de combate às mudanças climáticas. (JP)

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