Pela primeira vez no mundo, um estudo clínico feito na Inglaterra fez uma transfusão de glóbulos vermelhos cultivados em laboratório para dois pacientes. O procedimento é inovador e, se funcionar, a expectativa é diminuir a necessidade de transfusões sanguíneas. As células, que levam três semanas para serem criadas, dão esperança a grupos que precisam receber sangue regularmente, como pessoas com câncer avançado ou anemia falciforme. Em seguida, os pesquisadores da Universidade de Bristol planejam testar se os glóbulos vermelhos cultivados em laboratório duram mais no corpo em comparação com as células humanas que fazem parte do procedimento padrão. Para criar os glóbulos vermelhos, os cientistas removeram células-tronco, que têm capacidade de se tornar qualquer célula do corpo, do sangue de doadores regulares. Depois disso, eles usaram compostos químicos para transformar o material nas células sanguíneas, criando um suprimento maior do que o doado inicialmente. Como os glóbulos vermelhos são recém-cultivados em laboratório e todas as células são produzidas ao mesmo tempo, os pesquisadores suspeitam que eles podem durar mais tempo no corpo após as transfusões. Se o sangue cultivado em laboratório durar mais, seu uso pode simplificar a vida de pessoas que precisam de transfusão, diminuindo a quantidade de procedimentos obrigatórios. Os cientistas dizem que, no futuro, isso reduziria também a sobrecarga de ferro causada por transfusões de sangue frequentes, evitando o risco de complicações graves. As células também poderiam ser utilizadas em pessoas com tipos raros de grupos sanguíneos. As informações são do Portal Metrópoles.
Saúde
SAÚDE: Pfizer pedirá autorização dos EUA para 1ª vacina do mundo contra o VSR
A Pfizer afirmou que os estudos confirmam a segurança e eficácia de sua vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Com os resultados positivos, a farmacêutica pretende pedir aprovação para comercialização ao FDA, órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, até o final deste ano. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Se aprovado, o imunizante da Pfizer será a primeira fórmula criada especificamente contra o VSR que é o primeiro novo produto relacionado à infecção em mais de duas décadas. Em março, o FDA designou a vacina como uma terapia inovadora, um status que acelera sua revisão pela agência. O VSR é um vírus respiratório que normalmente causa sintomas semelhantes aos de um resfriado. Entretanto, em idosos e bebês, é capaz de desenvolver quadros graves. Inicialmente, a ideia é que a vacina da Pfizer seja administrada em mulheres grávidas, para que elas produzam anticorpos capazes de atravessar a placenta, protegendo a criança antes mesmo do nascimento. No teste, a vacina foi administrada em gestantes e os resultados mostram que a fórmula é cerca de 80% eficaz na prevenção da forma grave do VSR em bebês nos primeiros três meses de vida. O imunizante também reduziu pela metade o risco da criança precisar consultar um médico por conta da infecção. “O comitê de monitoramento de dados do estudo recomendou, com base nos respostas, que deveríamos ir adiante. A vacina é segura e eficaz e poderá realmente ajudar a prevenir o VSR, principalmente durante o inverno”, afirma o vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento clínico de vacinas da Pfizer, William Gruber, à CNN.
Ministério da Saúde nega dados sobre desnutrição em bebês
O Ministério da Saúde declarou que não reconhece os dados sobre hospitalizações por desnutrição no Brasil divulgados na quinta-feira (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Observatório de Saúde da Infância. A pesquisa aponta que, em 2021, as internações de bebês com menos de um ano chegaram ao maior nível em 13 anos. De acordo com a Fiocruz, os pesquisadores se basearam em dados do Sistema de Informações Hospitalares, que apontam 2.979 hospitalizações em crianças menores de um ano ao longo de 2021, o que equivale a oito hospitalizações por dia. “É importante esclarecer que as informações utilizadas não contêm qualquer respaldo oficial ou científico e estão em desacordo com as informações enviadas ao Ministério da Saúde pelos entes federativos”, destacou o Ministério, por meio de nota. “Ao contrário do que está sendo falado por alguns veículos de comunicação, dados oficiais do Ministério da Saúde apontam queda na mortalidade infantil de cerca de 70%, se comparado ao período de 2008 a 2021”, acrescentou a pasta. Segundo o comunicado, de 2008 a 2021 houve um declínio de 15% no registro em internações a cada 100 mil nascidos. De 2010 a 2021, o ministério diz ter identificado redução de 9% em internações hospitalares provocadas por desnutrição de zero a um ano de idade. “A melhoria deste indicador é observada ainda quando comparada a evolução de 2010 a 2021 quando o Brasil registrou diminuição de 2% nas internações”. “O Ministério da Saúde reforça que inúmeras iniciativas são desenvolvidas pela pasta, como acompanhamento nutricional de crianças e gestantes, repasses de recursos financeiros para fortalecer ações relacionadas ao incentivo do aleitamento materno, alimentação e nutrição infantil nos estados e municípios, programas de suplementação de micronutrientes para famílias de baixa renda”. Em nota divulgada hoje, a Fiocruz reiterou que trabalha com dados públicos disponíveis em fontes oficiais do Ministério da Saúde. “O levantamento sobre aumento das internações por desnutrição, sequelas da desnutrição e causas associadas em bebês menores de 1 ano foi realizado a partir do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), em 10/10/2022, por meio do Tabnet, do DataSUS.”
ITABUNA: COM NOVO ANEXO, HOSPITAL DE BASE SE CONSOLIDA COMO REFERÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE
Em junho passado, o prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), apresentou ao governador Rui Costa (PT) projeto para a reforma do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM). O Chefe do Executivo estadual sugeriu construir um anexo aproveitando parte do projeto arquitetônico utilizado no Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, em vez de mexer em um imóvel construído há 30 anos.
O processo para as obras do anexo está em fase de licitação havendo a previsão de que sejam investidos pouco mais de R$ 60 milhões. A intervenção será de 6.516, 80 m² de área construída e três pavimentos. Terá seis salas cirúrgicas, 20 leitos de UTI, ampliação da emergência, setor técnico e um Centro de Diagnóstico por Imagem.
Para o prefeito Augusto Castro, a parceria do município com o Governo do Estado vem assegurando importantes investimentos, o que fará com que Itabuna se consolide como referência no interior na área da saúde. Desde meados da década de 70, a cidade conta com profissionais, equipamentos e tecnologia avançada no setor.
“Rui Costa é, disparadamente, o governador que mais investiu em Itabuna e na nossa região. Com o anexo do Hospital de Base e o novo Hospital São Lucas, em fase de ampliação, daremos um salto qualitativo e quantitativo na saúde. Não tenho dúvidas de que a cidade se consolidará em todo o Estado como centro de saúde avançado”, afirmou o gestor itabunense.
Já o dirtor-presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (FASI), que administra o Hospital de Base, Roberto Pacheco Jr, se mostra ansioso quanto à finalização da concorrência para que as obras se iniciem o mais breve possível. Ele lembra que o Hospital de Base tem aprimorado a prestação de serviços médico-hospitalares, tendo recentemente concluído o “Projeto LEAN nas Emergências”.
“Os investimentos no Hospital de Base que o Governo do Estado está realizando vão transformar a nossa unidade hospitalar, modernizar e aprimorar o atendimento a nossos pacientes”, finaliza o diretor-presidente da FASI.
Outubro Rosa: Menos mulheres têm feito mamografia, diz pesquisa
Quando se analisam os procedimentos de detecção e tratamento do câncer de mama no Brasil, os números são preocupantes. A cobertura da mamografia, por exemplo, tem apresentado taxas cada vez menores.
Segundo o Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil registrou o menor índice de realização do exame: apenas 17% das mulheres entre 50 e 69 anos realizaram a mamografia em 2021. Em 2019, esse percentual era de 23%. Um estudo idealizado pelo Instituto Avon e pelo Observatório de Oncologia analisou dados de rastreamento mamográfico, avaliando a taxa que mede a capacidade do SUS de atender a população feminina. Foram considerados também índices de diagnóstico e de acesso aos tratamentos no Brasil com base no Datasus, o sistema de informática do SUS. De acordo com a pesquisa, mais de 437 mil mulheres passaram por procedimentos quimioterápicos no país entre 2015 e 2021. No período analisado, o Distrito Federal (DF) teve a pior taxa de cobertura mamográfica (4%), seguido por Tocantins, Acre e Roraima, com 6%. Os dados indicaram também uma deficiência de políticas públicas para a saúde das mamas durante a pandemia de Covid-19. Segundo o trabalho, a diminuição de cobertura e de produção de mamografias, que é o principal exame de rastreamento e diagnóstico de câncer de mama, resulta em avaliação tardia para a chegada da população feminina ao tratamento. Isso contribui para o fato de mais mulheres chegarem ao SUS com diagnóstico avançado e, por isso, com menores chances de cura. (BN com informações do Metrópoles.)
ITABUNA: O DIA D DE VACINAÇÃO CONTRA MENINGITE, É AMANHÃ
Nesta quinta-feira, dia 20, a Rede de Frio da Secretaria Municipal de Saúde vai fazer uma intensificação da vacina contra a meningite meningocócica, forma bacteriana da doença. O ponto central da vacinação será a UniFTC, na Praça José Bastos, centro de Itabuna, das 10 às 14 horas. O público-alvo são crianças de 3 meses a 10 anos, adolescentes de 8 a 18 anos, adultos maiores de 18 anos com comorbidades e profissionais de saúde que nunca tenham sido vacinados. Nesta quinta-feira, dia 20, a Rede de Frio da Secretaria Municipal de Saúde vai fazer uma intensificação da vacina contra a meningite meningocócica, forma bacteriana da doença. O ponto central da vacinação será a UniFTC, na Praça José Bastos, centro de Itabuna, das 10 às 14 horas. O público-alvo são crianças de 3 meses a 10 anos, adolescentes de 8 a 18 anos, adultos maiores de 18 anos com comorbidades e profissionais de saúde que nunca tenham sido vacinados contra a meningite. A oferta será de 400 doses do imunizante. A coordenadora da Rede de Frito, Camila Brito, informou que vacinar o público-alvo é necessário por causa do aumento das ocorrências de meningite na Bahia. Ela ressalta a gravidade da forma meningocócica, que pode levar à morte. “ É uma doença infectocontagiosa grave. As pessoas precisam ter responsabilidade sanitária”, alerta. De acordo com a Rede de Frio, foram registrados, em Itabuna, 28 casos de meningites, de 2018 a 2022. As ocorrências foram dos tipos , Viral, bacteriana, protozoária e fúngica. Além da UniFTC, as vacinas também estarão disponíveis nas Unidades Básicas e de Saúde da Família. As doses são do imunizante SCWY, que protege contra meningite. Na rede particular a vacina custa R$ 400.
COMUNICADO
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) comunica e esclarece à população que desde quinta-feira, dia 13, a Central de Regulação de Itabuna encontra-se sem acesso à internet. A unidade teve sua fiação de internet furtada em ação de criminosos. Nesse sentido, a SMS informa que as providências já estão sendo tomada. Até a situação seja resolvida, a equipe da Central de Regulação foi remanejada para a sede da Secretaria de Saúde para que os serviços essenciais sejam realizados e a população não fique desassistida.os contra a meningite. A oferta será de 400 doses do imunizante. A coordenadora da Rede de Frito, Camila Brito, informou que vacinar o público-alvo é necessário por causa do aumento das ocorrências de meningite na Bahia. Ela ressalta a gravidade da forma meningocócica, que pode levar à morte. “ É uma doença infectocontagiosa grave. As pessoas precisam ter responsabilidade sanitária”, alerta. De acordo com a Rede de Frio, foram registrados, em Itabuna, 28 casos de meningites, de 2018 a 2022. As ocorrências foram dos tipos , Viral, bacteriana, protozoária e fúngica. Além da UniFTC, as vacinas também estarão disponíveis nas Unidades Básicas e de Saúde da Família. As doses são do imunizante SCWY, que protege contra meningite. Na rede particular a vacina custa R$ 400.
COMUNICADO
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) comunica e esclarece à população que desde quinta-feira, dia 13, a Central de Regulação de Itabuna encontra-se sem acesso à internet. A unidade teve sua fiação de internet furtada em ação de criminosos. Nesse sentido, a SMS informa que as providências já estão sendo tomada. Até a situação seja resolvida, a equipe da Central de Regulação foi remanejada para a sede da Secretaria de Saúde para que os serviços essenciais sejam realizados e a população não fique desassistida.
VARÍOLA DOS MACACOS: São Paulo registra segunda morte por varíola dos macacos
São Paulo registrou a segunda morte por varíola dos macacos neste fim de semana. A Prefeitura de Praia Grande, no litoral, confirmou o óbito de um morador, de 37 anos. A vítima faleceu em Santos, na madrugada deste sábado, 15, após ser diagnosticado com a doença no início de agosto. Segundo a prefeitura de Praia Grande, o homem foi internado em setembro em um hospital particular da cidade devido a infeções secundárias. No entanto, ele teve que ser transferido para um hospital particular em Santos, onde morreu. “Em todo o período em que esteve internado, o paciente foi acompanhado pelo serviço Acolhe Praia Grande da Secretaria de Saúde e monitorado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica”, informa a nota da prefeitura. No último dia 12, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo já havia confirmado a primeira morte no estado de um paciente vítima da doença. Ele tinha 26 anos, morava na capital paulista e apresentava comorbidades. O paciente estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto. A transmissão do vírus da varíola dos macacos ocorre de pessoa para pessoa por meio de feridas, fluidos corporais e gotículas do doente. Isso pode se dar mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele, inclusive sexual. O período de encubação do vírus varia de cinco a 21 dias. Entre os principais sintomas estão erupções e nódulos dolorosos na pele. A doença também pode causar febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza. (JP)
SAÚDE: Casos de doença cerebral preocupam na Bahia
Casos da doença de Creutzfeldt-Jakob, mal que acomete o cérebro, comprometendo funções motoras, além da fala e da visão, chegaram à Bahia causando medo na população. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em 2022, foram confirmados cinco casos na Bahia, todos em residentes da capital. Destes, um está internado, três foram a óbito e um está sendo investigado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). A infectologista Clarissa Ramos explica os possíveis motivos para a confusão entre a doença da Vaca Louca e a Creutzfeldt-Jakob. “Todas essas doenças são transmitidas por príons (moléculas de proteínas que têm a capacidade de gerar uma série de problemas de saúde) e isso leva a uma confusão. Também porque a doença da vaca louca é mais difundida. A doença da Vaca Louca é causada no bovino e a de Creutzfeld-Jakob é causada no ser humano e ela tem algumas variações, subtipos”, conta.
Contaminação
“Um desses tipos que a gente chama de variante da doença de Creutzfeldt-Jakob que seria a doença humana causada pelo príon que causa a vaca louca no bovino. Então, se uma pessoa se alimenta de carne bovina e adquire a doença, ela desenvolve o que a gente chama de variante da doença de Creutzfeldt-Jakob ”, completa. Dentre os casos mais recentes da doença, está a irmã de Suzana Alves. Aos 40 anos, a vítima morreu na última terça-feira. Ela desenvolveu os sintomas típicos da doença, que rapidamente avançou. “Ela começou com tontura dentro de casa, depois ficou vomitando”, lembra a irmã. “Procurava as UPAs e só faziam hemograma normal mesmo, não dava nada, mandavam pra casa e davam remédio para tontura e vômito. E cada dia só aumentando a gravidade do quadro dela”. Já com perda de equilíbrio, controle da voz e das marchas do corpo, a irmã de Suzana recorreu a um neurologista, que lhe passou uma bateria de exames. “No dia 15 de agosto ela se internou e os médicos começaram a se aprofundar, pensando que era encefalite herpética”. O caso se inclui em um dos tipos da doença em que não se sabe identificar como se deu a contaminação. “A forma esporádica que, como já diz o nome, a gente não sabe em si como ela acontece”, explica a infectologista. “Esporadicamente ela acomete alguém. Não é uma doença comum, é uma doença rara”, continua a especialista. “É algo que pode até acontecer inclusive por mutações dessas proteínas de maneira hereditária. Pode ser por alterações genéticas, pode ser transmissível mas também não se sabe porque algumas pessoas da mesma casa muitas vezes não desenvolvem”, detalha.
Sintomas
A médica também sinaliza que os sintomas mais comuns são tremores e alterações da marcha, ao caminhar. “Ela chegou lá ainda andando e falando. Com um tempo, ela perdeu a fala, não engolia mais, não enxergava mais, não ouvia, só ficava dando espasmos na cama, sofrimento puro”, lamenta Suzana. A Sesab reforça que os casos de Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) registrados na Bahia não têm relação com o mal da vaca louca, doença que acomete bovinos. De acordo com as características e números apresentados pelas notificações no estado, a Vigilância à Saúde do Estado afastou essa ligação.
(G1)
CFM estabelece regras para uso da cannabis no tratamento de doenças na infância
A Cannabis in natura ou outros derivados que não sejam o canabidiol não poderá ser prescrita para uso medicinal.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) baixou, nesta sexta-feira (14), uma resolução em que aprova o uso do canabidiol (CBD) para o tratamento de epilepsias na infância e adolescência. A utilização funcionará de maneira refratária às terapias convencionais na Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa. O documento, publicado no Diário Oficial da União (DOU), é resultado das decisões pautadas na sessão plenária do CFM realizada em 11 de outubro de 2022. Ficaram estabelecidas regras para que profissionais de medicina de todo o Brasil possam seguir ao prescrever a substância como método terapêutico. Segundo a resolução, os pacientes submetidos ao tratamento com o canabidiol, ou seus responsáveis legais, deverão ser esclarecidos sobre os riscos e benefícios potenciais do tratamento por Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A Cannabis in natura ou outros derivados que não sejam o canabidiol não poderá ser prescrita para uso medicinal. O canabidiol receitado pelo profissional médico deverá ter um padrão de qualidade específico, com grau de pureza e forma de apresentação seguindo as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A prescrição terapêutica da Cannabis de modo diferente do que está prevista na resolução só poderá ser feita em estudos autorizados pelo Sistema CEP/CONEP, instância de avaliação ética em protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos. Os médicos estão vedados de ministrar palestras e cursos sobre o uso do canabidiol e de produtos derivados da Cannabis fora do ambiente científico, assim como não poderão realizar nenhuma divulgação científica. O novo regramento substitui um semelhante, de 2014. (BN)
ECONOMIA: Bolsonaro anuncia desoneração da folha para o setor da saúde
De acordo com o presidente, a medida tem o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quinta-feira (13) a desoneração da folha de pagamento para o setor da saúde. De acordo com o mandatário, iniciativa poderia ajudar numa solução sobre a adoção do piso nacional de enfermagem, norma que foi suspensa no mês passado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sob a alegação, entre outros fundamentos, de que ela poderia causar demissões de profissionais de saúde. Segundo Bolsonaro, a medida tem o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, embora não tenha detalhado o impacto orçamentário da medida e quando ela efetivamente entraria em vigor. “Ganhei uma dele (Paulo Guedes), coisa rara. Pedi para ele desonerar a folha da saúde no Brasil. São 17 setores que já estão desonerados e ele falou que eu poderia anunciar a desoneração da saúde no Brasil. O impacto é compatível”, disse. “O que é a desoneração. Hoje um setor não desonerado paga um imposto em cima da folha, em média 20%. A desoneração passa a ser de 1% a 4% sobre o faturamento bruto da empresa. Vai ser vantajoso e vamos dar mais uma sinalização para o piso da enfermagem do Brasil que o Supremo resolveu parar”, completou ele, que cumpre agenda de campanha à reeleição em Recife.
ENTREVISTA: Infectologista alerta para avanço da varíola dos macacos e cita grupos suscetíveis a casos graves
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Raquel Muarrek também falou sobre os cuidados necessários para prevenção contra o vírus
O Estado de São Paulo registrou a primeira morte causada pela varíola dos macacos nesta quarta-feira, 12. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, que informou que o paciente tinha 26 anos, vivia na capital paulista era portador de diversas comorbidades. Ele estava internado desde o começo de agosto no Hospital Emílio Ribas. Essa foi a sétima morte pela doença no país, que soma mais de 7 mil casos até o momento. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, desta quinta-feira, 13, a infectologista Raquel Muarrek falou sobre o avanço da doença, citando que alguns grupos estão mais suscetíveis a desenvolverem casos graves da varíola dos macacos. “Ele (o quadro) tem que apresentar de acordo com a gravidade ou com a imunodeficiência do paciente. Se o paciente é oncológico, transplantado ou que usa alguma medicação de imunodeficiência, ele está muito mais propenso a pegar um vírus apresentando um quadro mais grave. O que são os quadros mais graves? Uma encefalite, um quadro de miocardite, uma pneumonia, etc. Ele é muito mais grave em gestante e em crianças. Nessas pessoas, que precisam de um sistema imune mais rápido, ele apresenta quadro de evolução mais rápido”, explicou Raquel.
A infectologista ainda falou sobre as características desse vírus, lembrando suas similaridades com a varíola humana e lembrando dos alertas para a população. “A varíola é uma doença para um vírus que tem uma alta durabilidade. Tivemos a varíola humana que durou séculos e demorou pra ser extinta. Esse vírus é parente e também tem durabilidade grande. O que precisa é um alerta para a população nos cuidados, na manutenção de defesas e, claro, para que os órgãos de saúde tenham diagnósticos mais rápido, porque provavelmente esse vírus já estava circulando a um tempo maior e vem apresentando a sua gravidade, embora não seja igual a Covid“, disse Raquel. Por fim, a especialista falou sobre procedimentos de prevenção de infecção. “A higienização das mão é muito importante porque esse vírus morre com qualquer material de higiene, seja álcool ou sabonete. […] Os cuidados disso são importantes. A maior conduta é, se você está gripado ou tem algum risco, use uma máscara. Cuidados de contato íntimo ajudam a não transmitir a doença”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra:
Meningite: Com um aumento de 136% no número de casos, Bahia vive surto da doença
Dados divulgados pelas autoridades de saúde baianas mostram um aumento exponencial no número de casos de meningite. Considerado como um surto pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o crescimento foi de 136%, se comparado aos números registrados no ano passado. Causada geralmente por uma infecção – seja bacteriana, viral ou decorrente de outras etiologias -, a meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode acometer indivíduos de qualquer idade e ocorrer em qualquer período do ano. Conforme apontou a Sesab, o quantitativo de ocorrências da doença na Bahia saltou de 105 casos e 21 mortes, em 2021, para os 248 casos e 43 óbitos registrados até o último dia 28 de setembro. As informações divulgadas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) do órgão estadual ao longo do ano já apontavam para um crescimento progressivo nos índices relacionados com o agravo. Em março, o primeiro boletim epidemiológico mostrava que havia 23 casos e 3 mortes. Meses depois, em maio, o quadro epidemiológico era de 56 registros e 11 vítimas. Em ambos os comunicados, a região Sudoeste foi o território com maior incidência. No primeiro o público de 10 a 14 anos foi o que mostrou ser o mais afetado, considerando a incidência (de 0,14/100 mil habitantes). Já o coeficiente do segundo (superior a 0,4/100 mil habitantes) foi maior entre os de idade igual ou inferior a 1 ano. Na avaliação da secretaria da Saúde, o retorno à vida normal após a crise sanitária da Covid-19 potencializou o risco de transmissão de diversas doenças, entre elas a meningite. A baixa imunização também seria um ponto facilitador para a circulação da doença, de acordo com a Sesab. A vacinação, aliás, é considerada como a forma mais eficaz na prevenção da doença. Na rede pública estão disponíveis para crianças menores de 1 ano e até 4 anos as vacinas Pneumocócica 10 Valente conjugada, Meningocócica C conjugada, Pentavalente e BCG, que protegem contra alguns tipos de meningite bacteriana. Desde 2020, o Ministério da Saúde está disponibilizando a vacina meningocócica quadrivalente (ACWY) para os adolescentes de 11 a 12 anos e, a partir de junho de 2022, foi recomendada para os trabalhadores da saúde. Também são ofertadas, nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE), vacinas contra meningite para grupos específicos.