O presidente da Bolívia, Luis Arce, foi expulso do Movimento ao Socialismo (MAS), partido com o qual venceu as eleições de 2020. A informação foi confirmada após congresso da sigla realizado entre terça e quarta-feira no Estado de Cochabamba. O rompimento acontece em meio a uma disputa entre Arce e seu antigo aliado, o ex-presidente Evo Morales, que já anunciou candidatura à eleição presidencial de 2025. De acordo com a resolução aprovada pelos partidários de Morales, Arce se “auto-expulsou” ao faltar ao congresso em que seu rival foi proclamado candidato às primárias em dezembro. Na Bolívia, a Lei de Organizações Políticas obriga todos os partidos a realizarem disputas internas para definirem seus candidatos. Além de Arce, o vice-presidente, David Choquehuanca, e outros 28 militantes do MAS ligados ao presidente, incluindo legisladores e funcionários, também foram expulsos do partido. Morales governou a Bolívia entre 2006 e 2019 e disputava com Arce a liderança do partido. A rivalidade se acentuou no último ano, após Morales criticar o mandatário por suposta traição, corrupção e tolerância com o narcotráfico.
Mundo
MUNDO: Tufão Koinu atinge Taiwan, deixa um morto, 200 voos cancelados e escolas fechadas
A passagem do tufão Koinu por Taiwan deixou um morto e fez 200 voos, internacionais e nacionais, cancelados. Quase 3.000 pessoas em regiões montanhosas foram retiradas de suas casas por precaução. Segundo a Administração Meteorológica Central, Koinu atingiu a costa no Cabo Eluanbi, o mais ao sul da ilha, na manhã desta quinta-feira, 5, de manhã, e foi-se enfraquecendo à medida que avançava pelo Estreito de Taiwan. O fenômeno provocou chuvas torrenciais e ventos recordes. As autoridades informaram que uma senhora de 84 anos morreu em sua casa na cidade de Taichung, no oeste do país, após ser ferida por vidros quebrados pelo vento.
A ilha vulcânica Orchid, habitada em sua maioria por pescadores e agricultores, teve rajadas de 340 quilômetros por hora durante a noite, enquanto Koinu se movia em direção ao extremo-sul de Taiwan. “As rajadas de vento máximas de 95,2 metros por segundo na noite passada na ilha Orchid são um novo recorde em Taiwan”, disse o serviço meteorológico. Inicialmente, esperava-se que Koinu atingisse diretamente a ponta sul de Taiwan, mas “seu curso virou mais para o sul”, acrescentou a mesma fonte. Especialistas afirmam que a mudança climática tornou mais difícil prever a trajetória das tempestades tropicais, ao mesmo tempo em que aumentaram sua intensidade, o que causa fortes chuvas, inundações e mar agitado. Taiwan enfrenta tempestades tropicais frequentes de maio a novembro e, nesta quinta, fechou escolas, antes da chegada de Koinu.
Category 4 typhoon wreaks havoc in Taiwan
— RT (@RT_com) October 5, 2023
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MUNDO DA POLÍTICA: Milei acusa Lula de agir contra sua candidatura: ‘Casta vermelha treme’
O candidato a presidência da Argentina, Javier Milei, acusou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de agir contra sua candidatura, o que favoreceria seu adversário, o ministro da Economia, Sérgio Massa. “A casta vermelha treme. Muitos comunistas nervoso e com ações diretas contra mim e meu espaço. A liberdade avança! A liberdade avança”, escreveu o economista em sua conta no Twitter. A publicação foi feita tendo como base uma matéria feita pelo jornal O Estado de São Paulo, em que diz que o presidente Lula atuou em operação para banco emprestar US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Milei, que é cotado com favorito para vencer as eleições que acontecer no dia 22 de outubro. A Argentina vive uma situação econômica complicada, com a inflação acima de 100%, falta de dólares e dívida bilionária com Fundo Monetário Internacional (FMI).
A reportagem fala que Lula teria utilizado do peso e influência do Brasil na Comunidade Andina de Fomento (CAF) para aprovar, junto aos demais países-membro, o envio do recurso diretamente ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em nome da Argentina, garantindo um desembolso de US$ 7,5 bilhões ao país. Em resposta à Jovem Pan, o Planalto e a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, negaram que tenha havido interferência. Tebet inclusive negou que tenha recebido ligação ou orientação de Lula quanto ao empréstimo à Argentina. Contado, o Itamaraty informou que “as relações entre Brasil e Argentina está inserido nas relações de Estado entre os país e que a gestão que tem sido feita em favor do país vizinho junto a organismos financeiros multilaterais, a exemplo do CAF e FMI, acontecem desde que Lula assumiu o cargo” e levam em consideração a importância da Argentina como país vizinho e importante ator econômico.
O Ministério das Relações Exteriores também ressalta que a interlocução que existe entre o ministro argentino Sérgio Massam, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “existe desde a transição de governo, então não se trata de algo que tenha ocorrido pontualmente em contexto eleitoral do país vizinho”. As eleições na Argentina acontecem em menos de 20 dias e Milei e Massa aparecem como os principais nomes – eles devem disputar o segundo turno, marcado para 19 de outubro. Uma pesquisa do Centro Estratégico Latino americano de Geopolítica (CELAG), divulgada no final de setembro, mostrou que Milei, do A Liberdade Avança, vencedor da PASO, realizada em agosto, aparece com 33,2% das intenções de votos, contra 32,2% de Sergio Massa, do União pela Pátria. Na terceira posição aparece Patricia Bullrich, do partido Juntos por el Cambio, com 28,1%.
TIEMBLA LA CASTA ROJA
— Javier Milei (@JMilei) October 4, 2023
Muchos comunistas enojados y con acciones directas contra mi persona y mi espacio…
LA LIBERTAD AVANZA
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MUNDO- Acidente milionário na Itália: Ferrari e Lamborghini se chocam e fazem van capotar; veja vídeo
A colisão entre uma Ferrari e uma Lamborghini fez uma van capotar e deixou dois mortos na Sardenha, na Itália, na segunda-feira, 2. A matéria está no site Jovem Pan. Segundo a mídia local, os veículos participavam do Sardinia Supercar Tour, um passeio de carros de luxo. As vítimas fatais são Melissa e Markus Krautli, de 63 e 67 anos respectivamente, que estavam na Ferrari. Eles ficaram presos dentro do veículo e morreram queimados, de acordo com a imprensa local. Já o casal que estava na Lamborghini passa bem. Por sua vez, os ocupantes da van, de 61 e 62 anos, foram levados para o hospital, mas não tinha ferimentos graves. No vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver o momento em que o acidente acontece. A Lamborghini azul tenta ultrapassar a van ao mesmo tempo, em que a Ferrari acelera para realizar a mesma ação. Quando os dois carro se tocam, fazem a van tombar, enquanto a Lamborghini vai para acostamento e Ferrari sai do vídeo, não podendo mais ser visualizada. As autoridades italianas recolheram os veículo e investigam o incidente.
MUNDO DA POLITICA: Kevin McCarthy é destituído do cargo de Presidente da Câmara dos EUA
O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, foi destituído, nesta terça-feira, 3, do cargo pelo Partido Republicano. Pela primeira vez em seus 234 anos de história, a Câmara apoiou uma resolução “para a vacância do cargo de presidente da Câmara”, com uma votação de 216 contra 210, preparando o terreno para uma disputa sem precedentes para substituir o “speaker” um ano antes da eleição presidencial. A destituição de McCarthy foi solicitada por membros de extrema-direita, e os democratas não forneceram os votos que seriam necessários para salvá-lo – no final de setembro ele abriu uma investigação de impeachment do presidente Joe Biden. Com o ocorrido, a Câmara fica em território desconhecido enquanto procura um novo líder, contudo, enquanto isso, o deputado Patrick T. McHenry foi nomeado presidente pro-tempore para presidir até que um novo presidente seja eleito.
McCarthy, que estava confiante em sua permanência no cargo, desencadeou a fúria da ala ultraconservadora do partido quando aprovou, no sábado, uma medida bipartidária provisória de financiamento apoiada pela Casa Branca para evitar uma paralisia do governo. O embate surge dois dias depois de a Câmara de Representantes e o Senado terem aprovado, por maioria bipartidária em ambos os casos, uma medida para evitar um custoso “shutdown” do governo, ao prolongarem o financiamento federal até meados de novembro. Os ultraconservadores estavam incomodados com o que viram como um revés de McCarthy, que havia prometido o fim da legislação provisória acordada às pressas com o apoio do partido da oposição e um retorno ao orçamento por meio do processo da comissão.
A eleição de McCarthy no começo do ano já havia representado um marco histórico no país, pois, pela primeira vez em cem ano a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos não elegeu o presidente em primeira votação. Foram necessárias 15 rodadas de votação para que ele fosse eleito. Essa foi a disputa mais longa pelo cargo em mais de 160 anos. Para ser eleito, McCarthy e seus aliados fizeram concessões aos mais conservadores, medidas que frustraram os moderados do partido. Ao todo, Kevin McCarthy conquistou 216 votos, contra 212 obtidos por Jeffries. Sua destituição também foi marcada por 216 a favor e 210 contra, e aconteceu nove meses depois da sua posse. (JP)
MUNDO: Problemas econômicos e ataques a candidato peronista dominam primeiro debate presidencial na Argentina
A Argentina realizou no domingo, 1, o primeiro debate presidencial das eleições, marcadas para dia 22 de outubro, e com o candidato de extrema-direita, o economista Javier Milei, conhecido como Bolsonaro da Argentina, como favorito. Ele é seguido pelo atual ministro da Economia, Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria (peronistas de centro-esquerda). As propostas para combater a inflação, a fuga de divisas, a dolarização da economia ou o fim do Banco Central foram os temas que dominaram o debate, junto aos ataques à Massa, que foi alvo das críticas dos demais aspirantes devido à grave crise que o país enfrenta, com uma inflação de mais de 120% em termos anuais e um índice de pobreza que supera 40% da população.
“A Argentina está em decadência. Se continuarmos assim, em 50 anos seremos a maior favela do mundo”, afirmou Milei, impondo seu plano para melhorar a economia do país. “Propomos a reforma do Estado, desregulamentar a economia, fazer privatizações e fechar o Banco Central. Se me deixarem, em 15 anos a Argentina pode alcançar níveis de vida como a Itália e a França, se me derem 20 anos, a Alemanha, e se me derem 30, os Estados Unidos”, afirmou o economista. Em sua intervenção, Massa, um advogado de 51 anos, admitiu que a inflação é maior problema dos argentinos e pediu desculpas por não ter conseguido reduzir o índice de preços. Ele afirmou que, se for eleito presidente, promoverá uma lei que permita o retorno ao país dos recursos depositados no exterior sem o pagamento de impostos, além de um plano de desenvolvimento das exportações. As declarações foram criticadas pelos outros candidatos.
Além da economia, um dos principais temas que vão impactar nesta eleição, o debate de domingo também abordou questões como educação e direitos humanos, temas em que Milei ganha destaque por suas posições polêmicas. O economista, por sua vez, voltou a questionar a ditadura argentina e a quantidade de desaparecidos que ela deixou. Segundo ele, não são 30 mil desaparecidos, como afirmam as organizações de defesa dos direitos humanos, e os anos do regime militar foram uma “guerra” entre as forças do Estado e as guerrilhas. “Não foram 30 mil desaparecidos, são 8.753. Somos contra uma visão de apenas um lado da história”, disse Milei.
Em resposta ao candidato de direita, o atual presidente, Alberto Fernández respondeu à afirmação de Milei. “É insustentável que alguém continue negando e justificando a ditadura genocida que torturou, assassinou, roubou bebês dos quais mudou a identidade, provocou desaparecimentos e condenou ao exílio dezenas de milhares de argentinos”, escreveu o presidente na rede X (antes do Twitter). Os candidatos à presidência participarão de outro debate no dia 8 de outubro, duas semanas antes do primeiro turno. Uma pesquisa divulgada no final de dezembro pelo Centro Estratégico Latino Americano de Geopolítica (CELAG), apontou que Milei aparece na primeira posição com 33,2% dos votos, seguido por Massa, que tem 32,2%. Na terceira posição aparece Patricia Bullrich, com 28,1%.
JP com agências internacionais
MUNDO DA JUSTIÇA: Trump começa a ser julgado por fraude financeira em Nova York
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus dois filhos, começaram a ser julgados nesta segunda-feira, 2, por fraude financeira em Nova York. Eles são acusados de terem inflacionado durante anos o valor dos seus ativos imobiliários. Cumprindo com o que havia informado no domingo à noite em sua na sua plataforma Truth Social, ele compareceu perante o tribunal de Nova York. Trump chamou o julgamento de “simulacro” de justiça e disse que parecia “um show de horror”. “Todo este caso é uma farsa!!!”, escreveu no domingo em sua rede social. O republicano chegou ao tribunal em meio a um grande dispositivo de segurança. Saiu do carro sozinho e caminhou, de cabeça baixa, seguido a distância pelos membros de sua equipe de assessores.
“A lei é, ao mesmo tempo, poderosa e frágil. Hoje, no tribunal, embasaremos nosso caso com provas”, disse à imprensa a procuradora Letitia James, acrescentando que “a Justiça prevalecerá”. Trump sempre rejeitou as acusações e intensificou os seus ataques contra a procuradora Letitia James, uma democrata negra que ele chamou de “racista”, e contra o juiz Engoron, a quem descreveu como “perturbado”. O julgamento desta segunda, que prenuncia uma maratona judicial para o favorito dos republicanos nas eleições presidenciais de 2024, promete ser muito técnico e espera-se que dezenas de testemunhas deponham, incluindo três dos filhos de Trump, Eric, Donald Jr e Ivanka.
Esta última foi inicialmente alvo da denúncia, mas acabou não sendo indiciada. Também devem depor o ex-diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, que cumpriu pena de prisão depois de se declarar culpado por fraude fiscal em outro caso contra o grupo. As testemunhas incluem também o ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, que se tornou um dos seus inimigos declarados, além de funcionários dos bancos credores e da empresa de contabilidade Mazars, que parou de trabalhar com a Trump Organization em 2021.
Desde a semana passada este julgamento assumiu de repente uma importância considerável na semana passada. O juiz Arthur Engoron decidiu que a “fraude contínua” foi comprovada e que o gabinete da Procuradoria-Geral do estado de Nova York já tinha provado que Donald Trump e os diretores do seu grupo haviam “supervalorizado” os seus ativos entre US$ 812 milhões e US$ 2,2 bilhões entre 2014 e 2021 (cerca de R$ 2,1 bilhões e R$ 12,2 bilhões de reais nas respectivas cotações da época). O juiz ordenou a revogação das licenças comerciais no estado de Nova York de Donald Trump e de dois dos seus filhos, Eric Trump e Donald Trump Jr, vice-presidentes executivos da Trump Organization, além do confisco das empresas que são alvo do processo, que serão confiadas aos liquidatários.
O republicano, que acumulou sua fortuna no setor imobiliário e nos cassinos na década de 1980 e prometeu administrar os Estados Unidos como as suas empresas, pode perder o controle de vários edifícios emblemáticos do seu grupo, como a Trump Tower, na 5ª Avenida de Manhattan, caso sanções sejam implementadas. As propriedades estão no centro das acusações da procuradora Letitia James: a superfície do apartamento do empresário na Trump Tower triplicou e o edifício no número 40 de Wall Street foi supervalorizado entre US$ 200 e 300 milhões (R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, cotação atual). A luxuosa residência da Trump Organization em Mar-a-Lago, na Flórida, e vários campos de golfe também aparecem no dossiê. A procuradora pede ainda o reconhecimento de outras violações da legislação financeira e uma multa de US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão, na cotação atual).
Embora não possa ser condenado à prisão por esta acusação, o julgamento será um prelúdio de uma série de processos judiciais que poderão prejudicar a sua campanha pela indicação republicana. O bilionário é acusado criminalmente em quatro casos diferentes, o que até o momento não afetou sua popularidade entre as bases republicanas. Em 4 de março, Trump deve comparecer a um tribunal em Washington para responder às acusações de tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020, vencidas por Joe Biden. Em seguida, ele comparecerá novamente ao tribunal em Nova York por fraude contábil e, depois, na Flórida, pela gestão negligente de documentos confidenciais após deixar a presidência.
(Com informações da AFP/JP)
MUNDO: Governadora de Nova York diz que inundações foram ‘históricas’, mas não causaram mortes.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, afirmou neste sábado, 30, que as inundações registradas na sexta-feira, 29, no Estado foram “históricas”, com a paralisação de transportes públicos, estradas e aeroportos. No entanto, ela informou que não houve vítimas fatais. A situação foi tão extrema que “até mesmo os leões marinhos do zoológico tentaram escapar” do lago, comentou a democrata. “Este evento foi histórico. Em algumas áreas, recordes foram quebrados. E é a maior chuva já registrada no aeroporto John F. Kennedy… e em alguns lugares, será a maior chuva já registrada em 70 anos”, destacou. Embora a chuva tenha parado neste sábado e o sistema de transporte tenha voltado à normalidade, o estado de emergência continua em vigor na cidade de Nova York, Long Island e na região de Mid-Hudson. Segundo as autoridades, foram registrados mais de 23 centímetros de chuva no condado de Nassau, que fica a leste da Big Apple. Algumas partes da cidade de Nova York sofreram inundações de 15 a 20,32 centímetros, enquanto o condado de Westchester, ao norte da cidade, recebeu mais de 15 centímetros de água. Hochul observou que essas tempestades costumavam ser vistas “uma vez a cada século”, mas esta é a terceira vez desde que ela assumiu o cargo, há dois anos, que ocorre uma desse tipo no Estado. “Sabemos que isto é resultado da mudança climática. Infelizmente, este é o novo normal e precisamos estar mais preparados do que nunca”, acrescentou.
MUNDO: Brasil assume presidência do Conselho de Segurança da ONU e quer pautar paz e igualdade de gênero
O Brasil assume neste domingo (1º) a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O mandato vai até dezembro e, segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a paz e a igualdade de gênero estão entre os temas que serão pautados pelo Brasil. “É um evento que está na agenda para chamar a atenção para o papel que as mulheres podem exercer nos processos de prevenção e resolução de conflitos e presença nas operações de paz”, afirmou o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do MRE, embaixador Carlos Márcio Cozendey. O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países – cinco com cadeiras fixas (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e 10 posições rotativas (veja mais abaixo). A presidência é revezada por todos os integrantes. Segundo Cozendey, o Brasil é o país em desenvolvimento que mais foi eleito para ocupar uma vaga rotativa no conselho: 11 vezes. A última eleição foi vencida em 2021, após um intervalo de 10 anos. O mandato teve início no ano passado e acaba em dezembro deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reivindica, desde o primeiro mandato, um assento permanente para o país no grupo. No entanto, a discussão não avançou. Recentemente, o Brasil condicionou seu apoio à ampliação do Brics ao apoio, por parte dos países que já integram o grupo, à proposta brasileira de reforma do Conselho de Segurança da ONU, com vagas fixas também para África do Sul e Índia. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 19 de setembro, Lula disse que o Conselho de Segurança da ONU “vem perdendo progressivamente sua credibilidade”, devido à falta de reformas. Ao ser questionado se o Brasil pretende usar a presidência do conselho para avançar no tema, o embaixador Carlos Márcio Cozendey disse que ainda não há indicação nesse sentido.
O que é o Conselho de Segurança da ONU?
Reunido pela primeira vez em janeiro de 1946, logo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o Conselho de Segurança da ONU é o organismo que, de acordo com a Carta das Nações Unidas, tem quatro missões:
– manter a paz e a segurança internacional;
– desenvolver relações amistosas entre as nações;
– cooperar em resolver problemas internacionais e em promover o respeito aos direitos humanos;
– ser um centro para harmonizar as ações das nações.
Diante de crises, os integrantes do conselho podem estabelecer diretrizes para que os países em conflito cheguem a acordo, enviar missões e iniciar investigações, por exemplo. Quando há hostilidades mais graves, com conflito ou risco iminente de confrontos, o colegiado pode ajudar a formar um cessar-fogo ou mesmo enviar forças de paz. Em casos extremos, sanções ou até ações militares coletivas podem ser aplicadas. No total, são 15 países que integram o grupo, mas só cinco são membros permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Esses cinco países têm poder de veto — ou seja, um desses integrantes pode vetar propostas de resoluções do conselho. Isso ocorre por razões relacionadas aos interesses nacionais locais, incluindo proximidade política de nações com outras. Os outros dez assentos são ocupados por países de forma rotativa. Os atuais são: Brasil, Gabão, Gana, Emirados Árabes Unidos, Albânia, Equador, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. A presidência do grupo é rotativa e, antes do Brasil, era exercida pelos Emirados Árabes.
MUNDO: Republicanos abrem processo de impeachment contra Biden sob alegação de corrupção familiar
Após o fim da primeira audiência, iniciada nesta quinta-feira, 28, às 10h (11h em Brasília), os republicanos abriram um processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, devido a uma suposta corrupção familiar. As informações são do site Jovem Pan. Eles acusam o mandatário de ter mentido para o povo americano sobre os negócios de seu filho Hunter Biden no exterior e ter usado sua influência quando era vice-presidente dos EUA no governo de Barack Obama (2009-2017) para ajudar seu filho Hunter Biden e outros membros da família em supostos negócios irregulares com a China. As chances de que o processo realmente leve a destituição do norte-americano são baixas, porque os republicanos não possuem maioria no Senado. Para os democratas, essa ação não passa de uma manobra política para desviar a atenção do cerco judicial que pesa sobre o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), grande favorito à indicação republicana para as eleições de 2024.
O deputado James Comer, de Kentucky, presidente do comitê, disse no início da sessão que os legisladores têm “uma montanha de evidências” que mostrariam que o atual presidente “abusou de seu cargo público para o benefício financeiro de sua família”. O processo acontece em duas etapas. Na primeira é realizada uma investigação, em que a Câmara de Representantes vota, por maioria simples, os artigos da acusação que detalham os fatos contra o presidente: é o que se conhece como julgamento político, ou “impeachment”. A ala trumpista do Partido Republicano pede, há meses, a abertura de um processo de impeachment contra Biden. Caso a acusação proceda, o Senado, a câmara alta do Congresso, julga o presidente. Se chegar a esta fase, é muito provável que Biden seja absolvido, porque seu partido tem maioria nesta câmara. A Constituição dos EUA estabelece que o presidente pode ser destituído do cargo em um julgamento de impeachment se tiver cometido “altos crimes ou contravenções”.
Os republicanos argumentam, no entanto, que o objetivo do impeachment não é tirar o presidente do cargo, mas sim ampliar a investigação de supostas irregularidades. Essa primeira audiência começou dois dias antes de o governo federal ficar sem fundos para continuar operando a partir da meia-noite do dia 1º de outubro e ter que fechar, o que causaria um grave impacto na economia. A Casa Branca advertiu hoje em comunicado que faltam menos de 60 horas para a paralisação do governo, o que poderia levar a “consequências prejudiciais”, como a perda de empregos, a dispensa de militares e a falta de financiamento para a luta contra o fentanil.
Desde o governo Trump, os republicanos estão de olho nos negócios do filho de Biden, Hunter, acusado de posse irregular de armas e investigado por declarações fiscais irregulares. Os conservadores têm usado Hunter como uma arma para desacreditar Biden, mas até agora não conseguiram provar uma ligação direta entre o presidente e os negócios de seu filho. Biden tenta vencer as eleições do próximo ano, nas quais deverá enfrentar novamente Trump, o qual possui quatro processos na Justiça, dois deles por supostas tentativas de reverter o pleito que perdeu em 2020. Hunter Biden, filho mais novo do presidente e ex-empresário de 53 anos, tornou-se o principal alvo dos republicanos.
O presidente, de 80 anos, sempre apoiou publicamente o filho, que tem um passado de dependências e se encontra envolvido em problemas jurídicos, acusado de porte ilegal de arma de fogo. Nenhum presidente sofreu impeachment na história dos Estados Unidos. Vários foram, no entanto, submetidos a julgamento: Andrew Johnson, em 1868; Bill Clinton, em 1998; e Donald Trump, em 2019 e 2021. Todos foram absolvidos. Richard Nixon preferiu renunciar em 1974 para evitar um possível impeachment pelo Congresso pelo escândalo Watergate.
JUSTIÇA E FUTEBOL PELO MUNDO: Caso de agressão de Antony contra ex-namorada Gabi Cavallin ganha novo desdobramento
As investigações contra o jogador Antony seguem em andamento pelas autoridades da Inglaterra. Depois do jogador do Manchester United se apresentar à polícia, a vítima do caso, a ex-namorada do atleta, Gabi Cavallin, foi intimada para prestar depoimento. Segundo informações divulgadas pela colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, a DJ foi notificada por e-mail pela Polícia da Grande Manchester (GMP) para comparecer no dia 6 de outubro. No entanto, ela viaja dois dias antes, com o objetivo de ficar disponível para as autoridade no que for preciso. Em contato com a colunista, Gabi falou sobre o andamento das investigações. “Não é uma coisa rápida [o processo], mas acredito que no final teremos um bom resultado de todo trabalho”, declarou ao destacar que ainda não se recuperou completamente do trauma sofrido. “Não estou 100%. Estou fazendo o que eu posso para deixar um pouco de lado todo transtorno psicológico e físico que isso [agressão] me causou, pra poder colaborar. O psicológico é pior do que qualquer coisa física”, completou.
MUNDO: Aos 92 anos, indiana frequenta a escola pela primeira vez e aprende a ler e escrever
Uma bisavó indiana de 92 anos começou a frequentar uma escola a fim de aprender a ler e escrever. As informações são do site Jovem Pan. Seu exemplo, inspirou outros, como informou as autoridades à imprensa local nesta quarta-feira, 27. Salima Khan, nascida em 1931 e casada desde os 14 anos, sonhou por toda vida poder ser alfabetizada. Originária de Bulandshahr, no estado de Uttar Pradesh, Khan conta que em sua infância não havia escolas para meninas na cidade. Há seis meses começou a estudar ao lado da esposa de seu neto. Sua história ficou conhecida depois que um vídeo no qual aparece contando até cem viralizou. “Meus netos me enganavam para que eu lhes desse mais dinheiro porque eu não sabia contar”, declarou ao jornal Times of India. “Esses dias acabaram”.
Seguindo seu exemplo, 25 mulheres de sua cidade começaram a frequentar aulas de alfabetização, disse a diretora da escola Pratibha Sharma ao Times of India. O Guinness World Records registra o falecido Kimani Ng’ang’a Maruge, do Quênia, como a pessoa mais velha a concluir o ensino fundamental, após ingressar em uma instituição de ensino em 2004 aos 84 anos. A taxa de alfabetização na Índia é de cerca de 73%, segundo o censo de 2011.
'Khan chachi' learns to read at 92, inspires a village in UP's Bulandshahr
— The Times Of India (@timesofindia) September 27, 2023
Salima has completed six months of education and is able to read and write. Her video, counting from one to 100, is making waves on social media. https://t.co/sEKRaNy0Rg pic.twitter.com/LNTrPmOaEA