Mensagem Dominical

Por Olívia Coutinho 

Depois de se apresentar como a Porta das ovelhas, o que vimos no evangelho do Domingo passado, hoje, Jesus se apresenta como o único caminho que nos leva ao Pai. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.” Como vemos, não é uma religião, uma doutrina, o cumprimento de normas, rituais, que nos levará ao Pai e sim, o nosso seguimento à Jesus. Seguir Jesus, é viver do jeito que Ele viveu, fazer o que Ele fazia! Porta, Caminho, lembra-nos algo dinâmico, em movimento, busca, encontro. Portanto, quem está com Jesus, não estaciona, está está sempre à caminho… No evangelho deste quinto Domingo da Páscoa Jesus, em mais um de seus discursos de despedida, por ocasião da proximidade de sua volta para o Pai, faz chegar ao coração dos discípulos uma grande consolação! “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também.” Com essas palavras, Jesus assegura aos discípulos e hoje a nós, que a fé, é o pilar que nos sustenta, que nos mantém de pé nos vendavais da vida. A fé movimenta a nossa vida, nos motiva a buscar Jesus, pois sabemos, pois sem Ele, não teremos força para atravessarmos os desertos de nossa da vida. No texto, Jesus deixa transparecer a sua compreensão, sua paciência para com os seus discípulos que apesar de estarem a um bom tempo com Ele, participando diretamente do seu cotidiano, eram muito imaturos na fé, tinham muitas dúvidas, dificuldades para entender o que Jesus lhes revelara à respeito de sua volta para o Pai. E no desejo de fazer suscitar em seus corações, pensamentos positivos, ideias claras sobre a sua pessoa, sobre o seu messianismo e o sentido da sua presença no mundo, Jesus lhes assegura: “Vou preparar um lugar para vós, e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, afim de que onde eu estiver estejais também vós.” E acrescentou: “Para onde eu vou vós conheceis o caminho. Tomé, não entendendo o sentido destas palavras de Jesus, pergunta-o: “Nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Tomé, ainda imaturo na fé, não reconhece Jesus como o caminho que os faria chegar ao Pai… “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” Esta resposta que Jesus dá a Tomé, deve nos alertar, sobre a importância de conhecer e de seguir Jesus. Quem conhece Jesus, conhece o caminho, quem o segue, está no caminho! Ver o Pai, era o que os discípulos mais desejavam, o que fora manifestado por Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Bastava, que eles dessem um passo a mais na fé, para que eles pudessem enxergar, na pessoa de Jesus, a presença do Pai! No Filho, está revelada a face humana do Pai! A falta de fé, priva-nos da alegria de conhecer Jesus, de nos tornarmos íntimos Dele, de sentir a sua presença contínua junto de nós… É a imaturidade na fé, que nos leva a buscar explicação para o que já está explicado. Para quem tem fé, nenhuma explicação é necessária, mas para quem não tem fé, nenhuma explicação é suficiente. Mesmo nas suas fragilidades, caindo e levantando, os primeiros discípulos de Jesus, se mantiveram firmes no propósito de dar continuidade ao projeto de Deus, anunciado por Jesus. Obstinados por esta causa, eles chegaram ao ponto, de dar a vida pela causa de Jesus… “Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai.” Quem abraça a fé, pode realizar obras grandiosas, pois ao voltar para o Pai, Jesus enviou-nos o Espírito Santo, tudo o que fazemos de bom, não o fazemos por nós mesmos, fazemos pela a ação do Espírito Santo de Deus em nós! Abramos à ação do Espírito Santo! É o Espírito Santo, que clareia a nossa mente, que nos faz distinguir o que é de Deus, daquilo que é do mundo, que nos faz enxergar além do limite humano… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

O evangelho do 4º Domingo da Páscoa, também conhecido como o Domingo do Bom Pastor, nos convida a fazermos uma avaliação da nossa caminhada missionária, a verificarmos, se estamos de fato, exercendo a nossa missão dentro do plano de Deus nos espelhando em Jesus, o Bom Pastor… “O tema do Bom Pastor, é fundamental na liturgia do tempo Pascal, e por essa razão, desde o Concilio Vaticano II, essa temática foi dividida entre os calendários dos três anos litúrgicos, A, B e C.” No ano A, que é este que está em curso, o texto não aborda diretamente a figura do Bom Pastor, mas nos apresenta Jesus, como a Porta das ovelhas…. “A figura do pastor, tinha um significado relevante para o povo de Israel. No Antigo Testamento, essa imagem era associada a Deus e também aos líderes com funções de guia e comando sobre o povo, como os reis e os sacerdotes…” A imagem do Bom Pastor, toca fundo ao nosso coração, quando ouvimos falar deste Bom Pastor, logo nos vem a imagem de um protetor, de alguém que cuida, que afaga, que carrega no colo, que conduz… Quantas coisas bonitas nos falam aquela figura do Bom Pastor carregando carinhosamente uma ovelha em seus ombros! Provavelmente, se tratava de uma ovelha frágil, ferida, necessitada de maiores cuidados… E quantas vezes, nos vemos como aquela ovelha frágil, sendo carregada pelo o Bom Pastor! É assim, que sentimos nos momentos difíceis de nossa vida: carregados por Jesus, por aquele que nos consola, que cura as nossas feridas e que nunca nos perde de vista… O texto que nos é apresentado, nos desperta sobre a importância da escuta atenta, da escuta da voz do Bom Pastor, afinal, não podemos confundi-la com as vozes daqueles que se dizem pastores, mas na verdade, não passam de mercenários… O Pai, no seu infinito amor, nos entregou aos cuidados do Filho, o Bom Pastore e este, por sua vez, nos acolheu com o mesmo amor do Pai, nos colocando acima de sua própria vida! Ao se colocar como a porta de entrada para o coração do Pai, Jesus deixa claro, que Ele é um Pastor totalmente diferente dos que se dizem pastores, mas não tem compromisso com o bem estar de suas ovelhas. Ao contrário destes “pastores,” Jesus não quer que nenhuma de suas ovelhas se perca, e, se por ventura, alguma delas desviar do caminho, seduzida por estes falsos pastores, Ele não desiste dela, vai à sua procura, estará sempre de braços abertos para acolhê-la de volta. Para o Bom Pastor, não existe caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor! É importante termos em mente: Não basta reconhecer Jesus como o Bom Pastor, é preciso conhecer a sua voz, diferencia-la em meio a este barulho ensurdecedor do mundo, ruídos, de muitos que se dizem religiosos, mas não promovem a paz e sim, o ódio… A todos nós, que confiamos em Jesus, fica o grande desafio: sermos perseverantes na fé em meio as inverdades do mundo, não podemos deixar que a voz dos falsos pastores, sobreponha a voz do verdadeiro Pastor que é Jesus. Escutar e colocar em prática os ensinamentos de Jesus, é ser uma ovelha fiel ao Bom Pastor! Fiéis ao Bom Pastor, estaremos amparados, protegidos, contra os falsos pastores, aqueles que tentam nos seduzir com proposta enganosas, portas largas que a princípio, podem até aparentarem atrativas, mas que nos levam a morte e não a vida. A certeza de que nunca seremos arrancados das mãos do Bom Pastor, nos encoraja, nos motiva a irmos mais além, a avançarmos para aguas mais profundas, sem medo de naufragarmos… Jesus é o único Pastor que nos conduz para as “pastagens verdadeiras”, onde encontraremos a vida em plenitude! Ao doar a vida pelas ovelhas que o Pai lhe confiara, Jesus nos deu a maior prova de amor, diante de tão grande prova de amor, perguntemo-nos: O que temos feito da nossa vida que custou a vida de Jesus? Tenham todos um abençoado Domingo!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Estamos vivendo o tempo Pascal, um tempo forte, que nos abre à luz de Cristo, tempo, em que vivemos com maior intensidade as alegrias da fé! “O Mistério Pascal é de tal importância na vida litúrgica da Igreja e na vida e atividade apostólica de todos os redimidos pelo Sangue de Cristo, que a sua celebração se prolonga por cinquenta dias, número cheio de significados, pois exprime a plenitude da salvação definitivamente alcançada por Jesus Ressuscitado e por Ele oferecida aos homens”. A ressurreição de Jesus, é de tamanha importância na vida do cristão, que é pouco, viver esta alegria somente nestes dias em que a igreja nos oferece a oportunidade de mergulharmos no mistério do amor do Pai através da riqueza da liturgia deste tempo. Conscientes, da presença do Cristo ressuscitado entre nós, devemos atualizar este acontecimento no nosso dia a dia, com as nossas atitudes. É praticando a justiça, é vivendo o amor fraterno, é exercitando o perdão que estaremos ressuscitando Jesus no cotidiano da nossa vida… O evangelho proposto para a nossa reflexão neste 3º Domingo da Páscoa, chama a nossa atenção, sobre a importância de confiarmos em tudo que Jesus nos diz. Foi esta confiança, que faltou aos dois discípulos de Jesus, que não vendo mais sentido em permanecerem em Jerusalém, unido ao grupo dos discípulos, após a morte de Jesus, decidiram voltar para Emaús. É bom ressaltarmos: “voltar” dentro deste contexto, significa desistir, esses dois discípulos desistiram de Jesus muito rápido, dando como encerrada a bela história de amor que eles viveram junto com Jesus, uma demonstração de que eles não haviam confiado no que Jesus lhes dissera antes de sua morte: “O filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no dia ele ressuscitará.” Mt 17,22-23. Tristes, e porque não dizer, decepcionados com tudo que havia acontecido com Jesus, a quem eles haviam confiado o destino de suas vidas, estes dois discípulos, tomam o caminho de volta para Emaús. Enquanto comentavam os últimos acontecimentos que culminou com a morte de Jesus, alguém aparece e começa a caminhar com eles, entrando logo na conversa, dando a entender que ele não estava a par dos últimos acontecimentos. Como sabemos, esse alguém era Jesus, mas os discípulos pensaram que se tratasse de um forasteiro. Ao tomar a palavra, Jesus começou a citar várias passagens da Escritura que falava dele, mas mesmo assim, eles não o reconheceram, estávamos como que cegos, ainda carregando dentro deles, a lembrança de um Jesus morto na cruz. Os discípulos, só foram reconhecer Jesus, na partilha do pão, quando já se encontravam no povoado de Emaús. (Lc24,28-31) Foi neste instante, que seus olhos se abriram e eles tiveram a alegria de verem, naquele homem que caminhou com eles, a pessoa de Jesus e não, de um forasteiro. Movidos pela a alegria do encontro com o Ressuscitado, eles voltam para onde nunca deveriam ter saído, isto é: para o grupo dos discípulos, onde eles relataram, a experiência que tiveram no encontro com Jesus Ressuscitado! O interessante, é que mesmo sem a percepção da presença de Jesus, que caminhava com eles, os discípulos sentiram arder seus corações, firmando em nós, a certeza de que a presença de Jesus, ainda que não nítida, provoca reações… Conosco também, pode acontecer algo semelhante ao que aconteceu com esses discípulos, intitulados como discípulos de Emaús: estarmos diante de Jesus ressuscitado, e não reconhece-lo, por estarmos com os olhos vendados pela falta de fé. Estes dois discípulos, que demoraram tanto para reconhecer Jesus, representam todos os que ainda não tem uma fé consistente, madura, aqueles que não perseveram na fé, que perdem a esperança facilmente, que se dão como vencidos diante de um suposto fracasso. Que esta lentidão em reconhecer Jesus, não aconteça conosco, que nós não sejamos cegos, lentos para reconhecer Jesus… Meu irmão e minha irmã: fiquemos bem atentos, com nossos sentidos bem apurados, pois a qualquer momento, Jesus pode chegar até a nós, caminhar conosco escondido num de seus mensageiros… Tenham todos um abençoado Domingo!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Neste segundo Domingo da Páscoa, escolhido pela a Igreja, como o Domingo da Divina Misericórdia, somos chamados a renovar a nossa fé mediante ao Cristo Ressuscitado, tornando-nos também, misericordiosos uns para com os outros como Ele é misericordioso para com cada um de nós. A misericórdia foi o ponto central da vida de Jesus, suas palavras, ações, sempre expressavam misericórdia… Misericórdia e perdão são duas palavras bem diferentes, mas na vida, elas estão intimamente ligadas, afinal, não existe perdão sem misericórdia e nem misericórdia sem perdão. Na liturgia de hoje, nos é apresentada, a comunidade de Homens Novos, que nascem da cruz e da ressurreição de Jesus que é a Igreja! É missão da Igreja, revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição de Jesus… A palavra de Deus que chega até a nós no evangelho de hoje, contextualiza os discípulos reunidos de portas fechadas, postura de quem está com medo, o que é compreensível, afinal, os últimos acontecimentos que vitimaram Jesus, estavam muito presentes em suas mentes. Mesmo com as portas fechadas, Jesus entra, coloca-se no meio deles e os saúda dizendo: “A paz esteja convosco.” Depois de transmitir a sua paz, aos discípulos, Jesus sopra sobre eles o Espírito Santo. Foi a partir de então, que eles cheios do Espírito Santo, abrem as portas do coração, isto é: abrem-se ao “Novo” se libertando do medo que os aprisionava. É importante termos em mente: a paz do Cristo Ressuscitado, não isentou os discípulos da cruz, mas deu a eles e hoje a nós, a força e a coragem necessária para que todos, os redimidos pelo o sangue de Jesus, possam assumir com coragem, os desafios da missão. Ao soprar o Espírito Santo sobre os discípulos, Jesus faz recordar o sopro do Criador, dando vida a criatura humana, gesto que o Ressuscitado repete como início de uma nova criação! “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhe serão perdoados; a quem não perdoardes, eles lhe serão retidos.” Jesus concede o poder de “perdoar pecados” a um grupo específico de pessoas, que eram os apóstolos e que hoje são os sacerdotes ordenados… É Deus quem tem o poder de perdoar pecados, Jesus recebe este poder e o concede à sua Igreja através dos apóstolos, trata-se do sacramento da reconciliação. É importante entendermos: “pecados retidos” não significa uma condenação e sim, um renovado apelo à conversão… No sopro do Espírito Santo, sobre os discípulos, é expressa a criação renovada, é o Espírito Santo que recria a comunidade dos apóstolos (enviados) e descerra suas portas para a missão! Os apóstolos, só conseguiram tomar atitudes corajosas para anunciar o evangelho, depois de receberam o Espírito Santo. O Texto nos fala também, da incredulidade de Tomé. Muitos de nós, vemos Tomé como um homem sem fé, o próprio Jesus o exortou dizendo: “Não sejas incrédulo, mas fiel”! Além do mais, Tomé não aderiu a fé, quando os discípulos atestaram terem visto Jesus, ele não acreditou no testemunho deles, pretendendo uma constatação pessoal. Esta postura de Tomé simboliza todos os que precisam ver para crer. A figura de Tomé, à princípio, ficou manchada pelo o seu vacilo na fé, mas após o seu encontro com o Ressuscitado, ele se redimiu, dando um grande testemunho de fé. Diante o Cristo Ressuscitado, Tomé faz uma belíssima profissão de fé: “MEU SENHOR E MEU DEUS!” Profissão de fé, que muitos de nós, continuamos fazendo nas celebrações Eucarísticas: “Meu Senhor e meu Deus!” Este episódio, vem nos dizer, que um simples vacilo na fé, não pode manchar uma pessoa para sempre, pois todos nós, estamos sujeitos a passar por estes momentos de fraqueza, o importante, é fazermos como Tomé: não permanecermos na incredulidade. “Bem-aventurados os que creram sem terem visto.” Mesmo antes da nossa existência, já estávamos incluídos nesta Bem aventurança, ou seja, somos felizes porque cremos na ressurreição de Jesus mesmo sem ter visto. Com a ressurreição de Jesus, a vida divina entrou na vida humana e assim, como as sementes espalhadas pelo o vento, o anúncio da ressurreição de Jesus, se espalhou por todos os rincões da terra como fagulhas de fogo a incendiar o coração da humanidade com a força inovadora do Espírito Santo… Tenham todos um abençoado Domingo!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Hoje, cheios de júbilos, celebramos a Páscoa do Senhor Jesus, o ponto mais alto da nossa fé, o acontecimento que marcou o início de um tempo novo, o acontecimento que dividiu a história em antes e depois! Morte, trevas, era sempre noite no coração da humanidade, até que numa noite mais clara do que o dia, as trevas deram lugar a luz, a vida venceu a morte, o acontecimento mais belo que já se viu na terra, tirou das trevas a humanidade corrompida pelo o pecado, tornando o céu mais próximo da terra! Com a ressurreição de Jesus, nossa vida ganhou um novo sentido, não vivemos mais ao léu, encontramos uma direção, temos em quem confiar e a quem segui! As promessas de Deus se cumpriram, Jesus Ressuscitou, pagou com o seu sangue o preço da nossa liberdade. Inseridos no Mistério Pascal, que é a vida de Jesus em nós e a nossa vida Nele, tornamos sinal vivo da sua presença no meio em que vivemos, dando continuidade a sua missão… Na ressurreição de Jesus, é manifestado o amor do Pai pela a sua criação, um amor tão grande que o levou a investir alto no nosso resgate, permitindo que seu Filho morresse para nos devolver a vida. É partilhando a vida, que vamos nos envolvendo neste Mistério, levando vida onde a morte insiste em predominar… Muito mais do que compreendermos o que é a Páscoa, é celebrá-la, é sermos Pascais, vivendo como o Ressuscitado, cultivando dentro de nós, o amor que Deus plantou em nossos corações. A liturgia deste Domingo, fala fundo ao nosso coração, faz ressoar em nossos ouvidos a saudação dos primeiros cristãos que diziam alegremente: “Cristo ressuscitou Aleluia!” Saudação esta, que nós, hoje, devemos responder com a mesma alegria: Sim, verdadeiramente Jesus Cristo ressuscitou Ele vive entre nós! O evangelho proposto para a nossa reflexão neste Domingo, apresenta-nos a primeira evidencia da ressurreição de Jesus, que foi o túmulo vazio! Maria Madalena foi a primeira pessoa a fazer esta constatação, mas por estar mergulhada no sofrimento causado pela ausência do seu Mestre e Senhor, ela não conseguiu assimilar o túmulo vazio com a ressurreição de Jesus. Sua primeira reação diante o túmulo vazio, foi de desolação, ora, ela foi visitar o Senhor morto e não o encontrara. Correndo, ela vai ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo citado como discípulo que Jesus amava. Ao encontra-los, ela, tomada de tristeza desabafa: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram.” Os dois vão correndo para o sepulcro e lá chegando, Pedro entra no túmulo e constata: “De fato, Jesus não está aqui!” E João, foi mais além, diante o túmulo vazio, no seu silencio, ele acredita: “Ele ressuscitou!” Maria Madalena foi a primeira pessoa a deparar com o túmulo vazio, mas foi num outro momento, que ela fez a experiência do encontro com o Ressuscitado. Segundo este evangelho, “o outro discípulo,” que acredita-se ser João, foi o primeiro a acreditar na ressurreição de Jesus: “Ele viu, e acreditou.” Assim como Maria Madalena e os dois discípulos que tiveram pressa para chegar ao sepulcro, onde foi constatada as evidencias da ressurreição de Jesus, nós, que não temos somente evidencias e sim, a certeza da ressurreição de Jesus, graças ao testemunho desses apóstolos, devemos ter pressa em levar ao outro, esta Boa Notícia: Jesus Cristo ressuscitou, Ele está no meio de nós! Foi a ressurreição de Jesus, que retirou as vendas dos nossos olhos, que nos fez enxergar as maravilhas que antes não víamos, por estarmos focados no nosso sofrimento, como estava Maria Madalena. É no encontro com o Cristo Ressuscitado, que nós também, ressuscitamos, que encontramos força para saímos do sofrimento para vivermos as alegrias de um novo dia! A Luz do Cristo ressuscitado amplia a nossa visão, alarga o nosso horizonte, transforma nossas noites escuras em dias claros! A todo instante, somos chamados a fazer a experiência do Cristo Ressuscitado, experiência esta, que nos leva a viver e a comunicar vida! O ser humano, quando tocado pelo o amor do Cristo Ressuscitado, abraça a vida em toda sua dimensão, tornando fonte de luz a tirar da escuridão muitos corações sombrios! Viver a Páscoa, não significa somente crer no Deus que em Cristo nos redimiu e nos ressuscitará, mas se trata em saber quem é Cristo para nós, qual é o lugar que Ele ocupa na nossa vida, somente assim, seremos Pascais vivendo verdadeiramente as alegrias da ressurreição de Jesus… A alegria, é a marca de quem vive a ressurreição de Jesus, é o sinal de sua adesão à Ele! Quem se deixa iluminar pela Luz do Cristo Ressuscitado, irradia alegria por onde passa, uma alegria consistente, que independe das circunstancias em que ele esteja vivendo… DESEJO A TODOS, UMA FELIZ E SANTA PÁSCOA!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Por Olívia Coutinho

Hoje, Domingo de Ramos, iniciamos a semana Santa, um tempo forte na vida do cristão, quando reviveremos os últimos passos de Jesus aqui na terra e a sua ressurreição com celebrações, procissões, encenações… A celebração deste Domingo, é dividida em dois momentos: No primeiro momento é realizada a Bênção dos Ramos, rememorando a chegada de Jesus em Jerusalém, lugar onde seria concluída a sua missão na entrega de si mesmo, por amor ao Pai e a todos que Ele lhe confiara, e em seguida participaremos da celebração Eucarística. A entrada festiva de Jesus em Jerusalém, marca o início do seu calvário, Jesus entra em Jerusalém aclamado como Rei e Senhor da gloria, o Rei e Senhor, do povo oprimido, dos sem voz e sem vez. E para identificar-se com estes, Jesus entra na cidade, montado num jumentinho, o único meio de transporte dos pobres daquela época. Ao entrar em Jerusalém, montado num jumentinho, Jesus deixa claro que Ele não buscava status, fama, ele se apresenta como o servo sofredor, um servo à serviço de todos… “As multidões que iam à frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Bendito o que vem em nome do Senhor”! Tamanha aclamação, incendiou ainda mais, a ira de seus adversários, que ao sentirem-se ameaçados de perderem o “poder” para Jesus, apressaram em dar fim na sua pessoa. O evangelho que nos é apresentado neste Domingo, é um tanto longo, é a narração da Paixão e morte de Jesus. A narrativa toca fundo ao nosso coração ao falar das humilhações, do sofrimento que Jesus passou para nos libertar da escravidão do pecado… Não pensemos que foi fácil para Jesus, passar por tamanho sofrimento, pois mesmo sendo Deus, Ele não estava isento da dor. Ao assumir a natureza humana, Jesus assumiu-a por inteiro, exceto no pecado. Se quisesse, Jesus poderia ter recusado a cruz, mas não o fez, em obediência ao Pai, por querer levar em frente o seu projeto de vida plena para todos. Uma obediência, que o levou a morte, morte, que também não foi da vontade de Deus, e sim, uma consequência da maldade humana. Foi a maldade humana que assassinou Jesus. Deus poderia ter evitado o sofrimento do seu Filho, libertando-o daquele martírio, mas Ele não o fez, por amor a cada um de nós, por querer reconstruir a aliança de amor firmada entre Ele e o homem no início da criação, uma aliança que fora quebrada pelo o pecado. Nas celebrações da Semana Santa, nós nos comovemos diante as encenações da Paixão e morte de Jesus, achamos uma maldade imensa o que fizeram com Ele, mas será que hoje, nós também, não continuamos, de alguma forma, fazendo o mesmo com Jesus, na pessoa do nosso irmão? Será que nós, não estamos crucificando Jesus com as nossas atitudes do dia a dia? Toda vez que não praticamos a justiça, a solidariedade, que excluímos, que negamos ajuda a um irmão, estamos também crucificando Jesus. Lembremos: a diferença entre matar e deixar morrer é muito pequena… Rasguemos, pois, as vestes do “homem” velho, para nos revestir do “homem” novo, aquele que aprendeu com Jesus a partilhar a vida, a ser vida na vida do outro, para que assim, possamos desde já, vivenciar o grande sentido da Páscoa, que é Passagem… Vida nova… Renovação… Celebrar a Páscoa é celebrar a vida, é resgatar valores, hoje tão esquecidos, como o valor da fé, da família o valor do amor… Com os pés no chão e o olhar voltado para o alto, carreguemos a nossa cruz de cada dia, certos de que um dia, nós também, ressuscitaremos com Jesus! Quiseram eliminar aquele que acolheu os pobres, os excluídos, aquele que defendeu a vida, mas não conseguiram, pois a vida vence, quando o amor se faz presente… DESEJO A TODOS UMA FRUTUOSA SEMANA SANTA!

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Já estamos no 5º Domingo da Quaresma, nos aproximando cada vez mais da Páscoa do Senhor Jesus, o ponto mais alto da nossa fé. Na próxima semana, com o Domingo de Ramos, entraremos na dinâmica da semana Santa, nos colocando aos pés da cruz de Jesus, para depois ressuscitarmos com Ele… O Evangelho proposto para a nossa reflexão neste Domingo, apresenta-nos uma catequese sobre a ressurreição. O relato está situado no livro dos sinais é o sétimo e último sinal realizado por Jesus, citado no evangelho de João. É bom ressaltarmos: a finalidade dos sinais realizados por Jesus, é nos conduzir à fé em Jesus Cristo… Com esse relato, a liturgia já nos prepara para entrarmos nos relatos da paixão, morte e ressurreição de Jesus, cheios de esperança, pois sabemos, que na cruz, Jesus abriu as portas do céu para nós, assegurando-nos de que nós também, se ligados a Ele, ressuscitaremos com Ele! O texto, apresenta-nos a belíssima cena da ressurreição de Lázaro, um episódio que se deu em Betânia, uma aldeia um tanto distante de Jerusalém. Jesus não se encontrava nesta região, quando recebeu a notícia de que Lázaro, seu amigo, estava doente. Assim, que tomou conhecimento deste fato, Jesus disse: “Essa doença não leva a morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” Com essas palavras, Jesus ressalta que a doença que leva à morte é o pecado, quem morre no pecado chegou ao seu fim, o que não era o caso de Lázaro. Depois de receber a notícia de que Lázaro estava doente, Jesus não se apressou em ir até ele, Ele só chegou em Betânia, quatro dias depois da sua morte. Ao saber que Jesus estava próximo de sua casa, Marta não espera pelo o amigo, ela vai ao seu encontro e diante dele, desabafa: “Senhor se estivesses aqui o meu irmão não teria morrido.” Mal sabia Marta, que Jesus já estava ciente de tudo o que acontecera com Lázaro e que Ele só não impediu, porque aquela “morte” seria aproveitada como fonte de vida para muitos, pois com ressurreição de Lázaro, muitos ganhariam vida, pois ao presenciar tal episódio, vários judeus passariam a crer em Jesus, o que de fato, aconteceu… No encontro com Jesus, Marta afirma a sua crença na ressurreição, mas ela se referia a ressurreição no final dos tempos, não se dando conta de que Jesus estava ali, diante dela e que Ele é a ressurreição do aqui e do agora: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” Enquanto Marta relata o acontecido à Jesus, Maria, desolada nada fala, apenas chora, à princípio, ela nem vai ao encontro de Jesus, indo somente, depois que Ele mandou chamá-la. Diante do amigo, Maria repete as mesmas palavras da irmã: “Senhor se estivesses aqui o meu irmão não teria morrido”. A narrativa prossegue dizendo que enquanto Jesus caminhava em direção ao túmulo de Lázaro, Ele se emociona, chegando a chorar pela a morte do amigo, deixando transparecer a sua humanidade. Diante do túmulo, Jesus ordena: “Tirai a pedra!” Marta reage: “Senhor já cheira mal. Está morto há quatro dias.” Mas mediante aos argumentos de Jesus, a pedra é removida e Jesus, após um diálogo com o Pai, chama Lázaro para fora, devolvendo-lhe a vida. Eis aí, o triunfo da vida sobre a morte da fé sobre a incredulidade! A ressurreição de Lázaro, não teve o sentido de privilegiar Marta e Maria, porque o irmão delas morreria novamente, (morte corporal) a ressurreição de Lázaro, foi no sentido de servir de sinal para que muitos pudessem ser salvos… Podemos tirar várias lições deste episódio, dentre tantas, um grande aprendizado com a clareza da fé de Marta e de Maria, embora tristes, elas não questionaram Jesus sobre a morte do irmão e nem a sua demora em chegar lá. Apesar da dor, as duas irmãs se mantiveram firmes na fé, reconhecendo Jesus como o Deus e Senhor de suas vidas, mesmo antes de Jesus trazer Lázaro de volta à vida: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo.” Por mais escura e longa que seja a noite, podemos ter certeza: ela nunca será definitiva, depois da escuridão, vem um novo dia e o sol volta a brilhar! Jesus é este sol que brilha sobre nós, como brilhou sobre Marta e Maria que representa cada um de nós. Quando perdemos um ente querido, parece que o mundo desaba sobre nós, ficamos sem chão, às vezes, até vacilantes na fé. É importante entendermos, como Marta e Maria certamente entenderam: Deus permite que estas separações nos aconteçam, mas Ele não nos abandona, Deus nos carrega no colo, enquanto fazemos essas nossas doloridas travessias… Para quem tem fé, morrer não é o fim… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Neste quarto Domingo da Quaresma, conhecido como Domingo da alegria, sinalizando a proximidade da Páscoa, já podemos alargar um pouco mais os nossos passos, pois já conseguimos enxergar além da cruz! A estas alturas da nossa caminhada Quaresmal, muitas coisas nos foram esclarecidas, tomamos consciência de que o sofrimento de Jesus e a sua ressurreição não ficaram no passado, pois Jesus continua padecendo na cruz, na pessoa dos muitos irmãos esquecidos pelas periferias da vida e ressuscitando, a cada vez que resgatamos um desses irmãos… Aprendemos muito neste tempo reflexivo, mas ainda há muito o que aprender, afinal, temos uma missão desafiadora pela frente: dar continuidade à missão de Jesus no meio em que vivemos. A liturgia deste tempo, muito nos provocou, nos fez chegar a seguinte conclusão: Não podemos viver de qualquer jeito, precisamos viver do jeito de Jesus, sem fugirmos das cruzes, sem buscarmos atalhos pra encurtar o caminho… A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho deste Domingo, apresenta- nos Jesus como a Luz que veio dissipar as trevas da nossa vida. Enquanto caminhava com seus discípulos, Jesus vê um cego de nascença e se compadece dele. E como naquela época, a ideia religiosa dominante, induzia o povo a acreditar que a doença era castigo de Deus, consequência do pecado do doente ou de seus pais, os discípulos perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou seus pais? Jesus, que gostava de aproveitar todas as oportunidades para ensinar os discípulos, corrige esse modo errôneo de pensar, dizendo: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto serve para que as obras de Deus se manifestem nele.” No ato de devolver a visão aquele que era cego, libertando-o das correntes que o aprisionava, como a cegueira e o preconceito, é manifestado na ação misericórdia de Jesus a obra do Pai. O episódio da cura deste cego de nascença, é cheio de simbolismo, mostra-nos que a lama externa, não consegue encobrir a essência divina presente numa pessoa, basta lavá-la, para que a essência divina aflore nela. O cego de nascença, representa todos aqueles que vivem na escuridão porque ainda não conheceram a Luz, pessoas que são impedidas de serem elas mesmas… E nós, como estamos vivendo? Estamos a caminho da “piscina” de “Siloé” com o propósito de retirar a “lama” dos nossos olhos? Ou preferimos continuar tateando por aí, com os nossos olhos vendados pela a falta de fé, correndo o risco de cairmos em “piscinas” vazias e nos machucar seriamente? Qual é o Jesus que queremos enxergar, o Jesus bonzinho que idealizamos quietinho lá no céu? Se assim for, perdemos a oportunidade de fazer a experiência do Jesus verdadeiro, o Jesus próximo de nós, que nos incomoda, que nos desinstala, que quer nos quer ver sempre em movimento carregando a nossa cruz de cada dia, estendendo nossas mãos para os “cegos” gerados pela sociedade… Não podemos viver na incerteza, como aquele povo que questionou a cura do cego, que alegou ser uma infração, algo contra à lei, por aquela ação misericordiosa de Jesus, ter sido realizada em dia de sábado, como se para fazer o bem, houvesse dia e hora… Que possamos neste tempo Quaresmal, nos banhar por inteiros na piscina de “Siloé” e de lá, saímos limpos, com o Espírito renovado, prontos para assumirmos de vez a nossa missão. Meu irmão e minha irmã, aproveitemos, pois, estes dias que nos separa da grande Festa da vida, para revisar o quanto há de luz e sombra em nossa vida, pois ainda há tempo de abandonarmos tudo o que nos impede de aproximarmos da Luz… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Já estamos no terceiro domingo da Quaresma! A liturgia deste tempo, nos convida a mergulharmos no Mistério do amor do Pai, através da escuta atenta de sua palavra, proferida pelo o seu Filho Jesus! Em todos os ensinamentos de Jesus, há sempre um apelo de conversão, e neste tempo de preparação para a Páscoa, este apelo se intensifica ainda mais, é o amor de Jesus querendo falar mais fundo ao nosso coração, assegurando-nos de que o Pai não desiste de nós! Jesus não quer perder nenhum dos que o Pai lhe confiara, por isto Ele está sempre nos chamando à conversão, a uma conversão sincera que nos leve ao arrependimento, a reparar o mal que fizemos ao outro como também perdoar o mal que ele nos fez… Como caminheiros da esperança, que caminha rumo a uma nova Jerusalém, queremos nos imunizar contra o mal, bebendo da água viva que jorra do coração misericordioso de Jesus… A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, nos coloca diante deste poço inesgotável de agua viva que é Jesus! O texto narra o encontro de uma mulher samaritana com Jesus, um encontro casual que mudou o rumo de uma vida marcada pela a dor da exclusão. A narrativa, nos mostra mais uma vez, como Jesus se portava diante os preconceitos as discriminações sociais, religiosas, presentes até mesmo nos seus discípulos. É Jesus quem inicia o diálogo com a samaritana: “Dá-me de beber”! Com este pedido, Jesus revela a sua natureza humana, Ele quis depender daquela mulher excluída para chegar ao coração dela. Diante do poço de Jacó, Jesus sente sede, mas não era sede da água daquele poço, e sim, sede de justiça, de tirar as pessoas da exclusão… No desenrolar daquele diálogo com linhas poéticas, aquela samaritana redescobre a si mesma, sente-se restaurada diante aquele que a acolheu…
Jesus escuta, acolhe, promove aquela mulher sem nome, fala com ela, de uma água viva que transborda de seu coração, enfim: Jesus encontra fé numa mulher da Samaria, onde, para os judeus, seria impossível encontrar fé… Entre os judeus e os samaritanos, havia uma barreira intransponível, os judeus julgavam-se superiores, o povo escolhido de Deus, eles acreditavam que uma aproximação com Deus, só seria possível, mediante ao cumprimento rigoroso das leis, leis que nem sempre eram em favor da vida. Eles colocavam o cumprimento das leis, acima da vida, por isso não aceitavam a mensagem de Jesus, que colocava a vida acima de toda e qualquer lei! Enquanto que os samaritanos, que eram vistos pelos judeus, como impuros, acolheram Jesus e a sua proposta de vida nova. Eles não tinham o conhecimento das leis, mas viviam a lei maior que é a lei do amor! Vejamos a “Parábola do bom Samaritano”: Lc10,25-37) A partir do encontro com Jesus, aquela mulher samaritana, sente saciada a sua sede, a partir de então, ela abandona a promiscuidade e passa a ser missionária do seu próprio povo. De evangelizada por Jesus, ela passa a ser evangelizadora, levando a mensagem salvífica de Jesus para o seu povo, um povo, que até então, não conhecia a verdade! E foi graças ao seu testemunho, que muitos Samaritanos puderam fazer a mesma experiência que ela fez: Ter um encontro pessoal com Jesus! E assim, muitos deles, beberam da água vida que verdadeiramente mata a nossa sede! Num diálogo com uma mulher pagã, Jesus quebra a barreira do preconceito, reafirmando, que o Reino de Deus, não é destinado a um só povo, o Reino de Deus é destinado à todos! Podemos tirar várias lições deste belíssimo texto! O encontro de Jesus com a samaritana, foi um encontro de libertação, de transformação, um encontro, que mudou não somente a vida daquela mulher marginalizada, como também, de muitos que conviviam com ela, do seu povo!
Quem faz a experiência de Jesus em sua vida, bebendo da água viva que jorra do seu coração misericordioso, tem sua vida transformada, pois somente esta água viva, tem o poder de purificar, de modificar vidas! Não precisamos sair em busca de outras fontes, se temos ao nosso alcance, esta fonte de água viva que é Jesus! Que esta água viva, que sacia a nossa sede, irrigue todo o nosso ser, transformando-nos em canais desta fonte, possibilitando que outros irmãos, possam também, beber desta água viva que nos conduz ao imenso oceano de amor, que é o coração do Pai.
“SENHOR DÁ-ME DESSA ÁGUA…” DESEJO A TODOS UM ABENÇOADO DOMINGO!
QUE DEUS VOS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Estamos no segundo Domingo da Quaresma, dando continuidade à nossa caminhada rumo a Páscoa do Senhor Jesus! E Junto com a Quaresma, estamos refletindo também, sobre a Campanha da Fraternidade de 2023, que tem como tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). “Vemos no cartaz o mapa do Brasil, país considerado o celeiro do mundo, mas que carrega uma grande contradição: a fome é real e atinge hoje cerca de 33,1 milhões de Brasileiros.” Na liturgia deste tempo Quaresmal, há sempre um apelo de conversão, é Jesus nos convidando a amar mais, a fazer da nossa vida uma oferta de amor! A conversão nos abre à luz de Cristo, afasta as trevas de nossa vida! Aproveitemos, pois, este tempo de graça, para revisar o quanto há de luz e sombras em nossas vidas! O evangelho proposto para a nossa reflexão neste Domingo, vem nos falar da transfiguração de Jesus, uma cena belíssima que até podemos visualiza-la, à luz da fé! “Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol.” Pedro Tiago e João, tiveram a alegria de testemunhar a glória de Jesus junto ao Pai, um testemunho, que eles deveriam guardar e que por exigência de Jesus, só deveria ser revelado aos outros discípulos, depois de sua morte, o que seria um grande consolo para eles: saber que a morte de Jesus não poria fim, no relacionamento deles. Na transfiguração de Jesus, esses três discípulos, tiveram, a visão dos patriarcas e dos profetas representados por Moisés e Elias, que haviam morrido há muitos e muitos anos, confirmando, que a vida de quem vive em Deus, não termina num túmulo. E para concluir este episódio tão marcante na vida de Pedro Tiago e João e também na nossa, eles puderam ouvir, a voz do Pai, apresentando-lhes o seu Filho Amado: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” A partir deste momento, esses discípulos, que andavam tristes com as últimas revelações de Jesus, a respeito do desfecho de sua trajetória terrena, puderam reaver a alegria que haviam perdido, pois diante de Jesus transfigurado, eles tiveram a certeza, de que a vida e a ação de Jesus, não terminariam com a sua morte. De Fato, as ações de Jesus, se multiplicaram no mundo, após a sua morte e ressurreição e a sua vida, continua se ampliando no coração de seus representantes que vão surgindo de geração a geração…
Como continuadores da missão de Jesus, seus representantes aqui na terra, precisamos avançar para águas mais profundas, sair de nossas tendas, ou seja, do nosso comodismo, para irmos ao encontro daqueles irmãos desfigurados, pela fome de pão, fome de amor e de justiça, pessoas esquecidas nas periferias da vida…
Assim como Pedro desejou construir três tendas para que eles pudessem ficar no alto da montanha junto de Jesus, longe dos perigos e sem precisar batalhar a vida, nós também, certamente, muitos de nós desejaríamos o mesmo. Esta, pode ser a nossa grande tentação nos dias de hoje: querer buscar a nossa comodidade, o nosso bem estar, sem pensar que o outro precisa de nós…
Participar das missas Dominicais, Rezar, ouvir e meditar a palavra de Deus, é muito importante, mas Deus quer que façamos muito mais ainda, Deus quer que desçamos do alto da “montanha”, que voltemos à planície, pois é na planície, que Ele quer contar conosco na construção de um mundo melhor, no amparo de tantos irmãos desfigurados, vítimas das injustiças sociais, pessoas impedidas de ter uma vida digna.
Precisamos desvendar os nossos olhos, descruzar os nossos braços e nos pôr à caminho, afinal, há muito o que fazer neste mundo tão desigual, um mundo, que a cada dia, vem perdendo de vista o horizonte bonito da paz!
A transfiguração de Jesus, testemunhada por Pedro Tiago e João, trouxe-nos a certeza de que há uma vida melhor por vir! Este episódio deve nos animar, afinal, foi transfigurado, que Jesus nos mostrou o lado positivo da cruz, assegurando-nos, de que a cruz não é definitiva na nossa vida, como não foi definitiva na vida Dele.
Não deixemos que os ventos contrários, apaguem o brilho da Luz de Cristo que brilha sobre nós, preservemos este brilho, na certeza de que ele irá clarear, a nossa passagem pelos os túneis escuros de nossas vidas… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!

QUE DEUS OS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

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Por Olívia Coutinho

Iniciamos hoje, o Tempo da Quaresma, um tempo forte na vida da Igreja e de todos aqueles que se dispõe a seguir o Cristo vencedor! É um tempo de recolhimento, propício para fazermos uma revisão de vida e a partir daí, nos corrigirmos. É confrontando o nosso comportamento com a palavra de Deus, que vamos percebendo o que precisamos mudar… O pecado interrompe o nosso relacionamento com Deus, mas a porta do seu coração de Pai misericordioso, nunca fecha, ela está sempre aberta para nos receber de volta, basta querermos voltar. “A penitência, o jejum e a oração, são os três exercícios que constituem o tripé da nossa vivencia quaresmal.” A liturgia deste tempo, tem como propósito, despertar em nós, o desejo de mudança, de reaver os valores que deixamos de lado, por estarmos iludidos com coisas do mundo. Somos chamados a viver esse tempo no espírito de fé, a deixar para trás, a escuridão do passado que ofuscou os nossos olhos diante da Luz que é Jesus! No evangelho proposto para a nossa reflexão neste primeiro Domingo da Quaresma, vemos que Jesus foi tentado a desistir da sua missão, a trocar as coisas do alto pelas coisas do mundo, mas Ele foi taxativo ao dizer: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Jesus foi tentado a aceitar e a confiar no poder do demônio, mas Ele respondeu com firmeza: “Não tentarás o Senhor teu Deus”! Assim como aconteceu com Jesus, acontece conosco também, já que a tentação do TER e do PODER está sempre a nos rondar. Precisamos estar sempre vigilantes, para não cairmos nas armadilhas do inimigo, pois a tentação é sutil, ela é oportunista, surge inesperadamente, principalmente quando nos propomos a mudar de vida, ou quando estamos enfraquecidos na fé. Para nos seduzir, o mal usa de esperteza, ele chega até a nós, disfarçado do bem, por isto, precisamos estar sempre atentos, para não nos tornarmos presas fácies do inimigo, nos deixando enganar pelas aparências. Mas é importante conscientizarmos: não podemos justificar nossos pecados colocando a culpa nas tentações, a tentação não nos isenta de culpa, a culpa não pode ser atribuída somente ao tentador, pois ninguém cai na tentação, inocentemente sem ter a consciência de que está pecando. Ser tentado não é pecado, pecado é cair na tentação… Ninguém está livre das tentações, elas estão por toda parte, principalmente onde existe o bem, até mesmo dentro das Igrejas. Para vencê-la precisamos estar sempre em sintonia com Deus, perseverantes na fé, munidos da arma mais poderosa que existe contra o mal: a oração. Que o Espírito do Senhor, que fortaleceu Jesus nas tentações, nos fortaleça também e que nenhuma proposta do mundo nos convença a trocar o SER pelo o TER. Aproveitemos, pois, este tempo em que a graça e a misericórdia transbordam do coração do Pai, para voltarmos ao seu convívio com a mesma firmeza de Jesus, frente ao tentador. Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a pedirmos ao Pai: “…não nos deixeis cair em tentação” … Peçamos a Deus todos os dias esta graça… Fieis a Deus, venceremos todas as tentações…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho!

No evangelho proposto para a nossa reflexão neste Domingo, Jesus nos propõe uma vida nova fundamentada no amor! E quantos de nós, perdemos a oportunidade de experimentar esta vida nova, por estarmos presos a picuinhas, ressentimentos que acabam crescendo dentro de nós, nos fechando ao perdão. É o nosso amor a Deus, que nos ajuda a superar esses desafios, a maldade, as injustiças praticadas contra nós. O ponto central do evangelho que nos é apresentado, é o amor, o amor sem fronteira, o amor que não impõe condições… O amor divino é a fonte que sustenta o amor humano no qual encontramos o modelo de perfeição que é Jesus, portanto, o amor é a presença de Jesus em nós… Deus nos criou por amor e para o amor, portanto, é o amor de Deus infundido em nossos corações que deve prevalecer em nós e não o ódio, é este amor que nos leva a amar até mesmo àqueles que nos perseguem. Querer o bem do outro, independente do que ele tenha feito contra nós, é o primeiro passo de quem quer buscar a perfeição, é amar do jeito de Jesus, amar o outro, pelo simples fato de sermos irmãos, filhos do mesmo Pai! As palavras de Jesus, nos provocam a um grande desafio: “amar os nossos inimigos”, isto é, amar àqueles que nos prejudicam, que nos fazem o mal. Como tornar isto possível, se humanamente estamos sempre prontos para o revide? Jesus vem quebrar esta barreira do nosso ego, nos ensinando a pôr um fim no círculo vicioso da vingança, dando as ofensas que recebemos uma resposta de amor! Não é porque alguém nos faz o mal, que vamos fazer o mesmo com ele, se assim fizermos, perderemos até mesmo o direito de reprovar as suas atitudes, já que estaremos agindo da mesma forma que ele agiu contra nós… Oferecer a outra face a quem nos “bate” como diz Jesus, é uma forma de desarmar o inimigo é como oferecer flores a quem nos atira pedras. Esse é o único meio eficaz de reconstruir a paz que fora quebrada pela violência. Pagar com a mesma moeda uma agressão sofrida, é eleger o agressor como nosso mestre, pois estaremos repetindo a mesma atitude dele, tornando-nos às vezes, até pior do que ele, que pode ter nos ofendido num momento de raiva, ao contrário de quem vinga, pois o revide, é sempre planejado. Fazer o bem a quem nos fez o mal, é uma atitude que pode levar o agressor a uma revisão de vida, a se envergonhar de sua atitude e quem sabe, até mesmo leva-lo à aprender a amar do jeito de Jesus… Não são as diferentes formas de comportamento do outro, que vão determinar as nossas atitudes para com ele, e sim, o nosso amor a Deus, pois é o nosso amor a Deus, que nos leva a superar toda e qualquer tipo de injustiça praticada contra nós… Todos nós, temos inimigos, inimigos, são aqueles que tentam nos prejudicar, que nos fazem o mal. A diferença de um seguidor de Jesus, está em amar também essas pessoas que nos atiram pedras. Podemos manifestar este amor por eles, de várias formas, uma delas, é rezando por eles. A oração, além de amaciar o coração endurecido do inimigo, nos acalma, nos ajuda a superar a ofensa, com caridade… Um coração que vê o outro com o olhar de Jesus, é um coração acolhedor, um coração que responde o ódio com amor… Como seguidores de Jesus, temos que fazer a diferença no mundo, amar também aqueles que não nos ama, se amarmos somente as pessoas que nos amam, que diferença faremos? Relevar as ofensas que recebemos, é eleger Jesus como nosso único Mestre… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!

QUE DEUS VOS ABENÇOE!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho