Mensagem Dominical

Por Olívia Coutinho

Por onde Jesus passava, Ele atraía multidões, o povo sofrido, que não tinha a quem recorrer, gostava de ouvi-lo, pois Jesus tinha palavras que libertava os oprimidos, que devolvia a esperança aos desesperançados, que consolava os aflitos… Mas se por um lado, Jesus gostava de ser presença confortadora para este povo, Ele sabia também, que a sua mensagem não poderia ficar restrita a um só povo, afinal, o anuncio do Reino, deveria chegar a todos os povos. E para que isso pudesse acontecer, Jesus quis precisar de alguns colaboradores. Orientado pelo o Pai, Ele escolheu 12 homens, formando assim, uma pequena comunidade. É evidente, que um grupo pequeno, participando diretamente do cotidiano de Jesus, teria muito mais condição de absorver os seus ensinamentos, tanto pela escuta da palavra, quanto pelo o seu exemplo. Preparados por Jesus, esses doze discípulos, que passaram a ser chamados de apóstolos, que quer dizer; enviados, foram enviados para fazer as vezes Dele no mundo. A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, narra este envio. No ato do envio, os discípulos receberam recomendações fundamentais para que a missão deles tivesse êxito: Enviando-os de dois a dois, Jesus ressalta a importância da missão realizada em comunidade, dois a dois, significa uma comunidade, além de aumentar a credibilidade do testemunho, contribui para o encorajamento de ambos, pois um, estará sempre animando o outro. “Não leveis nada pelo caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que eles andassem de sandálias, que não levassem duas túnicas.” Não levar nada pelo o caminho, diz ao missionário, que ele deve estar desimpedido, totalmente livre para o serviço. Andar de Sandálias, que simboliza humildade, é no sentido do missionário se colocar na condição de servo, lembrando-o que ele não é maior do que ninguém. Jesus recomenda ainda: “Quando entrares numa casa ficai ali até vossa partida.” Com esta recomendação, Jesus enfatiza a importância do testemunho. A eficácia da evangelização está mais no testemunho do que nas palavras. Um tempo maior, dedicado a evangelização de uma só família, possibilitaria ao missionário, falar de Jesus, não somente com palavras, mas principalmente com a sua vida, vida coerente com o que ele prega. Na convivência com o missionário, a família evangelizada, vai querer espelhar nele, e uma vez transformada, esta família, passará a ser também, evangelizadora com o seu testemunho de vida… Para dar continuidade a missão de Jesus, o missionário precisa também, de experimentar a pobreza total, esvaziando de si mesmo para encher-se da graça de Deus, confiando somente na providência Divina. Todas as orientações passadas por Jesus antes do envio, deixa os discípulos, numa situação de total dependência de Deus e é justamente nesta dependência, que o missionário torna forte, afinal, é Deus quem vai agir através dele, quem vai lhe oferecer todas as condições para que ele possa exercer bem a sua missão. Hoje, somos nós, os enviados para dar continuidade a missão de Jesus! Deus quer salvar a humanidade contando com a nossa disposição, com o nosso serviço, por isto, Ele convoca cada um de nós, para uma determinada missão. Ser indiferente a esta convocação, é ignorar o projeto de Deus, é ser indiferente a Ele… Para desempenharmos bem a nossa missão, precisamos, primeiramente, nos libertar de tudo o que nos prende, dos nossos apegos, pois só assim, estaremos livres para servir! O mundo carece de amor, de pessoas dispostas a levar ao outro, o conhecimento da verdade que liberta. Propaguemos esta verdade, levando ao outro, a mensagem do evangelho com palavras e principalmente com o nosso testemunho de vida, tornando viva e atuante a presença de Jesus no meio em que vivemos.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUE NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Celebramos neste Domingo, a festa de São Pedro e São Paulo, dois homens que chegaram à Jesus, por vias diferentes e que são conhecidos como: as colunas da Igreja. Pedro, por ter sido o primeiro líder da Igreja, Paulo, por transformá-la numa Igreja Missionária, sendo o primeiro a propagar o Reino de Deus entre os pagãos. Vindos de realidades completamente diferentes, estes dois líderes, Pedro, um simples pescador e Paulo, um Judeu culto de origem romana, deixam-se conquistar por Jesus, se colocando inteiramente à serviço do Reino de Deus, e como o próprio Jesus, deram a vida pela causa deste Reino, sendo fieis ao evangelho até as últimas consequências. A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, narra o momento em que Jesus confere a Pedro o primado da sua Igreja. Ao longo do texto, vemos o caminho que Jesus usou, para chegar a esta escolha. Primeiro, Ele faz uma pergunta aos discípulos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do homem?” Para esta pergunta, surgiram várias respostas, afinal, é fácil responder em nome do outro pois não compromete. Já, quando esta mesma pergunta é direcionada a eles, ninguém ousa responder, afinal, esta pergunta de Jesus, requer uma resposta pessoal, o que exige comprometimento. Pedro, foi o único que respondeu e respondeu com firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” Esta resposta de Pedro, agradou a Jesus, pois Ele sabia, que esta sua afirmação, era fruto da sua convivência com Ele! Por esta profissão de fé, Jesus convoca Pedro para uma missão desafiadora: conduzir a sua Igreja! “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja…” Este episódio, chama a nossa atenção, sobre a responsabilidade de quem afirma conhecer Jesus, saber quem é Jesus é muito mais do que saber que Ele é Deus. Afirmar que o conhece, implica em comprometimento com sua causa, em dar testemunho Dele em qualquer circunstância. A narrativa chega até a nós, como um convite a conhecermos Jesus, sem conhecer Jesus, ficamos na superficialidade da fé, não vamos entrar na dinâmica do Reino e muito menos compreender que, para ganhar a vida, é preciso passar pela cruz, como Ele passou… Olhando para a escolha de Pedro, vemos que Jesus, não entregou a responsabilidade de conduzir a sua igreja, a um homem diplomado, mas à Pedro, um homem simples, frágil, sujeito a falhas, alguém que representa os homens de toda a história da Igreja: homens santos e pecadores! Antes de conferir a Pedro, esta missão tão importante, Jesus não questiona o seu passado, não lhe faz nenhuma exigência, a não ser, o seu compromisso de transformar o seu amor por Ele, em cuidado para com o que é de mais precioso para Deus: o povo. Ao escolher Pedro para a liderança da sua Igreja, fica evidente a compreensão de Jesus para com a fragilidade humana, Pedro era um homem de temperamento extremamente forte, Jesus sabia, que mais tarde ele o negaria, mas mesmo assim, confia na sua fidelidade. Como vemos; a escolha de quem conduziria a barca de Jesus, (Igreja) não caíra sobre um homem especial, e sim, sobre um homem comum, alguém dotado de virtudes e defeitos como qualquer um de nós. O que vem nos mostrar, o quão é grande a diferença entre os critérios humanos e os critérios de Deus, os homens escolhem pessoas capacitadas para cargos de lideranças, Deus, capacita os que Ele escolhe. Com a volta de Jesus para o Pai, Pedro assume a liderança da igreja, uma Igreja fundamentada no amor de Jesus, conduzida pelo o seu Espírito. Sob a liderança de Pedro, a Igreja começa a dar passos rumo a uma nova Jerusalém, tendo a grande colaboração de Paulo, que representa a igreja itinerante, uma Igreja que não se limita a quatro paredes, mas que vai ao encontro do povo… “A missão da Igreja consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição de Jesus! Sua grande riqueza está na abertura a todos os povos e culturas!” A Igreja é unidade, ela é guardiã e propagadora do amor do Pai, da fidelidade do Filho e do poder Santificador do Espírito Santo. O amor a Jesus, é o fundamento de toda comunidade cristã, por tanto, numa comunidade, cujo centro é Jesus, um líder não se destaca pela sua autoridade, e sim, pelo o seu amor a Jesus, transformado em serviço. Pedro e Paulo, modelos de discípulos missionários com suas virtudes e fraquezas, mas sobre tudo, com o seu amor e fidelidade a Cristo e a sua Igreja. Nesta solenidade, unamo-nos em oração pelo o nosso Pastor, o sucessor de Pedro, o represente legítimo de Jesus Cristo aqui na terra, o nosso tão querido Papa Francisco! Um servo de Deus que preserva dentro de si, o amor de Jesus, a firmeza de Pedro e a flexibilidade de Paulo. São Pedro e São Paulo: rogai por nós.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUE NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Jesus, humano e Divino, sentia na pele e na alma a dor de cada um! Sua sensibilidade diante aos sofredores, o levava a fazer longas caminhadas ao socorro destes. Nas suas ações libertadoras, Jesus sempre deixava claro, que a cura de quem recorria a Ele, era fruto da sua fé. Diante as inúmeras ações libertadores de Jesus, o povo logo percebeu: “De tão humano, este homem só pode ser Divino.” Quando deixamos nos inundar pelo o amor de Jesus, ficamos parecidos com Ele: mais humano, fazendo o mesmo que Ele fazia, como enxugar as lágrimas dos que choram, levantar os que estão caídos e até mesmo, a curar doentes, já que muitas “doenças” são doenças da alma, doenças que só curam com doses diárias de amor… O amor cura, o amor restaura, o amor abre caminhos… A palavra de Deus que chega até a nós no evangelho de hoje, nos convida a refletir sobre a essencialidade da fé. A narrativa nos apresenta dois belíssimos testemunhos de fé, testemunho de duas pessoas de realidades bem diferentes, mas que igualmente foram agraciadas pela a intervenção de Deus por meio das ações vivificantes de Jesus. Enquanto estava à caminha da casa de Jairo, um dos chefes da sinagoga que lhe suplicara a cura de sua filha, Jesus é surpreendido com alguém que tocara suas vestes. Mesmo em meio a uma multidão que o comprimia Ele percebe um toque diferente, não se tratava de um simples esbarrão e sim, de um toque de fé… Se tratava de uma mulher, que há anos, vinha sofrendo de uma enfermidade que lhe atingira não somente seu corpo, como também a sua alma, uma hemorragia que a atormentava há doze anos. Excluída da sociedade, esta mulher, vendo em Jesus a sua única esperança de cura, não hesita em enfrentar todos os obstáculos para chegar até Ele! Por medo de ser repreendida, ela nem ousa em lhe dirigir a palavra, apenas toca suas vestes na certeza de ser curada por Ele! E Jesus, ao sentir o seu toque de fé, volta-se para ela e diz: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada desta doença.” Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo dizendo-lhe: “Tua filha morreu. Porque ainda incomodas o Mestre?” Ouvindo estas palavras, Jesus tranquiliza Jairo, dizendo: “Não tenhas medo. “Basta ter fé.” E Jesus segue-o até a sua casa, onde realiza mais um milagre: devolve a vida, à filha de Jairo. Estes dois episódios, nos mostram claramente o poder da fé, a fé nos devolve o que o mundo dá como irreversível. A mulher com hemorragia, já havia gasto todo o seu dinheiro com médicos sem nenhum resultado, a filha de Jairo, já havia morrido, e Jesus reverte essas duas situações, que aos olhos humanos, não tinha mais jeito, já tinha um ponto final… Para quem tem fé, a palavra “desistir” não existe, pois quem tem fé, sempre acredita numa possibilidade, na reversão daquilo que o mundo dá como irreversível. Pela fé, é possível alcançarmos a cura, são palavras de Jesus: “Tua fé te curou.” A fé nos possibilita vencer todos os obstáculos que nos impede de aproximarmos de Jesus, de tocar e de sermos tocado por Ele! É a fé que nos leva ao encontro de Jesus e é Nele, que encontramos força e coragem para enfrentar as nossas dificuldades, sair do sofrimento… A fé é a força que nos move, a raiz que nos sustenta, que nos mantém de pé, nos vendavais da vida. Pensemos bem: o que seria de nós sem a fé? Quem acolhe o dom da fé e o desenvolve, não teme os percalços da vida, pois tem em Jesus, o seu porto seguro…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUE NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Ao longo de nossa existência, vez por outra, somos acometidos por situações tão difíceis, que às vezes sentimos naufragados, imersos nas aguas frias do mar da vida! Nas tribulações, não esqueçamos: temos em quem confiar, a quem recorrer… Toda vez que depararmos com situações adversas, lembremo-nos da lição de uma arvore muito conhecida que é o bambu. No momento de uma tempestade, o bambu curva até o chão, mas ele não quebra pois possui raízes profundas que o mantém de pé, durante o vendaval! Assim que a tempestade passa, o bambu volta ao seu normal, como se nada tivesse lhe acontecido. Podemos dizer, que os momentos difíceis que atravessamos na vida, são o termômetro que mede o grau da nossa fé, se temos uma fé firme com raízes profundas como tem o bambu, jamais iremos nos sucumbir nas adversidades da vida… O que seria de nós sem a fé? É a fé que nos mantém de pé nos vendavais da vida! Quem tem fé, nunca se dá como vencido, por maior que seja a sua dificuldade, ele sempre acredita numa possibilidade, numa saída… É importante estarmos sempre abastecidos na fé, o óleo, que podemos buscar na oração, no aprofundamento da palavra de Deus, na vivencia em comunidade, na Eucaristia… Com Cristo e em Cristo, jamais fraquejaremos diante as adversidades da vida! Do evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, podemos tirar vários ensinamentos, ensinamentos, que poderão nos ajudar muito a atravessarmos com serenidade, os desertos de nossa vida! A narrativa nos diz, que os discípulos, ao serem surpreendidos por um forte vendaval, enquanto atravessavam para a outra margem, entram em desespero, não se dando conta de que naquela barca, junto deles, estava aquele que mesmo dormindo não estava ausente… Na condição humana, Jesus dormia, mas sendo Deus, Ele estava acordado, bem atento… O barulho das ondas e do vento forte, não acordaram Jesus humano, o que o acordou, foi a falta de fé dos discípulos… Ao ser acordado pelos os discípulos, Jesus os repreende dizendo: “Porque tendes tanto medo, homens fracos na fé?” E com duas palavras, Jesus põe fim no desespero dos discípulos, fazendo cessar o vento : Cala-te Mesmo convivendo com Jesus, presenciando todos os seus feitos, os discípulos, até então, pareciam não saber quem era Jesus de fato, eles demonstraram isso, ao se perguntarem: “Quem é este homem que até o vento e o mar obedecem”? Como podemos perceber, mesmo tendo Jesus junto deles, os discípulos não se sentiam seguros e quando Ele acalma o mar e faz parar o vento forte, eles se surpreendem, uma atitude que não condiz com quem tem fé, pois quem tem fé, não se surpreende diante as proezas realizadas por Jesus, pois já está convicto do seu poder sobre todas as coisas… Permanecer com medo diante de Jesus, é ter os olhos vendados pela falta de fé… A fé nos encoraja, o medo nos paralisa, por tanto, fé e medo não são compatíveis! Fé é experiência de amor, façamos esta experiência, buscando uma intimidade profunda com aquele que pagou com a vida, o preço da nossa liberdade… Tenhamos a certeza: medo, não cabe num coração habitado por Jesus…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUE NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

O jeito simples de Jesus falar do Reino de Deus, facilitava a compreensão dos pequenos, daqueles que viviam a realidade descritas em suas parábolas e dificultava o entendimento dos grandes que não viviam a mesma realidade… Com esta pedagogia, Jesus ensinava os pequenos, aqueles que queriam de fato, segui-lo e confundia os grandes, os que buscavam outros reinos…
Ainda hoje, quem não observa as coisas simples, encontra dificuldade para entender as parábolas de Jesus que servia-se de meios bem simples para descrever as maravilhas do Reino de Deus!
Na palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, temos para nossa reflexão, duas pequenas parábolas que responde as indagações de muitos de nós, que tem muitas dúvidas à respeito do Reino de Deus, por imaginá-lo, algo distante, a acontecer somente depois da nossa morte. Jesus explicita uma das mais belas características do Reino: O Reino de Deus é algo que cresce silenciosamente dentro de nós, através de um processo lento que não conseguimos visualizar, mas que podemos sentir o seu efeito…
É interessante perceber: Jesus jamais comparou o Reino de Deus com algo grande, extraordinário, Ele sempre o comparou, com as coisas simples presentes no nosso cotidiano, como a dinâmica de uma semente, o fermento na massa e muitas outras miudezas da natureza…
Para afirmar que a grandeza do Reino de Deus, não se mede geograficamente, Jesus o compara com uma minúscula semente de mostarda que apesar da aparência frágil, tem uma força enorme, é capaz de romper a terra para trazer e alimentar vidas…
Mesmo sem termos a experiência de um agricultor, todos nós sabemos que do plantio à colheita, há um caminho longo ser percorrido, o que requer muita paciência de quem planta, já que uma semente não nasce de imediato, antes, ela passa por um longo percurso, precisa mergulhar nas profundezas da terra para então germinar…
Como semeadores da palavra de Deus, precisamos ter a mesma paciência de um agricultor, daquele que planta. Precisamos esperar pelo o processo, um processo lento, mas que pode trazer resultados surpreendentes!
Às vezes, uma pessoa ouve a palavra de Deus, mas não a entende de imediato, só depois de algum tempo é que ela passa a entende-la…
A palavra de Deus no coração de quem a acolheu com alegria, com compromisso e fidelidade, é como um vulcão em constante erupção, nunca para, nunca cansa, e nem descansa, é sempre um movimento constante, suave e belo, como as gigantescas labaredas de fogo, iluminando e aquecendo a humanidade às vezes fria do Divino e do humano.
O caminho da nossa salvação, iniciou-se a partir de uma pequena semente que um dia alguém lançou no nosso coração, semente esta, que já germinou, mas que precisa ser sempre regada para que ela nunca morra. Cultivar no coração a semente do amor, é partilhar a vida, é ampliar o plantio começado por Jesus, que vem colocando novas sementes em nossas mãos confiante de que nós saberemos lançá-las nos corações daqueles que ainda não experimentaram a alegria de fazer parte de um reino de justiça, de amor e de paz…
Sejamos, pois, semeadores da palavra de Deus, lancemos esta semente na terra, (coração) contribuindo assim, para com o crescimento do Reino de Deus aqui na terra…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Celebrarmos hoje a Solenidade da Santíssima Trindade, a Festa da Família, quando somos convidados a mergulhar no Mistério inefável e insondável da Trindade Santa! Mergulhar neste Mistério, é fazer a experiência do amor do Pai, no seguimento ao Filho, se deixando iluminar pela a Luz do seu Espírito! Ao Colocar esta festa, no Domingo seguinte à Solenidade de Pentecostes, quando celebramos o envio do Espírito Santo sobre a Igreja nascente, a Igreja vem nos lembrar, de que cada Domingo é uma festa da Santíssima Trindade. O Domingo é o dia do Senhor, dia em que contemplamos o Mistério do Deus Família, participando da Eucaristia, a comunhão Trinitária! No antigo testamento, não se fala da Família Trinitária, foi Jesus quem a revelou, entreabrindo o véu que encobria dos nossos olhos, o rosto do Pai, mostrando-nos o Deus amor que para relacionar conosco se fez pequeno como nós… Sabemos que Deus é um só, como Pai, Ele nos criou, como Filho, nos redimiu e como Espírito Santo Ele nos santifica. O Espírito Santo, é o guia que nos remete ao coração do Pai, que nos faz entender com clareza, os ensinamentos do Filho que pelo Batismo, nos inseriu na Família Trinitária. “O Espírito Santo não falará por si mesmo, mas dirá tudo que tiver ouvido…” Essas palavras de Jesus, vem confirmar, que mesmo sendo distintas, nenhuma das pessoas da Santíssima Trindade, age individualmente, um exemplo que deve ser seguido por nós… A palavra de Deus que chega até a nós, no evangelho desta solenidade, narra o primeiro encontro de Jesus com os discípulos depois de sua ressurreição. Um encontro que se deu na Galiléia. Podemos até nos perguntar: porque será que Jesus escolheu a Galiléia para este encontro com os discípulos? Certamente, por ter sido ali, o ponto de partida da sua caminhada com eles, rumo a Jerusalém. Depois daquele encontro, esses mesmos discípulos, convocados por Jesus, fariam novamente, aquela mesma caminhada que fizeram com Ele, com uma diferença: desta vez, cheios do Espírito Santo, eles iriam recordar e entender com clareza, tudo o que Jesus lhes ensinara enquanto caminhavam junto Dele, rumo a cruz… Foi na Galiléia que tudo começou, ali, foi o lugar do testemunho, foi na Galileia, que muitos, testemunharam as obras realizadas por Jesus e passaram a crer Nele! Jesus sabia, que todos os que acreditaram Nele, dariam testemunho Dele, tornando seus seguidores, dando continuidade à sua missão. É importante lembrarmos, Jesus, não terminou a sua missão aqui na terra, esta missão, continua no mundo através de nós, é nosso compromisso, continuar a presença salvífica de Jesus no meio em que vivemos fazendo o mesmo que Ele fazia… Hoje, Jesus marca um encontro com cada um de nós, encontro este, que não será na Galiléia e sim, dentro de nós! É a partir deste encontro, que a nossa vida vai ganhando um novo sentido, que vamos, assim, como os primeiros discípulos, adquirindo força, coragem para avançarmos na missão, indo ao encontro do outro, daquele que ainda não teve a oportunidade de conhecer a verdade que liberta! “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. Não rejeitemos essa graça, busquemos Jesus, Ele é o respiro de Deus que soprou sobre nós o Espírito Santo, nos tornando novas criaturas! É o Espírito Santo que clareia a nossa mente, que nos faz enxergar a vereda segura a qual devemos seguir… A palavra central, desta celebração de hoje, é “confiança”, a confiança na família Trinitária, onde encontramos o amparo do Pai, a segurança do Filho e a força iluminadora e santificadora do Espírito Santo…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Celebramos hoje, a Solenidade de Pentecostes! A promessa de Jesus foi cumprida: o Espírito Santo nos foi enviado! Espírito Santo, que já se faz presente em nós, desde o nosso Batismo, mas nem sempre nos abrimos à sua ação. A definição marcante desta Solenidade é a “Germinação da Igreja.” A caminhada da Igreja missionária, começou em Pentecostes, quando o Espírito Santo entra em suas entranhas tornando-a viva e atuante na pessoa dos apóstolos. Foi a partir de Pentecostes, que a igreja começou a falar em línguas, ou seja, a falar a linguagem do amor, uma linguagem universal que mesmo sendo desdobrada em vários idiomas, é a única comunicação capaz de ser entendida pelos os povos de todas as nações. A missão da Igreja consiste em revelar aos homens, a vida nova que brota da ressurreição de Jesus, a sua grande riqueza, está na abertura aos povos de todas as culturas. A Igreja é unidade, ela é a guardiã do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Esta festa, que também pode ser chamada de festa missionária, nos convida a olhar para o mundo inteiro, onde a igreja se faz presente na pessoa de muitos missionários, homens e mulheres, que apesar das inúmeras dificuldades, se prontificam a gastar a vida no anuncio do evangelho, dando continuidade a missão de Jesus. Unamos a estes missionários, no desejo de fazer chegar a outros irmãos, a verdade que liberta! Sabemos que os desafios daqueles que se entregam à missionariedade não são poucos, mas sabemos também, que o Espírito Santo anima e dá força a quem abraça a missão de anunciador do Evangelho, possibilitando a todos conhecer Jesus. A palavra de Deus que chega até a nós no evangelho desta solenidade nos convida a apresenta-nos a comunidade de homens novos, que nasceram da cruz e da ressurreição de Jesus e que foram libertados pela a força santificadora e libertadora do Espírito Santo. Tudo começa no primeiro encontro de Jesus com os discípulos, logo após a sua ressurreição. Foi neste encontro, que Jesus comunicou-lhes o seu Espírito, num gesto de soprar sobre eles! Ao soprar o Espírito Santo sobre os discípulos, Jesus nos faz recordar o sopro de Deus na criação, o sopro que deu vida a criatura humana, gesto que Jesus repete como início de uma nova criação! Cheios do Espírito Santo, os discípulos se libertam do medo que os aprisionavam, foi a partir daquele momento, que as palavras de Jesus, que até então, não eram compreendidas, tornam-se claras para eles. “Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados.” Com o sopro do Espírito Santo, Jesus concede a igreja, na pessoa dos apóstolos, o poder de perdoar pecados. É Deus quem tem o poder de perdoar pecados, mas Jesus concede este poder e o transmite a sua Igreja, trata-se do sacramento da reconciliação. Quando Jesus diz: “Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados,” não significa uma condenação, e sim, um insistente apelo à conversão, ou seja, não é a Igreja que não perdoa esses pecados, pelo o contrário, a Igreja trabalha o arrependimento, favorecendo as condições para que a pessoa possa se redimir. Pecados não perdoados são aqueles pecados que temos a consciência de tê-los, mas permanecemos neles, sem nos abrimos ao arrependimento, o que significa um fechamento a ação do Espírito Santo, ou seja, o fechamento à graça do perdão! No sopro do Espírito Santo sobre os discípulos, é expressa a criação renovada, é o Espírito Santo que recria a comunidade dos apóstolos e descerra suas portas para a missão! Os discípulos só conseguiram tomar atitudes corajosas para anunciar o evangelho, depois que receberam o Espírito Santo. Eles se tornaram tão corajosos a ponto de se prontificarem a dar a vida pela a causa de Jesus, que passou a ser também causa deles. Com Pentecostes, encerra-se o tempo Pascal, mas este acontecimento não é o final de uma caminhada, e sim, o começo de um novo peregrinar rumo a uma nova Jerusalém! Os atos dos Apóstolos começaram com o sopro do Espírito Santo, também, os nossos atos, começam à partir da nossa conscientização de que a força santificadora do Espírito Santo, nos orienta e nos ilumina na missão…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Celebramos hoje, a ascensão do Senhor, a plenitude da Páscoa! Contemplando a ascensão do Senhor, estamos também nos preparando para a grande festa litúrgica de Pentecostes: a vinda do Espírito Santo! Espírito Santo, que já está no meio de nós, mas que nem sempre percebemos a sua ação em nós… O momento é propício para refletirmos sobre a importância do nosso Batismo, ocasião em que recebemos o Espírito Santo, é através do nosso Batismo, que fomos inseridos na comunidade cristã. A vitória de Jesus, que é também a nossa vitória, começa na ressurreição e se concretiza na ascensão. Com a sua volta para o Pai, abriram-se as cortinas de uma nova era, sinalizando os primeiros passos da igreja missionária, uma Igreja que vai ao encontro do povo e que através do testemunho dos primeiros discípulos, torna Jesus conhecido em todos os rincões da terra! Através dos discípulos, o anuncio do Reino espalhou por todo o universo, como fagulhas de fogo, incendiando o coração da humanidade com a presença viva do Cristo libertador, o Deus Filho, que mudou o rumo da nossa história, que nos tirou da solidão das trevas, replantando em nossos corações a semente da esperança! Viver as alegrias da Ascensão do Senhor, é experimentar já aqui na terra, as alegrias do céu, o que não significa ignorar a nossa realidade terrena, afinal, não é olhando para o alto que vamos encontrar Jesus, e sim, olhando para as periferias da vida, onde estão tantos irmãos sofrendo a dor do abandono, o descaso de uma sociedade que valoriza o ter e despreza o “ser”. Ao contrário da sua morte, a ascensão de Jesus, não foi vista pelos os discípulos como uma separação, pelo o contrário, foi a partir de então que eles passaram a sentir a presença de Jesus mais forte ainda junto deles. A todo instante, somos beneficiados pelo o fruto preciosíssimo da ascensão do Senhor Jesus, a grande riqueza prometida por Ele: o envio do Espírito Santo! O Espírito Santo é o sopro vital que nos anima que nos revigora que coloca brilho novo nos nossos olhos! “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura!” Esta, foi a convocação feita por Jesus aos primeiros discípulos. Hoje, somos nós, os convocados a dar continuidade a este anúncio, é urgente a necessidade de fazer chegar a outros corações, a proposta de um Reino de paz, de amor e de justiça… Não podemos ser indiferentes, deixar que irmãos nossos, sejam privados de conhecerem o evangelho! “Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado.” Eis ai, a responsabilidade de quem assume o compromisso de anunciar o Reino de Deus, pois é a partir deste anuncio, que muitos irmãos, terão a oportunidade de conhecer a verdade que liberta, o caminho da salvação. Não podemos esquecer: somos corresponsáveis pela salvação do outro! Antes, muitos de nós, pensávamos que a missão de anunciar o Reino de Deus, era somente dos padres, bispos, religiosos, hoje nós sabemos, que é missão de todo batizado! A partir do nosso Batismo, estamos aptos para assumir o compromisso de anunciadores da Boa Nova do Reino! Não precisamos partir para terras distantes, como fizeram os primeiros discípulos, podemos anunciá-la no meio em que vivemos e mesmo quando pensamos não ter uma sabedoria suficiente para anunciá-lo, não nos preocupemos, pois o Espírito Santo falará por nós. Como Missionários do Senhor, somos apenas instrumentos de Deus no mundo… Entre a solenidade da ascensão e Pentecostes a Igreja convida-nos a celebrar a semana da unidade. Participar deste mutirão de oração em favor da unidade dos cristãos, é apostar na diversidade e não na adversidade, é tornar possível, viver a unidade, dentro da diversidade.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Por Olívia Coutinho

Não nascemos do acaso, somos frutos do amor de Deus, plantados aqui na terra para frutificar o mundo, e só iremos produzir frutos, se estivemos ligados a Jesus, Jesus é a seiva, que irriga todo o nosso ser, que nos possibilita viver a nossa humanidade de forma divina… No evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, Jesus, após a última ceia, já em clima de despedida, conforta seus discípulos, lhes assegurando de que a sua volta para o Pai não poria fim na ligação entre eles. E para exemplificar a forma a qual, eles permaneceriam unidos, Jesus o compara com uma videira, da qual brotam os ramos. Com essa comparação, Jesus afirma que Ele é o tronco e que nós somos os galhos dos quais brotam as folhas e as flores. Cada um de nós exerce uma função diferente, mas que levam ao mesmo objetivo: produzir frutos, ou seja, expandir o Reino de Deus aqui na terra! O texto nos fala claramente da importância da ligação entre o humano e o Divino, pois é desta ligação, que nascem os frutos tão necessários para que a vida de Jesus se prolongue em nós! “Eu sou a videira e vós os ramos.” Porque será que Jesus se compara com a videira e não com outra planta? Provavelmente, porque a videira, para os judeus, era considerada uma planta nobre, segundo a crença deles, Israel era simbolizado por uma videira plantada por Deus na terra prometida. Os judeus acreditavam, que se eles mantivessem ligados a Israel, simbolizado pela videira, eles estariam ligados a Deus. Da mesma forma, nós quando permanecemos ligados a Jesus, simbolizado pelo o tronco, estaremos ligados a Deus… A nossa ligação com Jesus, que a princípio é pessoal, só se consolida quando vivemos dentro do espírito da partilha, quando somos inseridos na comunidade cristã, do contrário, somos como ramos separados do tronco, não recebermos a seiva, por isto não produzimos frutos. Por outro lado, quando nos tornamos ramos extensos, viçosos, mas sem frutos, é sinal de que estamos precisados de uma boa poda, da retirada dos nossos excessos como a vaidade a alta-suficiência, tudo isso nos impede de produzir frutos. As podas, sempre são muito doídas, mas necessárias, pois elas nos devolvem a fertilidade, nos torna leves, livres para exercer bem a nossa missão. Aceitar as podas do jardineiro Maior que é Jesus, é o primeiro passo de quem deseja produzir frutos de boa qualidade! Para que a palavra de Deus frutifique no mundo através de nós, precisamos estar sempre ligados a Jesus, por nós mesmos, não produzimos fruto algum. Estar ligado à Jesus, como os galhos estão ligados ao tronco, é a certeza de uma vida frutuosa, pois permanecendo em Jesus, permanecemos no amor… Deus nos chama ao compromisso com a vida, mas isto não significa que Ele precise de nós, Deus não precisa de nós, o que Deus quer, é contar conosco na construção de um mundo mais justo e mais fraterno sendo os ramos férteis da arvore frondosa que é Jesus…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Estamos no 4º Domingo da Páscoa, chamado de Domingo do Bom Pastor! Dentro desta temática, somos convidados a fazer uma avaliação da nossa caminhada de fé, confrontando o nosso modo de viver com o viver de Jesus… Fazemos a experiência do amor de Deus, quando deixamos nos conduzir por Jesus: o nosso Bom Pastor! Deus Pai, no seu infinito amor, nos entregou aos cuidados do Filho, o Bom Pastor, Este, por sua vez, nos acolheu com o mesmo amor do Pai, colocando-nos acima da sua própria vida! Quando ouvimos falar do Bom Pastor, logo nos vem à mente, a imagem de um protetor, de alguém que cuida nós, que nos carrega no colo, enquanto atravessamos os desertos de nossa vida! A figura do Bom Pastor, é uma das imagens mais bela e conhecida das pregações de Jesus! Como o Bom Pastor, Jesus se apresenta como a única porta que nos conduz ao Pai, o seu amor, por nós, é um amor incondicional, um amor tão grande que o levou ao extremo: a dar a vida pelo resgate das ovelhas que caíram nas armadilhas dos mercenários! ”Dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão” Jo 10,28. Eis aí, a comunicação do amor de Deus… No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, Jesus revela a sua intimidade com o Pai, a sua disposição em levar em frente o projeto de Deus a ser implantado por Ele, aqui na terra. Ao se colocar como o Bom Pastor, Jesus deixa claro, que Ele é um Pastor zeloso, um pastor totalmente diferente dos que se dizem pastores, mas não cuidam de suas ovelhas. Ao contrário destes falsos pastores, Jesus cuida carinhosamente de suas ovelhas, Ele não quer perder nenhuma delas, e se por ventura, alguma ovelha, se perder no caminho, Ele não desiste dela, não cansa de esperar pelo o seu retorno! Ao entregar a vida, pelas as ovelhas do rebanho que o Pai lhe confiara, Jesus nos deu uma grande prova de amor, deu a sua vida por nós! Que resposta temos dado a este amor sem limites? O que temos feito da nossa vida que custou a vida de Jesus? Escutar e colocar em prática os ensinamentos de Jesus, é realizar a vontade de Deus, é dar continuidade a presença amorosa do Bom Pastor aqui na terra, cuidando do outro, como Jesus nos ensinou a cuidar. A todos nós, que confiamos em Jesus, fica um alerta: Tenhamos cuidado para não cairmos nas ciladas do inimigo, os falsos pastores, estão por aí, infiltrados no meio de nós, como lobos vorazes na espreita, prontos para tomar posse das ovelhas que vão se dispersando do rebanho. Saber que temos um protetor, alguém que cuida de nós, que nos conhece pelo o nome, que é nosso refúgio nos momentos de desolações, é a certeza de nunca estarmos sós… Sob o olhar atento do Bom Pastor, do que haveremos de temer?

Por Olívia Coutinho

Estamos vivendo o tempo Pascal, um tempo forte, que nos abre à luz de Cristo, quando vivemos de maneira intensa as alegrias da fé! “O Mistério Pascal é de tal importância na vida litúrgica da Igreja e na vida e atividade apostólica de todos os redimidos pelo Sangue de Cristo, que a sua celebração se prolonga por cinquenta dias, número cheio de significados, pois exprime a plenitude da salvação definitivamente alcançada por Jesus Ressuscitado e por Ele oferecida aos homens”. A ressurreição de Jesus, é um acontecimento tão marcante na vida do cristão, que não deve ser vivido somente nestes dias em que a igreja nos oferece a oportunidade de mergulharmos no mistério do amor do Pai através da riqueza da liturgia deste tempo. Devemos atualizar este acontecimento no nosso dia a dia, com as nossas atitudes. O evangelho deste terceiro Domingo da Páscoa, narra mais uma aparição de Jesus, o que aconteceu no momento em que os dois discípulos de Emaús comentavam com os demais, a experiência que tiveram com o Cristo Ressuscitado no caminho para Emaús. Enquanto conversavam, Jesus aparece no meio deles e os saúda dizendo: ”A paz esteja convosco!” Assustados, os discípulos pensaram que se tratasse de um fantasma, um sinal de que ainda havia muitas dúvidas em seus corações. E mesmo depois de terem visto, as marcas da cruz nas mãos e nos pés de Jesus, eles continuavam com dificuldades em acreditar no que estavam vendo, afinal, tudo aquilo que eles presenciavam, era grande demais para a compreensão deles, que acabavam de ver Jesus morto numa cruz. Mesmo diante a dificuldade dos discípulos em compreender tudo aquilo, Jesus não os repreende, pelo contrário, os compreende e numa atitude de amor, abre-lhes a mente possibilitando-os a entenderem as Escrituras e a partir daí, se tornarem testemunhas de sua ressurreição de Jesus, fato que as autoridades queriam abafar. Neste encontro com os discípulos, Jesus transmite- lhes a sua paz! Foi a paz de Jesus que os fortaleceu, que os libertou do medo que os aprisionava. Esta mesma Paz, chega a até a nós, quem abraça esta paz, tem no olhar, o brilho do Ressuscitado! Hoje, somos nós, os convocados a sermos transmissores desta paz, com o nosso testemunho de vida. Munidos da paz que vem de Jesus, podemos dar testemunho da sua ressurreição em qualquer circunstância que estejamos vivendo, sem nos preocuparmos com as consequências… A paz de Jesus é diferente da suposta paz que o mundo diz nos oferecer através de armas. A paz de Jesus, é fruto da sua ressurreição, é a paz que veio da cruz, uma paz que nos aquieta e que ao mesmo tempo nos inquieta, pois nos faz ter pressa de levar Jesus ao outro A paz do Cristo Ressuscitado, é o ponto de partida para a nossa caminhada de fé, quem vive esta paz, não se curva diante os desafios da missão… A paz de Cristo é o cumprimento dos cristãos: A paz de Cristo esteja com você: meu irmão e minha imã!

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

Quantas vezes, iniciamos o dia desanimados, sem nenhuma motivação e no declinar deste dia, sentimos cansados, abatidos, sem nenhuma perspectiva de dias melhores, o que temos sentido com mais frequência nos dias de hoje… Quando os nossos dias, começam a perder a cor, quando nossos passos já não nos levam a lugar nenhum, é sinal de que não estamos reconhecendo a presença de Jesus na nossa vida, que está nos faltando algo imprescindível para dar sentido ao nosso existir e este algo é a fé! É a fé que dá colorido aos nossos dias, que nos dá força nos momentos difíceis, que mantém viva a nossa esperança em dias melhoras! A fé movimenta a nossa vida, nos ampara nos momentos de desolações como estamos vivendo neste tempo nebuloso de muitas incertezas. É a fé que nos mantém de pé nos vendavais da vida! A palavra de Deus, que nos é apresentada no evangelho deste domingo, nos convida a refletir sobre a importância de confiarmos nas promessas de Jesus, em tudo o que Ele disse! Quando confiamos nas promessas de Jesus não tememos a cruz. Foi esta confiança, que faltou aos dois discípulos de Jesus, intitulados como discípulos de Emaús. Não vendo mais sentido para permanecerem em Jerusalém após a morte de Jesus, estes dois discípulos, decidem volar para Emaús, um povoado um tanto distante de Jerusalém. Abatidos, e porque não dizer, decepcionados com tudo que acontecera com Jesus, a quem eles haviam depositado o destino de suas vidas, eles davam como encerrada, a bela história de amor vivida entre eles e Jesus.Enquanto voltavam para Emaús, os dois, comentavam pelo o caminho, o que havia acontecido com Jesus. Num dado momento, o próprio Jesus aproxima-se e começa a caminhar com eles, entrando na conversa. Mesmo depois de conversarem por um bom tempo, eles não o reconhecem, estavam como que cegos, ainda carregando dentro deles, um Jesus morto que eles acabaram de ver, pregado na cruz. O nome destes dois discípulos, não foram citados no texto, tudo para nos dizer, que eles, representam todos os que perdem a esperança facilmente, que se dão como vencidos diante à supostos fracassos, os que demoram para reconhecer a presença de Jesus junto deles, que não confiam plenamente nas suas promessas com esta: “O filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.” Mt 17,22-23. Foi a falta de fé, que ofuscou os olhos destes dois discípulos, diante o Jesus Ressuscitado que caminhava com eles. Uma falta de fé, que os levou a confundi-lo com um forasteiro. Jesus só foi reconhecido por eles, no momento em que Ele partiu o pão. Foi a partir deste instante, que os olhos dos discípulos se abriram e eles puderam vivenciar a alegria de estarem diante o Cristo Ressuscitado.Movidos pela a alegria do reencontro com o Ressuscitado, os discípulos de Emaús, tomam o caminho de volta à Jerusalém, indo levar aos outros discípulos aquela boa notícia, isto é: falar-lhes da experiência que tiveram com Jesus Ressuscitado. Que a lentidão dos “discípulos de Emaús” não se repita conosco, que nós não sejamos cegos, lentos, para reconhecer a presença de Jesus em nossa vida! A narrativa nos desperta ainda, sobre a importância de buscarmos sempre um jeito atencioso, carinhoso de viver a fé, chama a nossa atenção para algo que quase não praticamos nas nossas relações humanas: ouvir o outro, caminhar com ele, conhecer a sua história, seus sonhos! Foi isto que Jesus fez ao caminhar com os discípulos de Emaús, Ele falou, ouviu, inteirou-se… Não sejamos indiferentes ao outro, principalmente aos excluídos, pois nele, está mais evidenciada a presença do Cristo Ressuscitado. A nossa missão nasce a partir do nosso encontro pessoal com o Cristo Ressuscitado e cresce à medida do nosso envolvimento com Ele na pessoa do nosso irmão…

FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS! 

Por Olívia Coutinho, Administrador do grupo Refletindo o Evangelho do facebook