Por Olívia Coutinho
Hoje, com o coração repleto de alegria e gratidão, celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, um dos mistérios mais profundos da nossa fé! Nesta Festa, somos convidados a contemplar a beleza e a harmonia do Deus Uno e Trino: Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus em três pessoas distintas, unidas por um único e perfeito amor!
Adentrar neste Mistério é permitir-se ser envolvido pelo amor do Pai, pelo o cuidado do Filho e pela ação vivificante do Espírito Santo. É acolher, com fé e humildade, o Deus que se revela como Comunhão, como Família, e que deseja habitar em cada um de nós.
Ao celebrarmos esta Solenidade logo após Pentecostes, a Igreja nos recorda que todo Domingo é, por excelência, uma celebração trinitária. É o dia do Senhor, o dia em que renovamos, na Eucaristia, nossa comunhão com o Deus que se dá a conhecer no amor partilhado. Cada Eucaristia é um encontro com o Pai que nos acolhe, com o Filho que se oferece por nós e com o Espírito que nos santifica e envia em missão.
No Antigo Testamento, a realidade da Trindade ainda permanecia oculta. Foi Jesus quem nos revelou este Mistério, desvelando, pouco a pouco, o rosto misericordioso do Pai. Ele nos mostrou que Deus não é solitário, mas um Deus que se comunica, um Deus que ama, que se aproxima de nós como Pai Criador, como Filho Redentor e como Espírito Santificador.
O evangelho nos apresenta um trecho do discurso de despedida de Jesus, no qual Ele revela aos discípulos que ainda havia muito a lhes dizer, mas que eles ainda não estavam prontos para compreender. Com essa afirmação, Jesus demonstra sua compreensão diante da fragilidade humana e ao mesmo tempo nos consola com o envio do Espírito Santo, que nos conduz à plenitude da verdade.
O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é a presença viva de Deus em nós! É Ele quem nos revela, no tempo de Deus, tudo aquilo que Jesus nos ensinou. Ele não fala por si mesmo, mas comunica o que vem do alto. O Espírito Santo é o nosso consolo, nosso guia, nossa luz nos momentos de escuridão. É por meio Dele, que experimentamos a presença do Pai e do Filho em nossa vida.
Na Trindade Santa, contemplamos a perfeita comunhão de amor, onde não há disputa, mas entrega, partilha, unidade… O Pai, que nos ama e nos cria; o Filho, que se fez um de nós e nos redimiu; e o Espírito, que nos santifica e nos impulsiona a viver como filhos e filhas de Deus.
Celebrar a Santíssima Trindade é celebrar a vida em comunhão, a beleza da unidade que não anula a diversidade, mas a acolhe e a transforma. É renovar nossa fé nesse Deus que nos ama infinitamente e que permanece conosco todos os dias, como prometeu Jesus: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” Quando abrimos à ação do Espírito Santo simultaneamente nos unimos ao Filho que nos leva ao Pai.
Que este Mistério de amor nos transforme, nos impulsione a irradiar a luz da comunhão divina por onde passarmos! Que o amor do Pai, a entrega do Filho e a força santificadora do Espírito Santo se expressem concretamente em nossas ações, tornando-nos testemunhas vivas do amor do Pai do Filho do Espírito Santo, no meio em que vivemos…
QUE VOCÊ TENHA UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS TE ABENÇOE!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
Mensagem Dominical
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 07/06/25 – Jo 21,20-25
Por Olívia Coutinho
Na conclusão do Evangelho de João, somos convidados a mergulhar no íntimo diálogo entre Jesus e Pedro. Depois de ouvir de Jesus a missão que lhe fora confiada, Pedro, talvez por curiosidade, pergunta sobre o destino do discípulo João, aquele, citado pelos evangelistas, como o discípulo que Jesus amava. A resposta de Jesus a Pedro, é direta: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa? Tu, segue-me!”
Com essa resposta, Jesus nos ensina a abandonar a tentação da comparação, que tanto nos rouba a paz e nos desvia do nosso caminho. Cada um tem uma missão única diante de Deus, e querer saber os planos do outro, não deve ser nossa preocupação. Deus cuida de cada um de nós com um amor e um jeito personalizada. O importante é seguir Jesus com fidelidade, olhando para Ele e não para os passos alheios.
No evangelho, também vemos que nem tudo o que Jesus fez está escrito. O evangelista João, reconhece que o mundo não comportaria os livros que poderiam ser escritos. Isso nos revela a grandeza do amor de Jesus, um amor que ultrapassa palavras e registros. Muito do que Ele realiza continua acontecendo no silêncio dos corações, nas curas interiores, nos recomeços, no perdão dado e recebido, nas decisões inspiradas pela fé.
Jesus continua escrevendo sua história de amor através de cada um de nós. Somos páginas vivas do Evangelho! Quando vivemos segundo os ensinamentos de Jesus, damos continuidade à missão iniciada pelos apóstolos.
Pedro, chamado a pastorear o rebanho, representa todos nós que somos convidados a cuidar uns dos outros, sem perder o foco no Mestre. O seguimento a Jesus, requer renúncias, confiança e perseverança, mesmo quando não compreendemos todos os desígnios de Deus.
Que possamos caminhar sem nos distrair com o que é do outro, mas atentos à voz do Senhor que nos chama: “Tu, segue-me!”
QUE VOCÊ TENHA UM SANTO DIA!
QUE O ESPÍRITO SANTO SEJA SEMPRE SUA LUZ E SUA FORÇA!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
MENSAGEM DOMINICAL > “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho…”
Por Olívia Coutinho
Com muita alegria, celebramos hoje a Ascensão do Senhor, solenidade intimamente ligada à Páscoa e a Pentecostes. Podemos dizer que a Ascensão é a plenitude da Páscoa, o coroamento da missão de Jesus realizada aqui na terra.
A vitória de Jesus, que é também a nossa vitória, começa na ressurreição e se concretiza na ascensão. Com seu retorno ao Pai, abrem-se as cortinas de uma nova era, marcando os primeiros passos da Igreja missionária, uma Igreja que vai ao encontro do outro e que, através do testemunho dos primeiros discípulos, tornou Jesus conhecido em todos os rincões da terra.
Através dos discípulos, o anúncio do Reino se espalhou por todo o universo como fagulhas de fogo, incendiando o coração da humanidade com a presença viva do Cristo libertador!
Viver as alegrias da Ascensão do Senhor é experimentar, já aqui na terra, as alegrias do céu. Isso não significa ignorar nossa realidade terrena, afinal, não é olhando para o alto que vamos encontrar Jesus, e sim, olhando para as periferias da vida, onde estão tantos irmãos sofrendo a dor do abandono e do descaso de uma sociedade que valoriza o ter e despreza o ser.
Ao contrário da morte de Jesus, a sua ascensão não foi vista pelos discípulos, como uma separação. Pelo contrário, foi a partir de então, que eles passaram a sentir a sua presença ainda mais forte junto deles.
A todo instante, somos beneficiados pelos frutos da ascensão do Senhor, entre eles, a maior de todas as promessas: o envio do Espírito Santo!
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” Essa foi a convocação de Jesus aos primeiros discípulos.
Hoje, somos nós os convocados a darmos continuidade a esse anúncio. É urgente fazer chegar a outros irmãos a proposta de um Reino de paz, amor e justiça. Não é justo permitir que tantos irmãos, sejam privados de conhecer o Evangelho!
“Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado.” Eis aí a importância de assumirmos o compromisso de anunciar a Boa Nova do Reino, pois é a partir desse anúncio, que muitos irmãos terão a chance de conhecer a verdade que liberta.
Estamos vivendo um momento propício para refletirmos sobre a importância do nosso Batismo, ocasião em que recebemos o Espírito Santo e fomos inseridos na comunidade cristã, tornando-nos aptos a assumir o compromisso de anunciadores da Boa Nova do Reino!
Antes, pensávamos que essa missão era exclusiva dos ministros ordenados. Hoje nós sabemos que ela é missão de todo batizado! Não precisamos partir para terras distantes como fizeram os primeiros discípulos, podemos anunciar o Evangelho no meio em que vivemos. E mesmo quando achamos que não temos sabedoria suficiente, não devemos nos preocupar, pois é o Espírito Santo falará por nós.
Entre a solenidade da Ascensão e Pentecostes, a Igreja nos convida a viver a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Participar desse mutirão de oração é apostar na diversidade, é tornar possível viver a unidade dentro da diversidade.
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS LHE ABENÇOE!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > MEDITANDO O EVANGELHO DO DIA- 25/05/25 – Jo14,23-29
Por Olívia Coutinho/refletindo o evangelho
No evangelho de hoje, Jesus nos presenteia com palavras que confortam o nosso coração, que nos orientam e renovam nossa esperança!
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada.” Com essas palavras, Jesus nos revela, que amá-Lo, não é apenas nutrir um sentimento bonito por Ele, mas uma escolha diária, que se manifesta no compromisso com a sua Palavra. Guardar a Palavra de Jesus é trazê-la para dentro do nosso coração e permitir que ela norteie a nossa vida, ilumine o nosso caminho.
Quando vivemos conforme os ensinamentos de Jesus, tornamo-nos morada de Deus! Imagine: o próprio Deus vivendo em nós, agindo no mundo através de nós! Quantas frutos podemos produzir!
Jesus também nos promete o Espírito Santo, o Defensor, aquele que nos ensinará todas as coisas e nos recordará tudo o que Jesus nos disse ante de sua volta para o Pai. Que maravilha saber que não estamos sós! Que temos em nós, o Espírito Santo que é a força discreta e poderosa que nos guia, que nos ilumina, que nos consola nos momentos difíceis, que nos impulsiona a seguir em frente na nossa caminhada de fé!
No momento em que se despede dos seus discípulos, Jesus lhes deixa um presente incomparável: a sua paz. Não se trata de uma paz que depende de circunstâncias externas. A paz trazida por Jesus é fruto da sua ressurreição. Essa paz, nenhuma situação adversa consegue tirar de nós, pois ela se sustenta na certeza de sermos amados por Deus! É uma paz que podemos experimentar em qualquer circunstância da nossa vida.
Ainda que as dores e as incertezas venham nos visitar, não podemos permitir que nossos corações se perturbem ou se acovardem. Sintamo-nos sustentados pela certeza de que nunca estaremos sós, pois temos um Pai que nos ama, que enviou seu Filho para nos ensinar o caminho da vida e o Espírito Santo para nos conduzir e dissipar as trevas de nosso caminho. Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo: um só Deus em três Pessoas.
Vivamos, pois, com o coração repleto de alegria e de esperança, tendo a Palavra de Jesus como nossa direção… Acolhamos com docilidade a presença do Espírito Santo, entregando-Lhe a condução do nosso caminhar rumo a casa do Pai…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS O ABENÇOE!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
MENSAGEM DOMINICAL > “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COMO EU VOS AMEI.”
Por Olívia Coutinho – Refletindo o Evangelho
O Evangelho deste 5º Domingo da Páscoa nos leva ao coração do cristianismo: o amor! Mas não qualquer amor… Jesus nos convida a amar como Ele nos ama e isso muda tudo!
Situando-nos no contexto deste momento crucial de Jesus: o Filho do Homem está prestes a se despedir dos seus discípulos. E, mesmo sabendo que a cruz se aproxima, Ele não faz discursos longos nem dá ordens complicadas. Jesus simplesmente resume toda a sua vida em um único e precioso mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.”
Simples? Só na aparência! Porque esse amor que Jesus nos propõe vai muito além de uma simpatia por alguém ou de uma gentileza qualquer. O amor a que Jesus se refere é o amor doação, um amor que perdoa, que acolhe, que serve; um amor que se ajoelha para lavar os pés, que suporta a traição sem perder a ternura, que se entrega na cruz sem cobrar nada em troca.
Jesus nos amou até o fim e não apenas o fim cronológico, mas o fim no sentido de plenitude, de intensidade. Ele não economizou amor, não foi seletivo, não colocou limites. Amar como Jesus nos ama é viver com um coração que não se fecha, que não calcula, que não se vinga. É fazer do amor a nossa bandeira, o nosso idioma, o nosso jeito de ser no mundo!
Somos criados por amor e para o amor! Essa é a nossa identidade mais profunda. E é nesse amor que revelamos se somos ou não discípulos de Jesus. O distintivo do cristão não é um crucifixo pendurado no pescoço, nem uma Bíblia debaixo do braço, mas sim um coração dilatado pela caridade.
Jesus não nos deu esse mandamento como uma sugestão ou como mais uma norma para a lista. Ele o ofereceu como condição essencial para permanecermos n’Ele. Porque onde o amor falta, Deus não habita. E onde há amor verdadeiro, ali está Deus, mesmo que ninguém o tenha nomeado.
É o amor que nos une ao Pai e aos irmãos! É ele que faz o Reino de Deus se espalhar, não por discursos, rituais ou regras, mas por contágio! Sim, o amor verdadeiro é “contagioso” pega de um para o outro, é como perfume bom que se espalha no ar e atrai os que dele se aproximam!
Infelizmente, muitos ainda trocam o amor de Deus pelos “amores” do mundo amores que cobram, que exigem retorno, que duram enquanto convém. Mas o amor de Jesus é diferente: é gratuito, é puro dom, é presença fiel mesmo quando não merecemos.
Por isso, o mandamento do amor será sempre novo! Porque o amor verdadeiro nunca envelhece, nunca sai de moda, nunca entra em crise!
Peçamos a Deus a graça de amar como Jesus nos ama! Que a nossa vida seja reflexo desse amor divino que se traduz em gestos, em perdão, em acolhida, em compaixão…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO, MEU IRMÃO E MINHA IRMÃ!
QUE DEUS TE ABENÇOE GRANDEMENTE!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/05/25 – Jo21,1-19
Por Olívia Coutinho
Neste belíssimo evangelho, Jesus se manifesta pela terceira vez aos discípulos após sua ressurreição, o que aconteceu às margens do mar de Tiberíades.
O cenário nos remete a uma memória viva: os discípulos estão no lago, pescando, e mais uma vez, não conseguem nada por conta própria. É quando Jesus aparece, ainda não reconhecido, e lhes indica onde eles deviam lançar as redes. O resultado é uma pesca abundante!
A narrativa é carregada de simbolismo. A barca representa a Igreja, os discípulos somos nós, a rede é a missão, e o mar é o mundo. Quando agimos sozinhos, por nós mesmos, o resultado pode ser o fracasso. Mas quando deixamos que o Senhor nos conduza, os frutos de nossas ações, com certeza são abundantes.
É tocante ver Pedro se lançar ao mar ao reconhecer Jesus. Esse gesto fala de um amor impulsivo, sincero e arrependido. Ele que havia negado o Mestre três vezes, agora se entrega de corpo e alma, sem hesitar, ao reencontrá-lo. Jesus, com ternura, prepara uma refeição para os discípulos. Ele continua sendo o Servo que se doa até o fim.
Após a refeição, acontece o diálogo mais íntimo e restaurador entre Jesus e Pedro. Por três vezes, Jesus pergunta: “Pedro, tu me amas?”. E por três vezes Pedro responde: “Tu sabes que eu te amo”. A cada resposta, Jesus o confirma na missão: “Apascenta minhas ovelhas”.
Aqui, vemos que o amor é a base de toda missão. Jesus não cobra perfeição de Pedro, mas fidelidade e amor. O perdão de Jesus não apenas restaura Pedro, mas o envia, confiando-lhe a tarefa de cuidar dos outros. Isso vale para todos nós: mesmo com nossas falhas, Jesus nos chama e confia no nosso amor.
Este Evangelho nos recorda que a nossa vida cristã, precisa partir do encontro pessoal com o Ressuscitado. Só quem o encontra verdadeiramente é capaz de lançar-se com coragem à missão, de sair de si, de apascentar as ovelhas do Senhor, com humildade, compaixão e amor.
Que hoje, ao ouvirmos a voz do Senhor, possamos responder como Pedro: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”, e nos colocarmos a caminho, para anunciar o Ressuscitado com gestos concretos de amor…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS O ABENÇOE!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENAGEM DOMINICAL > “COMO O PAI ME ENVIOU, TAMBÉM EU VOS ENVIO.”
Por Olívia Coutinho
Neste II Domingo da Páscoa, também conhecido como Domingo da Divina Misericórdia, somos chamados a reavivar a nossa fé no Cristo Ressuscitado e a renovar o compromisso de sermos, como Ele: instrumentos vivos de misericórdia no mundo.
A misericórdia foi o centro da vida de Jesus: cada gesto, cada palavra sua, transparecia o seu coração misericordioso.
Misericórdia e perdão caminham juntos: não há misericórdia sem perdão, nem perdão sem misericórdia.
Na liturgia de hoje, é apresentada a comunidade dos Homens Novos que nascem da cruz e da ressurreição de Jesus, que é a Igreja! É missão da Igreja revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição de Jesus.
O Evangelho nos mostra os discípulos reunidos de portas fechadas, postura de quem está com medo. E mesmo com as portas trancadas, Jesus entra, coloca-se no meio deles e os saúda, dizendo: “A paz esteja convosco.” Após transmitir-lhes a sua paz, Jesus sopra sobre os discípulos o Espírito Santo. A partir de então, eles, cheios do Espírito Santo, libertam-se do medo que os aprisionava.
É importante ressaltarmos: a paz do Cristo Ressuscitado não isentou os discípulos da cruz, mas deu a eles e a todos os redimidos pelo o sangue de Jesus, a força e a coragem para assumirem os desafios da missão.
Ao soprar o Espírito Santo sobre os discípulos, Jesus nos remete ao sopro do Criador que deu vida à criatura humana, um gesto agora repetido pelo Ressuscitado como início de uma nova criação!
“Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos.” Jesus concede o poder de perdoar os pecados a um grupo específico de pessoas: os apóstolos, que hoje são representados pelos sacerdotes ordenados. É Deus quem tem o poder de perdoar pecados; Jesus recebe esse poder e o transmite à sua Igreja por meio dos apóstolos, trata-se do sacramento da reconciliação.
Devemos entender que “pecados retidos” não significa condenação, mas sim um renovado apelo à conversão.
No sopro do Espírito Santo sobre os discípulos está expressa a criação renovada: é o Espírito Santo que recria a comunidade dos apóstolos (os enviados) e abre suas portas para a missão. Eles só conseguiram tomar atitudes corajosas para anunciar o Evangelho depois de receberem o Espírito Santo.
O texto nos fala também da incredulidade de Tomé. Muitos o veem como um homem sem fé. O próprio Jesus o exortou: “Não sejas incrédulo, mas fiel!” Tomé não aderiu à fé quando os discípulos lhe afirmaram que tinham visto Jesus; ele não acreditou no testemunho deles, desejando uma constatação pessoal. Essa postura simboliza todos os que precisam ver para crer.
A figura de Tomé, a princípio, ficou manchada pelo o seu vacilo na fé. Mas, após o seu encontro com o Ressuscitado, ele se redimiu, dando um belíssimo testemunho de fé. Diante do Cristo Ressuscitado, Tomé faz uma das mais belas profissões de fé: “MEU SENHOR E MEU DEUS!” Este episódio nos ensina que um simples vacilo na fé, não pode manchar uma pessoa para sempre, afinal, como seres humanos, estamos sujeitos a estas fraquezas. O importante é fazermos como Tomé: não permanecermos na incredulidade.
“Bem-aventurados os que creram sem terem visto.”
Com a ressurreição de Jesus, a vida divina entrou na vida humana. E, assim como as sementes espalhadas pelo o vento, o anúncio da ressurreição de Jesus se espalhou por todos os rincões da terra, como fagulhas de fogo incendiando o coração da humanidade com a força renovadora do Espírito Santo…
TE DESEJO UM ABENÇOADO DOMINGO!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “ELE VIU E ACREDITOU.”
Por Olívia Coutinho
Neste Domingo, celebramos com muita alegria, a Páscoa do Senhor Jesus, o ponto mais alto da nossa fé! Um acontecimento que marcou o início de um tempo novo, que dividiu a história em antes e depois…
Morte, trevas, era sempre noite no coração da humanidade, até que, numa noite mais clara do que o dia, as trevas deram lugar à luz, a vida venceu a morte! O acontecimento mais belo que já se viu aqui na terra tirou das trevas, a humanidade corrompida pelo pecado, tornando o céu mais próximo da terra!
Com a ressurreição de Jesus, nossa vida ganhou um novo sentido. Agora, não somos mais escravos, fomos libertados. Podemos escolher o que queremos de melhor para nossa vida. Afinal, encontramos uma direção, temos em quem confiar e a quem seguir! As promessas de Deus se cumpriram: Jesus ressuscitou e pagou com seu sangue o preço da nossa liberdade.
Inseridos no Mistério Pascal, que é a vida de Jesus em nós e a nossa vida n’Ele, tornamo-nos sinal vivo de sua presença aqui na terra, dando continuidade à sua missão…
Na ressurreição de Jesus, é manifestado o amor do Pai por sua criação, um amor tão grande que o levou a investir alto no nosso resgate, permitindo que seu Filho morresse para nos devolver a vida. É partilhando a vida que vamos nos envolvendo neste Mistério, levando vida onde a morte insiste em predominar…
A liturgia deste Domingo, fala fundo ao nosso coração fazendo ressoar em nossos ouvidos a saudação dos primeiros cristãos, que diziam alegremente: “Cristo ressuscitou! Aleluia!” Saudação esta, que hoje, devemos repetir com a mesma alegria: “Sim, verdadeiramente Jesus Cristo ressuscitou! Ele vive entre nós!”
O Evangelho deste Domingo, apresenta-nos a primeira evidência da ressurreição de Jesus que foi o túmulo vazio. Maria Madalena foi a primeira pessoa a fazer essa constatação, mas por estar mergulhada no sofrimento causado pela ausência de seu Mestre e Senhor, ela não conseguiu assimilar o túmulo vazio com a ressurreição de Jesus. Sua primeira reação diante do túmulo vazio, foi de desolação: ora, ela foi visitar o Senhor morto e não o encontrou. Aos prantos, ela vai correndo ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, citado como “o discípulo que Jesus amava”. Ao encontrá-los, ela desabafa: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram.”
Os dois discípulos vão correndo até o sepulcro de Jesus. Pedro entra e constata: “De fato, Jesus não está aqui!” Já o “discípulo amado,” que acredita-se ser João, vai além: diante do túmulo vazio, no seu silêncio, ele acredita: “Jesus ressuscitou!” Segundo este Evangelho, João, foi o primeiro a acreditar na ressurreição de Jesus: “Ele viu e acreditou.” Enquanto que Maria Madalena, foi a primeira pessoa a deparar com o túmulo vazio e a falar com Jesus ressuscitado, num outro momento…
Assim como Maria Madalena e os dois discípulos, que correram para chegarem logo, ao sepulcro de Jesus onde constataram os sinais da sua ressurreição, nós, que não temos apenas sinais, mas a certeza da ressurreição de Jesus, graças ao testemunho destes discípulos, devemos ter pressa em levar ao outro, esta Boa Notícia: Jesus Cristo ressuscitou! Ele está no meio de nós!
Foi a ressurreição de Jesus que retirou as vendas dos nossos olhos, que nos fez enxergar as maravilhas que antes não víamos, por estarmos focados no nosso sofrimento, como estava Maria Madalena.
A todo instante, somos chamados a fazer a experiência do Cristo Ressuscitado, experiência esta, que nos leva a viver e comunicar a vida!
É no encontro com o Cristo Ressuscitado que nós também, ressuscitamos para uma nova vida, que encontramos força para sairmos do sofrimento e viver as alegrias de um novo dia!
A luz do Cristo Ressuscitado amplia a nossa visão, alarga o nosso horizonte, transforma nossas noites escuras em dias claros!
A alegria é a marca de quem vive a ressurreição de Jesus, é o sinal de sua adesão a Ele…
O ser humano, quando tocado pelo o amor do Cristo Ressuscitado, abraça a vida em toda sua dimensão, tornando-se fonte de luz a tirar da escuridão muitos corações sombrios!
DESEJO A TODOS UMA FELIZ PÁSCOA!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > MEDITANDO O EVANGELHO DE HOJE, 13.04 (Lc 19,28-40)
Domingo de Ramos – 13/4/2025
Naquele tempo, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.
Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo:
“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui.
Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele'”.
Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito.
Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?”
Eles responderam: “O Senhor precisa dele”.
E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar.
E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho.
Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto.
Todos gritavam: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!”
Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!”
Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MENSAGEM DOMINICAL > “EU TAMBÉM NÃO TE CONDENO…”
Por Olívia Coutinho
Estamos nos aproximando da celebração da Páscoa do Senhor Jesus, o ponto mais alto da nossa fé!
Nestes últimos dias que nos separam dessa grande festa, somos convidados a atualizar os últimos passos de Jesus aqui na terra, identificando-os nos passos de tantos irmãos e irmãs que assim como Ele, carregam pesadas cruzes, que lhes são impostas pelos os muitos fariseus de hoje…
No Evangelho proposto para a nossa reflexão neste Domingo, vemos, numa ação misericordiosa de Jesus, que o que recupera uma pessoa é o amor, não a punição. O amor restaura vidas, a punição, por sua vez, gera medo, não levando à verdadeira conversão.
Jesus nos ensina que não é pela intolerância ou pelo castigo que se liberta alguém da escravidão do pecado, mas sim através do amor. O amor é educativo, é caminho de conversão. Quem recebe amor, não retribui com o mal.
De um lado, o texto nos revela claramente o amor misericordioso de Jesus por uma mulher fragilizada, colocada diante d’Ele pelos mestres da lei e fariseus, acusada de adultério. (Naquele tempo, o adultério era punido com apedrejamento em praça pública.)
A narrativa destaca a atitude de Jesus diante do pecado e do pecador. É interessante notar que Ele não isenta aquela mulher de sua culpa, mostrando-nos, que o pecado tem consequências. Contudo, Ele não condena o pecador, ou seja, Jesus não aprova o pecado, mas acolhe com compaixão aquele que pecou.
É bom lembrarmos: Jesus jamais pactuaria com uma lei que mata em nome de Deus, pois isso, contrariaria toda a sua pregação cujo fundamento é a valorização da vida!
De outro lado, vemos a hipocrisia dos mestres da lei e dos fariseus que levam uma mulher até jesus, acusada em adultério. Por trás da intolerância com essa mulher, havia a real intenção de incriminar Jesus. Para eles, qualquer decisão que Jesus tomasse, Ele estaria perdido: se Ele condenasse a mulher, a multidão o rejeitaria, pois onde ficaria o amor e a misericórdia que Ele tanto pregava? E se a absolvesse, Ele estaria contrariando a Lei de Moisés. Portanto, de toda maneira, Jesus cairia naquela armadilha preparada por eles.
A princípio, Jesus se mostra indiferente diante dos acusadores e da acusada, mas frente ao insistente interrogatório dos acusadores, Ele responde: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.” Com essa resposta, Jesus devolve aos seus acusadores a responsabilidade da condenação. E aqui tiramos uma grande lição: diante de Jesus, o mal não tem vez, repito: o mal não tem vez.
O mal planejado pelos os mestres da lei e fariseus, usando uma mulher como isca para incriminar Jesus, acabou se revertendo em bem para aquela mulher intitulada como pecadora. Foi o amor de Jesus que a salvou, que a tirou de sua vida errante, reconduzindo-a ao caminho da vida!
Conclusão: Ao levarem uma mulher acusada por adultério à morte, os mestres da lei e fariseus acabaram entregando-a a Àquele que lhe devolveu a Vida! Rotulada como pecadora, ela encontrou vida ao fazer um encontro pessoal com Jesus, um encontro transformador, que a tirou das trevas para a luz, libertando-a da pior de todas as escravidões: a escravidão do pecado!
Se fosse seguir à risca o que Jesus dissera a aqueles acusadores, o único que poderia atirar pedra naquela mulher, seria o próprio Jesus, pois só Ele não tinha pecado.
“Ninguém te condenou?” “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante, não peques mais.” Completamente liberta, aquela mulher, cujo nome não conhecemos, certamente tornou-se uma fiel seguidora de Jesus, comprometida com a sua causa…
A lógica de Deus é o amor. O amor gera vida, o amor salva.
Deixemo-nos salvar pela misericórdia de Deus e salvemos aquele irmão que extraviou do caminho de Deus, ao invés de condená-lo…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “…PORQUE ESTE TEU IRMÃO ESTAVA MORTO E TORNOU A VIVER…”
Por Olívia Coutinho
Neste quarto Domingo da Quaresma, conhecido como o Domingo da Alegria, já podemos alargar um pouco mais, nossos passos, pois já conseguimos enxergar além da cruz! Ao longo desta caminhada quaresmal, tomamos consciência de que o sofrimento e a ressurreição de Jesus não ficaram no passado. Jesus continua padecendo na cruz na vida de tantos irmãos marginalizados e ressuscitando sempre que resgatamos um destes.
O Evangelho de hoje, nos apresenta a tão conhecida parábola do filho pródigo, na qual vemos com detalhes, a conduta de dois filhos e a atitude misericordiosa de um pai, diante da ingratidão do filho mais novo e da dureza de coração do filho mais velho.
É interessante perceber, que o Pai, personagem principal desta parábola, não interfere na decisão do filho mais novo, quando ele decide sair de casa, tomando um rumo diferente ao do irmão mais velho. A postura deste pai, que não impediu que o seu filho fizesse sua escolha, vem nos falar de Deus: Deus também é assim conosco, Ele nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas, não interfere nas nossas decisões. Na Parábola, fica evidenciado, a paciência de um pai que ama, que não desiste do filho, que espera por sua volta, dia pós dia com os olhos fixos no caminho. Deus também, não cansa de esperar pelo o filho que se perdeu.
A repreensão, do pai, dirigida ao filho mais velho que sentiu enciumado em relação ao acolhimento caloroso dado ao irmão mais novo, que volta para casa depois de gastar seus bens, vem nos falar da misericórdia de Deus. Deus é infinitamente misericordioso, Ele ama a todos igualmente, sem distinção.
Através desta parábola, Jesus nos mostra a atitude de Deus diante as nossas imperfeiçoes, o seu olhar de Pai, é um olhar de misericórdia, um olhar que vê a pessoa e não o seu pecado. Sabemos que são muitos, os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, pessoas que pagam um preço muito alto pelos os erros cometidos, como pagou o filho mais novo da parábola. E quantos de nós, que dizemos seguidores de Jesus, temos a mesma atitude do filho mais velho; ao invés de acolhermos estes irmãos que deram passos falsos na vida, contribuímos para que eles se percam ainda mais com a nossa indiferença, com o nosso preconceito, não lhe dando sequer, uma chance para que ele possa se redimir. Precisamos ter um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto para acolher aqueles que erraram, mas que querem redimir-se, o que não significa concordar com os seus erros, e sim, acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, é merecedora de uma nova chance para refazer sua vida. Enganamos, quando pensamos que somente aquele que se dispersou e que aos nossos olhos, se afastou de Deus, são os necessitados de conversão, todos nós, necessitamos de conversão, até mesmo os que se consideram justos, como o filho mais velho da parábola… Para Deus, não existe caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor.
Há pessoas, que precisam passar pelas trevas para valorizar a luz!
Aproveitemos, pois, estes últimos dias, que nos separa da grande Festa da vida que é a Páscoa do Senhor Jesus, para revisar o quanto há de luz e trevas em nossa vida, pois ainda há tempo de eliminarmos as trevas que nos impedem de enxergar o rosto desfigurado de Jesus no semblante de tantos irmãos esquecidos às margens do caminho…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “NÃO SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM, MAS DE TODA PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DEUS.”
Por Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho
Estamos no início da Quaresma, um tempo forte na vida da Igreja e de todos aqueles que se dispõem a caminhar com o Cristo rumo à casa do Pai! Neste tempo propício para uma revisão de vida, somos convidados a ouvir a voz do Senhor Jesus, que está sempre a nos falar, mas que muitas vezes, permitimos que as vozes do mundo abafem a sua mensagem.
A liturgia deste tempo tem como propósito despertar em nós o desejo de conversão, de reaver os valores que deixamos de lado por estarmos demasiadamente voltados para os “valores” do mundo.
Nas palavras de Jesus, que meditaremos ao longo desta caminhada quaresmal, haverá sempre um apelo à conversão. Sabemos que trilhar esse caminho, não é fácil; sozinhos, não damos conta, pois, mudança, é sempre um desafio, exige determinação, renúncia e, acima de tudo, o exercício constante do perdão.
A penitência, o jejum e a oração formam o tripé que sustenta a nossa vivência quaresmal.
No Evangelho de hoje, vemos que Jesus, em Sua condição humana, foi tentado a desistir de Sua missão e a trocar o projeto de Deus por bens materiais. No entanto, sua resposta foi firme e categórica: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Lc 4,4). Ele foi tentado a confiar no poder do maligno, mas, com autoridade, respondeu: “Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Lc 4,12).
O Filho de Deus venceu o inimigo porque estava fortalecido no Espírito do Pai e permaneceu firme no propósito de levar adiante a sua missão: libertar a humanidade da escravidão do pecado.
Assim como aconteceu com Jesus, acontece também conosco. A tentação do ter e do poder está sempre à nossa volta. Precisamos estar vigilantes para não sermos surpreendidos, pois a tentação é oportunista, surge de maneira inesperada, especialmente quando decidimos mudar de vida ou quando nos encontramos enfraquecidos na fé. Para nos seduzir, o mal se disfarça de bem e se apresenta de forma sutil. Por isso, precisamos estar atentos, perseverantes na fé, para não nos tornarmos presas fáceis do inimigo, deixando-nos enganar pelas aparências.
Ninguém está isento das tentações. Elas se fazem presentes em todos os lugares, inclusive dentro de nossas igrejas. Para vencê-las, é essencial mantermos uma profunda sintonia com Deus, perseverarmos na fé e utilizarmos a oração que é a arma mais poderosa que existe contra o mal.
Todos nós já experimentamos a tentação; o próprio Jesus passou por essa prova. É a nossa comunhão com Ele que nos fortalece e nos impede de cair nas ciladas do inimigo.
Ser tentado não é pecado; pecar é ceder conscientemente à tentação.
Aproveitemos este tempo de graça e misericórdia para voltarmos ao convívio do Pai. Embora o pecado rompa nossa relação com Deus, a porta de seu coração misericordioso permanece sempre aberta para nos receber de volta. Basta querermos regressar!
Que o Espírito Santo de Deus, que fortaleceu Jesus nas tentações, nos fortaleça também, e que nenhuma proposta do mundo nos convença a trocar o ser pelo o ter.
Que possamos viver a Quaresma no espírito de fé, deixando para trás as trevas do passado que nos impedia de enxergar a luz.
MEU IRMÃO: TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho