Por Olívia Coutinho
Neste quarto Domingo da Quaresma, conhecido como o Domingo da Alegria, já podemos alargar um pouco mais, nossos passos, pois já conseguimos enxergar além da cruz! Ao longo desta caminhada quaresmal, tomamos consciência de que o sofrimento e a ressurreição de Jesus não ficaram no passado. Jesus continua padecendo na cruz na vida de tantos irmãos marginalizados e ressuscitando sempre que resgatamos um destes.
O Evangelho de hoje, nos apresenta a tão conhecida parábola do filho pródigo, na qual vemos com detalhes, a conduta de dois filhos e a atitude misericordiosa de um pai, diante da ingratidão do filho mais novo e da dureza de coração do filho mais velho.
É interessante perceber, que o Pai, personagem principal desta parábola, não interfere na decisão do filho mais novo, quando ele decide sair de casa, tomando um rumo diferente ao do irmão mais velho. A postura deste pai, que não impediu que o seu filho fizesse sua escolha, vem nos falar de Deus: Deus também é assim conosco, Ele nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas, não interfere nas nossas decisões. Na Parábola, fica evidenciado, a paciência de um pai que ama, que não desiste do filho, que espera por sua volta, dia pós dia com os olhos fixos no caminho. Deus também, não cansa de esperar pelo o filho que se perdeu.
A repreensão, do pai, dirigida ao filho mais velho que sentiu enciumado em relação ao acolhimento caloroso dado ao irmão mais novo, que volta para casa depois de gastar seus bens, vem nos falar da misericórdia de Deus. Deus é infinitamente misericordioso, Ele ama a todos igualmente, sem distinção.
Através desta parábola, Jesus nos mostra a atitude de Deus diante as nossas imperfeiçoes, o seu olhar de Pai, é um olhar de misericórdia, um olhar que vê a pessoa e não o seu pecado. Sabemos que são muitos, os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, pessoas que pagam um preço muito alto pelos os erros cometidos, como pagou o filho mais novo da parábola. E quantos de nós, que dizemos seguidores de Jesus, temos a mesma atitude do filho mais velho; ao invés de acolhermos estes irmãos que deram passos falsos na vida, contribuímos para que eles se percam ainda mais com a nossa indiferença, com o nosso preconceito, não lhe dando sequer, uma chance para que ele possa se redimir. Precisamos ter um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto para acolher aqueles que erraram, mas que querem redimir-se, o que não significa concordar com os seus erros, e sim, acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, é merecedora de uma nova chance para refazer sua vida. Enganamos, quando pensamos que somente aquele que se dispersou e que aos nossos olhos, se afastou de Deus, são os necessitados de conversão, todos nós, necessitamos de conversão, até mesmo os que se consideram justos, como o filho mais velho da parábola… Para Deus, não existe caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor.
Há pessoas, que precisam passar pelas trevas para valorizar a luz!
Aproveitemos, pois, estes últimos dias, que nos separa da grande Festa da vida que é a Páscoa do Senhor Jesus, para revisar o quanto há de luz e trevas em nossa vida, pois ainda há tempo de eliminarmos as trevas que nos impedem de enxergar o rosto desfigurado de Jesus no semblante de tantos irmãos esquecidos às margens do caminho…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
Mensagem Dominical
MENSAGEM DOMINICAL > “NÃO SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM, MAS DE TODA PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DEUS.”
Por Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho
Estamos no início da Quaresma, um tempo forte na vida da Igreja e de todos aqueles que se dispõem a caminhar com o Cristo rumo à casa do Pai! Neste tempo propício para uma revisão de vida, somos convidados a ouvir a voz do Senhor Jesus, que está sempre a nos falar, mas que muitas vezes, permitimos que as vozes do mundo abafem a sua mensagem.
A liturgia deste tempo tem como propósito despertar em nós o desejo de conversão, de reaver os valores que deixamos de lado por estarmos demasiadamente voltados para os “valores” do mundo.
Nas palavras de Jesus, que meditaremos ao longo desta caminhada quaresmal, haverá sempre um apelo à conversão. Sabemos que trilhar esse caminho, não é fácil; sozinhos, não damos conta, pois, mudança, é sempre um desafio, exige determinação, renúncia e, acima de tudo, o exercício constante do perdão.
A penitência, o jejum e a oração formam o tripé que sustenta a nossa vivência quaresmal.
No Evangelho de hoje, vemos que Jesus, em Sua condição humana, foi tentado a desistir de Sua missão e a trocar o projeto de Deus por bens materiais. No entanto, sua resposta foi firme e categórica: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Lc 4,4). Ele foi tentado a confiar no poder do maligno, mas, com autoridade, respondeu: “Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Lc 4,12).
O Filho de Deus venceu o inimigo porque estava fortalecido no Espírito do Pai e permaneceu firme no propósito de levar adiante a sua missão: libertar a humanidade da escravidão do pecado.
Assim como aconteceu com Jesus, acontece também conosco. A tentação do ter e do poder está sempre à nossa volta. Precisamos estar vigilantes para não sermos surpreendidos, pois a tentação é oportunista, surge de maneira inesperada, especialmente quando decidimos mudar de vida ou quando nos encontramos enfraquecidos na fé. Para nos seduzir, o mal se disfarça de bem e se apresenta de forma sutil. Por isso, precisamos estar atentos, perseverantes na fé, para não nos tornarmos presas fáceis do inimigo, deixando-nos enganar pelas aparências.
Ninguém está isento das tentações. Elas se fazem presentes em todos os lugares, inclusive dentro de nossas igrejas. Para vencê-las, é essencial mantermos uma profunda sintonia com Deus, perseverarmos na fé e utilizarmos a oração que é a arma mais poderosa que existe contra o mal.
Todos nós já experimentamos a tentação; o próprio Jesus passou por essa prova. É a nossa comunhão com Ele que nos fortalece e nos impede de cair nas ciladas do inimigo.
Ser tentado não é pecado; pecar é ceder conscientemente à tentação.
Aproveitemos este tempo de graça e misericórdia para voltarmos ao convívio do Pai. Embora o pecado rompa nossa relação com Deus, a porta de seu coração misericordioso permanece sempre aberta para nos receber de volta. Basta querermos regressar!
Que o Espírito Santo de Deus, que fortaleceu Jesus nas tentações, nos fortaleça também, e que nenhuma proposta do mundo nos convença a trocar o ser pelo o ter.
Que possamos viver a Quaresma no espírito de fé, deixando para trás as trevas do passado que nos impedia de enxergar a luz.
MEU IRMÃO: TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 02/03/25 – Lc 6,39-45
Por Olívia Coutinho
O Evangelho deste Domingo, chama a nossa atenção, sobre a importância da coerência entre o que falamos e o que vivemos. Através de suas parábolas, Jesus nos alerta sobre os perigos da cegueira espiritual e do julgamento precipitado, nos chamando à humildade e à conversão.
O texto começa com uma pergunta forte de Jesus: “Pode um cego guiar outro cego?” Essa pergunta, nos leva a pensar em nossa própria caminhada de fé. Muitas vezes, queremos corrigir ou aconselhar os outros, mas sem antes buscarmos a verdadeira luz em Deus. Como podemos guiar alguém, se ainda não enxergamos com clareza? Precisamos, primeiro, reconhecer nossas próprias limitações e buscar a sabedoria divina para nos corrigir antes de querer orientar o outro.
Jesus reforça esse ensinamento com a metáfora do cisco e da trave. É fácil perceber um pequeno erro no outro, mas ignoramos as grandes falhas que carregamos. Meditando este texto, sentimos convidados a um exame sincero de consciência: antes de apontar o defeito do nosso irmão, precisamos nos perguntar se estamos sendo justos e coerentes em nossas próprias atitudes.
Na sequência do evangelho, Jesus faz outra comparação da árvore e de seus frutos. Uma árvore boa produz frutos bons, enquanto uma árvore má dá frutos ruins. Da mesma forma, nossas ações refletem o que carregamos dentro de nós. Se cultivamos amor, paciência, misericórdia no coração, nossos gestos e palavras demonstrarão essas virtudes. Mas se nosso interior estiver cheio de rancor, julgamento orgulho, isso também se manifestará no nosso modo de agir.
Jesus conclui:“A boca fala daquilo que o coração está cheio.” Se desejamos que nossas palavras e atitudes sejam luz para os outros, precisamos nos alimentar constantemente da Palavra de Deus e permitir que o Espírito Santo transforme nosso interior. Só assim, nossa vida será um verdadeiro reflexo do amor de Jesus no meio em que vivemos.
Que possamos buscar sempre a conversão, para que nossa fé não seja apenas palavras, mas testemunho vivo do Evangelho…
TE DESEJO UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS O ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “AMAI OS VOSSOS INIMIGOS E FAZEI O BEM AOS QUE VOS ODEIAM.”
Por : Olívia Coutinho
O ponto central do Evangelho deste domingo, é o amor, o amor sem fronteiras que não impõe condições, que é unicamente gratuidade.
O ensinamento de Jesus neste Evangelho nos desafia profundamente: “Amai os vossos inimigos”. Como tornar isso possível, se, humanamente, somos inclinados ao revide? Jesus vem romper essa barreira do nosso ego, ensinando-nos a pôr fim ao círculo vicioso da vingança. Ele nos convida a responder com amor, às ofensas que recebemos.
O amor é a presença de Deus em nós. E se Deus é amor, quem vive em Deus vive o amor e, com o coração d’Ele, abraça até mesmo o inimigo.
O amor é a nossa primeira vocação, Deus nos criou por amor e para o amor, portanto, é o amor de Deus infundido em nossos corações, que deve prevalecer em nós e não, o ódio. O amor nos move, não nos deixa isolar, nos leva a amar até mesmo àqueles que não nos querem bem.
Querer o bem do outro, independentemente do que ele tenha feito contra nós, é amar à maneira de Jesus. É amar pelo simples fato de sermos irmãos, filhos do mesmo Pai!
Em um mundo dominado pelo individualismo e pela ganância, muitas pessoas se tornam frias, sem expressão, com atitudes mecânicas. Quando o ser humano se distancia do outro, ele nega sua verdadeira origem de filho de Deus criado para viver em comunhão com Ele e com os irmãos.
Muitos, fechados em seu próprio mundo, vão perdendo o senso do amor e se tornando indiferentes aos apelos de Jesus. Como seguidores de Jesus, não podemos ser assim, devemos fazer a diferença no mundo, amando também aqueles que não nos amam. Se amarmos apenas os que nos amam, que diferença faremos?
Não são as atitudes do outro que devem determinar nossas ações, mas sim o nosso amor a Deus. É esse amor que nos fortalece para superar toda e qualquer injustiça.
Todos nós temos inimigos, inimigos são aqueles que tentam nos prejudicar, que nos fazem mal. A diferença de um seguidor de Jesus está em amar também esses irmãos que nos atiram pedras. Podemos manifestar esse amor de várias formas, e uma delas é rezando por eles. A oração, além de amolecer o coração endurecido do inimigo, nos acalma e nos ajuda a superar a ofensa com caridade.
Um coração que vê o outro com o olhar de Jesus é um coração acolhedor, um coração que responde ao ódio com amor.
O amor nos leva a superar todas as diferenças e a colocar a vida acima de tudo, como Jesus sempre fez. Jesus nunca discriminou ninguém, nem mesmo aqueles que lhe faziam mal.
O amor divino é a fonte que sustenta o amor humano, e em Jesus encontramos o modelo perfeito desse amor.
É a vivência do amor que nos identifica como seguidores de Jesus. . Quem ama verdadeiramente, ama o outro, com o mesmo amor que Ele nos ama…
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “ALEGRAI-VOS NESSE DIA E EXULTAI…”
Por: Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho
A todo instante, somos chamados a fazer a diferença no mundo, a dar um sentido novo à nossa existência tendo uma única e fundamental direção: a santidade como meta para alcançarmos a felicidade plena! Nossa existência tem um sentido maior: a santidade! Somente quem se abandona nos braços do Pai e se alinha ao seu plano, pode experimentar a verdadeira felicidade.
O Evangelho deste domingo nos apresenta as Bem-Aventuranças na versão de Lucas. Mateus nos traz oito Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12), enquanto Lucas nos apresenta quatro promessas e quatro advertências. Essas advertências são um chamado à conversão, um alerta para que não nos deixemos seduzir pelas falsas seguranças do mundo.
Para sermos bem-aventurados, ou seja: felizes, precisamos aprender a enxergar a vida com os olhos de Jesus. O mundo nos convida a buscar riquezas, poder e reconhecimento, e Jesus nos ensina que a verdadeira grandeza está na humildade, na compaixão e na fidelidade ao Evangelho. E essa fidelidade, muitas vezes nos levará a caminhar na contramão do mundo, enfrentando incompreensões e perseguições.
É importante concientizarmos: as Bem-Aventuranças não são mandamentos, mas sim promessas de consolo e força para aqueles que sofrem por terem aderido a proposta de Jesus. Deus não nos pede que busquemos o sofrimento, mas nos garante que, quando enfrentamos dificuldades por sermos fiéis a Ele, sua graça nos sustenta e nos fortalece. Portanto, nenhuma injustiça sofrida por amor a Jesus será em vão, pois Ele transformará nossa dor em bênção, nossa fraqueza em força, nossa cruz em salvação.
Se fazemos da nossa vida uma oferta de amor, Deus eleva a nossa pequenez, transformando cada dificuldade em um degrau rumo à eternidade. As perseguições e injustiças não nos derrubarão, pelo o contrário, nos elevarão aos braços do Pai.
O sofrimento faz parte da condição humana, mas aqueles que aprendem superá-lo com fé, descobrem, que mesmo nas tribulações, há motivos para se alegrar. Afinal, é o próprio Jesus quem nos garante: “Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa no Céu!…”
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > A PRIMEIRA PESCA MILAGROSA: “AVANCE PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS…”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho que nos é apresentado neste 5º Domingo do Tempo Comum, narra o encontro de Jesus com seus primeiros colaboradores. Após ser expulso de Nazaré, ao se revelar, como o enviado de Deus por meio da leitura do profeta Isaías em uma sinagoga (Lc 4,17-21), Jesus mudou seu local de pregação, passando a ensinar ao ar livre, isto é, nas praias, estradas e praças. Nesses espaços livres, suas palavras alcançavam um número maior de pessoas, como podemos constatar no início do Evangelho de hoje: “Jesus estava à margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus.”
A narrativa fala do início da relação entre Jesus e seus primeiros discípulos. Essa relação começa após uma noite de pesca frustrada. Jesus encontra Simão (Pedro) e seus companheiros lavando as redes na praia, desanimados após várias tentativas sem sucesso. A iniciativa deste encontro partiu de Jesus, que decidiu fazer da barca de Simão um local para mais uma de suas pregações. Ao terminar, Jesus diz a Simão: “Avance para águas mais profundas e lançai vossas redes para a pesca.” Mesmo desanimado, Simão, em obediência a Jesus, faz o que Ele manda e o milagre acontece: uma pesca abundante! Essa pesca milagrosa abriu os olhos de Simão e, hoje, abre também os nossos para uma verdade essencial: o poder de Deus sobre todas as coisas! Diante desse sinal, Simão, que passou a se chamar Pedro, reconhece a divindade de Jesus e, numa atitude de humildade, atira-se a seus pés, dizendo: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!” Esse reconhecimento, no entanto, não afastou Jesus dele; pelo contrário, os aproximou ainda mais, pois Jesus o convoca a ser um “pescador de homens”! Pedro, um homem de temperamento forte, que acreditava entender tudo sobre pesca, deixa-se conquistar por Jesus, abandona sua barca na praia e parte em busca de outro mar. Agora, na barca de Jesus, ele avança mar adentro, levando consigo seus companheiros…
Assim como Jesus convidou os primeiros discípulos a mergulharem nas profundezas do mar humano, hoje Ele nos convida a deixar as margens e avançar para águas mais profundas, ou seja, a nos colocar a serviço do Reino! Ficar às margens, pode até parecer mais cômodo, afinal, não correremos tantos riscos, mas também não experimentaremos a alegria de navegar na barca de Jesus, o único meio de chegarmos às profundezas do coração do Pai!
Lançar as redes em águas mais profundas significa ir ao encontro do outro, conquistá-lo para Deus, buscar o novo, inovar, ser ponte para que mais pessoas conheçam ou retomem o caminho que nos leve ao Pai!
A salvação é graça de Deus para todos. Diante dessa oferta de amor, cada um de nós precisa tomar uma decisão, que exige coragem, compromisso e fé. A fé e o ardor missionário nos desinstala, nos impulsiona a buscar novos meios de anunciar, de forma criativa, a Boa Nova do Reino!
Como discípulos missionários de Jesus, não podemos ter medo de ousar e de ir além. O decisivo não é apenas conhecer o caminho, mas ter a certeza de que Jesus vai conosco. Ele é a nossa direção, nosso guia, segui-Lo é a certeza de que chegaremos a um lugar seguro…
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS O ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 02/02/25 – Lc 2,22-40
Por Olívia Coutinho
Celebramos hoje, a Festa da Apresentação do Senhor! É um momento profundamente ligado ao mistério da Encarnação. Embora não esteja inserida no tempo do Natal, essa celebração nos remete ao nascimento de Jesus, celebrado a quarenta dias atrás.
O Evangelho nos apresenta Maria e José cumprindo a Lei de Moisés, levando Jesus ao Templo para apresentá-Lo ao Senhor, conforme a prescrição de que todo primogênito do sexo masculino deveria ser consagrado a Deus. Com esse gesto de obediência e humildade, os pais de Jesus, nos ensinam que a vida dos nossos filhos não nos pertence, pertence a Deus. Somos apenas depositários desses preciosos tesouros, chamados a educá-los na fé e na obediência ao Senhor
O rito da purificação da mãe e a apresentação do menino Jesus no templo, mostra-nos com clareza, que ao se encarnar, Deus, viveu a nossa realidade se submetendo a lei. O Deus encarnado, viveu como um de nós, passou pelo o mesmo processo que nós passamos para chegar ao mundo. O homem Jesus, não fora isento nem mesmo dos problemas familiares, basta lembrarmos, do início da sua vida pública, quando seus familiares, por não entenderem o seu messianismo, tentaram impedi-lo de cumprir a sua missão, alegando que Ele estava louco. Mc 3,20-21.
A narrativa da apresentação de Jesus no Templo, é rica em simbolismos e detalhes proféticos. A cena é carregada de simbolismo, nela, é revelada a identidade de Jesus como o Salvador.
Ao tomar o menino nos braços, Simeão, movido pelo Espírito Santo, proclama a identidade do Salvador e antecipa o caminho da cruz que Ele haveria de percorrer. Neste rito, acontece algo singular: enquanto que os pais apresentavam seus filhos a Deus, na apresentação de Jesus, é o próprio Deus quem apresenta Seu Filho à humanidade por meio das palavras do profeta Simeão e da profetisa Ana.
Os olhos de Simeão, viram longe, viram naquele menino frágil, ainda totalmente dependente do humano, a salvação do próprio humano. Durante a profecia de Simeão, Maria permaneceu em silencio, certamente, ela ainda não havia entendido tudo a respeito da trajetória de seu filho, mas acolhe aquelas profecias…
Simeão, por sua vez, após sentir a felicidade de ter o Messias em seus braços, sente que já podia partir deste mundo, afinal, seus olhos já tinham visto o que ele tanto esperava: a “libertação do povo de Israel”.
Contemplemos a figura de Simeão, tomando para nós, o seu exemplo, exemplo de um homem que via longe, que apesar da fragilidade de sua idade avançada, sonhava grande!
Sejamos como Simeão e Ana: profetas da esperança, persistentes em nossas esperas, confiantes na realização das promessas de Deus…
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS O ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA (Lc 1,1-4; 4,14-21)
Por Olívia Coutinho
Neste terceiro domingo do Tempo Comum, somos agraciados com este belíssimo evangelho, palavra de Deus, que chega até a nós, como um convite à contemplação e à ação. O texto é composto por duas partes distintas, mas que estão profundamente conectadas que iluminam o início do ministério de Jesus e a missão que o Pai lhe confiara.
Na primeira parte, o evangelista Lucas nos apresenta o prólogo de sua obra, onde manifesta sua intenção de narrar os acontecimentos com rigor histórico e espiritual, mostrando a veracidade e a profundidade do mistério de Jesus. Inspirado pelo Espírito Santo, Lucas não apenas registra fatos, mas o faz com a sensibilidade de quem experimentou o impacto transformador de Jesus. Ele escreve para “Teófilo”, cujo nome significa “amigo de Deus”, simbolizando que esta mensagem é destinada a todos nós que buscamos a Deus.
Este prólogo reafirma que os Evangelhos não são meras narrativas, mas testemunhos vivos de uma fé que foi provada e compartilhada. São relatos que nos asseguram a solidez de crer em Jesus, cuja vida e obra revelam o plano salvífico de Deus.
Na segunda parte, mergulhamos no momento em que Jesus, após seu batismo e a tentação no deserto, inicia publicamente seu ministério na sinagoga de Nazaré. O Filho de Deus toma nas mãos o rolo do profeta Isaías e proclama: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos, recuperar a vista aos cegos, libertar os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor.”
Essas palavras ecoam como o manifesto do Reino de Deus, um projeto que transforma a história e dá novo sentido à vida humana. Em contraste com os líderes religiosos de sua época, que ensinavam sem vivenciar o que pregavam, Jesus se destaca pela autoridade de quem fala com o coração, com a alma alinhada à vontade do Pai. Com este pronunciamento, Jesus inaugura a nova criação, trazendo à luz um Deus que não se limita a mandamentos ou rituais, mas que age com compaixão e misericórdia. O antigo cede espaço ao novo, e a história ganha um marco divisor: o amor infinito de Deus, agora manifesto em plenitude no Filho.
Ao longo de sua missão terrena, Jesus nos mostrou que todo ato deve nascer do diálogo com o Pai. Ele nos ensinou que a verdadeira palavra é aquela que toca e transforma, pois brota de uma fonte divina. Assim, somos convidados não apenas a ouvir suas palavras, mas a vivê-las, tornando-nos instrumentos de sua graça no mundo.
Hoje, ao nos alimentarmos da Palavra de Deus, somos chamados a dar continuidade à missão de Jesus, proclamando com nosso testemunho a Boa Nova de salvação. Que possamos, como Ele, ser luz para os que caminham na escuridão e consolo para os que sofrem, vivendo o Evangelho com alegria e fidelidade.
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “FAZEI TUDO QUE ELE VOS DISSER…”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho deste segundo Domingo do Tempo Comum, narra o primeiro sinal realizado por Jesus, ocorrido numa festa de casamento em Caná da Galileia, onde estavam presentes Jesus, sua Mãe e seus discípulos.
Este texto é repleto de simbolismo, e, por isso, é importante não nos atermos apenas ao fato histórico. O autor sagrado quer destacar o casamento entre Deus e o povo, onde Jesus é o noivo! Aproximava-se o tempo do encontro, da proximidade de Deus com o seu povo por meio de Jesus. A alegria desse encontro é simbolizada pela celebração de um casamento. Maria, com sua presença ativa, participa deste momento inaugural da missão de Jesus, abrindo o caminho para o milagre e, até hoje, ela continua intercedendo para que muitos milagres aconteçam em nossa vida por meio de Jesus.
Maria não só recorre a seu Filho por nós, como também nos aponta o caminho para alcançarmos a graça: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” Por tanto, precisamos viver, de acordo com os ensinamentos do nosso Mestre.
A narrativa também destaca a solicitude maternal de Maria, que, com olhar atento, percebe imediatamente a falta do vinho. Em vez de informar o fato ao mestre-sala, ela vai diretamente a Jesus, confiando plenamente que Dele viria a solução. Sem pedir nada explicitamente, Maria apresenta o problema: “Eles não têm mais vinho.” Essa entrega confiante a Jesus demonstra sua fé inabalável, uma fé, que nos inspira a confiar nos planos de Deus.
Mesmo antes de ouvir uma resposta de Jesus, Maria instrui os serventes: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” E o milagre acontece: Jesus transforma a água em vinho, e não, em qualquer vinho, mas o melhor vinho!
Essa passagem é rica em detalhes e nos convida a uma reflexão profunda sobre a missão de Jesus e a força intercessora de Maria, que, com sua fé, antecipa a “hora” do Filho.
Maria não é apenas uma figura histórica; ela é um exemplo vivo de solidariedade e atenção às necessidades do povo. Como Mãe, ela cuida de nós, e como intercessora, apresenta nossas súplicas a Jesus.
A relação amorosa entre Deus e o homem teve início no ventre sagrado de Maria, que abrigou Jesus, o único mediador entre o céu e a terra. Somos eternos aprendizes de Maria. Com ela, aprendemos a ser mais solidários, misericordiosos e a nos aproximarmos de Jesus no cuidado com os pobres, os abandonados os esquecidos as margens do caminho.
Quantas vezes não temos paciência de esperar pelo tempo de Deus e na busca pelo o imediato, acabamos nos contentando com um “vinho ruim” que dá uma falsa alegria. Assim, vamos perdendo a oportunidade de experimentar o vinho novo, o vinho da alegria, do amor, da esperança. É de Jesus quem vem este vinho bom, ou seja: Jesus é o vinho novo, o vinho bom, quem o experimenta, jamais encontrará sabor em outros vinhos.
Maria foi a primeira pessoa, a beber deste vinho, bebamos com e como ela, deste vinho Novo que é Jesus.
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS O ABENÇÕE
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 12/01/25 – Lc 3,15-16.21-22
Por Olívia Coutinho
Após celebrarmos a Epifania do Senhor, somos convidados a aprofundar nossa fé com a Solenidade do Batismo do Senhor. Esta celebração nos conduz a um momento de graça, no qual somos chamados a refletir sobre o significado profundo do nosso próprio Batismo e seu impacto em nossas vidas como discípulos de Jesus.
O Batismo é muito mais do que um rito: ele é um chamado à transformação, um compromisso de vida com Deus. Sem essa compreensão, seu verdadeiro sentido se perde. Neste dia, a liturgia marca a transição do Tempo do Natal para o Tempo Comum, introduzindo-nos no início do ministério público de Jesus. Ele deixa a vida oculta e manifesta-se ao mundo, revelando sua missão salvadora.
O ponto culminante desta celebração está na declaração do Pai ao Filho: “Tu és o meu Filho amado; em ti pus o meu bem-querer.” Esta frase expressa o amor incondicional de Deus e reafirma a identidade divina de Jesus, convidando-nos a reconhecer o mesmo amor de Deus em nossas vidas.
O Evangelho nos conduz às margens do rio Jordão, onde Jesus, em sua imensa humildade, se mistura à multidão dos pecadores para receber o Batismo de João. Este é um gesto surpreendente, pois Jesus, sendo sem pecado, não precisava desse Batismo de conversão. No entanto, Ele escolhe ser solidário com a humanidade, identificando-se com nossas fragilidades e assumindo publicamente nossa condição humana.
João Batista, que despertava grande expectativa no povo como possível Messias, nunca permitiu que essa dúvida o envaidecesse. Com humildade, ele sempre afirmava: “Eu não sou digno de desamarrar as sandálias dele.” Quando Jesus se aproxima para ser batizado, João hesita: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Contudo, ao ouvir os argumentos de Jesus, João aceita, e o Batismo acontece.
Este ato revela a grandeza de Jesus em sua humildade. Ao entrar nas águas do Jordão, Ele desce à nossa humanidade para nos elevar à sua divindade. No Batismo de Jesus, a Trindade se manifesta plenamente: o Pai declara Seu amor pelo Filho, o Espírito Santo desce em forma de pomba, e o Filho se prepara para iniciar sua missão redentora.
Após o Batismo, Jesus, ungido pelo Espírito Santo e fortalecido pela palavra do Pai, inicia seu ministério, trazendo uma nova perspectiva de vida: um presente transformado e um futuro de esperança. Ele abre para nós o caminho da salvação, convidando-nos a viver em comunhão com Deus e com os irmãos.
O Batismo de Jesus é um chamado à nossa própria missão. Não se trata apenas de uma tradição ou de um ato simbólico, mas de um compromisso com Deus. No Batismo, somos inseridos na vida de Cristo e chamados a sermos “pessoas para os outros,” assim como Jesus.
Você se lembra da data do seu Batismo? Este dia é tão importante quanto o de nosso nascimento, pois marca o início de nossa vida em Cristo. Se lembrar, celebre esta data com alegria e gratidão, renovando seu compromisso como filho amado de Deus Pai.
Ao buscar o Batismo de João, Jesus nos ensina que sua missão está profundamente conectada à experiência humana. Ele se solidariza com nossos desafios, mostrando que, ao nos aproximarmos d’Ele, encontramos força, amor e direção para viver nossa fé com autenticidade.
Que esta Solenidade inspire cada um de nós a redescobrir a graça do Batismo e a viver plenamente a nossa vocação…
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO.
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DOMINICAL > “ONDE ESTÁ O REI DOS JUDEUS QUE ACABA DE NASCER?”
Por Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho
Celebramos hoje, a solenidade da Epifania do Senhor!
(Epifania, significa manifestação) É a festa do encontro, quando o Deus menino se deixa encontrar por aqueles que o procurava!
Diz o profeta Isaías: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor.” (Is60,1). Mas o profeta não foi ouvido, pois aqueles que deveriam ser os primeiros a acolher esta Luz, a rejeitaram. Estes, não somente rejeitaram a Luz, como quiseram também, eliminá-la, o que não conseguiram. Ao contrário destes habitantes de Jerusalém, outros povos, representados pelos os Magos, vieram de outras Nações e se prostraram diante o Menino. Estes, eram pessoas pagãs, não tinham o conhecimento das Escrituras, como tinham os fariseus e mestres da lei, mas instintivamente, buscavam Deus à maneira deles…
O evangelho desta solenidade, narra o encontro dos Magos com o Rei do Universo! O evangelista Mateus é o único que narra este episódio. Diz a tradição, que os Magos eram Reis, o que a Bíblia não confirma. O que se sabe, é que estes homens eram sábios, pessoas ligadas a astrologia. Se eles eram Reis ou não, não importa, o importante é a lição que eles nos passam: mesmo sendo pessoas importantes, se fizeram peregrinos, deixaram a “astrologia, “para irem ao encontro do astro Maior: o Menino Deus.
Ao chegarem à Jerusalém, o centro do poder político e religioso, os Magos depararam com o grande inimigo do Rei que acabara de Nascer: o rei Herodes, que tentou enganá-los, dizendo desejoso de conhecer o novo Rei dos Judeus.
Enquanto que os Magos queriam encontrar o Rei dos Judeus para adorá-lo, Herodes, queria encontrá-lo, para matá-lo. O que ele tentou fazer posteriormente, mandando matar todas as criancinhas de dois anos para baixo, na certeza de assim, também eliminar o Menino Deus.
Herodes, neste episódio, tentou enganar os Magos, mas acabou sendo enganado por eles, que ao voltarem para suas terras, tomaram outro caminho, deixando Herodes furioso.
Vindos de terras distantes, os Magos, certamente, enfrentaram muitas dificuldades pelo o caminho, até chegarem à Jesus, certamente, foi uma longa viagem, sem informações, se orientando apenas por uma estrela. Guiados por um sinal luminoso, eles tinham tanta certeza de que encontrariam o menino, o qual eles deveriam adorar, que até levaram presentes de grandes significados para oferta-lo: ouro para o Rei, Incenso para o Divino, Mirra para o humano.
Mesmo sem conhecerem as escrituras, os Magos sabiam que Jesus era Deus.
Ao contrário dos Magos, que procuravam por Jesus sem nenhuma informação, nós hoje, temos muitas informações sobre como chegar até Ele, se não o encontramos, é porque não queremos encontra-lo.
Podemos encontrar Jesus de várias maneiras, mas é na pessoa do irmão que sofre, que Ele espera por nós, pois é nestes irmãos, que a sua presença se faz visível.
Os Magos do Oriente, fala-nos de perseverança, de unidade, de busca e de encontro, chamando a nossa atenção, sobre a importância de sermos perseverantes nas nossas buscas, respeitosos com as diferenças religiosas. Como eles, que foram acolhidos pelo o Deus Menino, nós também, somos acolhidos por Deus. Deus não exige identificação de nenhum de nós, Ele acolhe a todos que o busca em Jesus, independentemente de suas crenças, nacionalidade e religiões…
“Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe.” Naturalmente, Maria, mostrou o Menino Deus aos visitantes. Este, foi o momento exato da Epifania do Senhor, o momento em que o Filho de Deus é apresentado ao mundo, na pessoa dos Magos.
Podemos redesenhar esta belíssima cena, nos colocando no lugar dos Magos isto é: numa postura de adoração ao Rei do Universo! Não vamos entregar-lhe presente algum, mas nos entregarmos a Ele, como um presente de Deus, na vida do outro…
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho.
MENSAGEM DOMINICAL > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – Lc 2,41-52
Por Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho
Ainda imersos na alegria de celebrarmos o Natal do Senhor Jesus, somos convidados a contemplar a Sagrada Família: modelo de vida para todas as famílias!
Nesta solenidade, a Igreja chama a nossa atenção sobre a importância da família, um valor sagrado que tem sido frequentemente desvalorizado nestes tempos modernos.
A Sagrada Família de Nazaré, formada por Jesus, Maria e José, foi o ambiente em que o Menino Deus cresceu em estatura, sabedoria e graça. Foi nesse lar santo que Ele viveu plenamente a experiência humana.
No Evangelho proposto para esta liturgia, São Lucas nos apresenta o episódio da peregrinação da família de Nazaré a Jerusalém. Neste evento, Jesus, aos 12 anos, perde-se da comitiva de seus pais e, após três dias, é encontrado no Templo dialogando com os doutores da Lei. Estes, maravilhados, admiravam-se de sua sabedoria.
Este Evangelho, colocado no contexto da Festa da Sagrada Família, nos revela a importância dos valores familiares, especialmente a dedicação e a responsabilidade dos pais na formação de seus filhos. Quando encontrado, Jesus responde à sua mãe: “Não sabíeis que eu devo estar na casa de meu Pai?” (Lc 2,49). E, conforme Lucas registra, “Maria guardava todas essas coisas no coração”.
A família, enquanto instituição sagrada, é a base da sociedade, uma verdadeira sementeira de amor. Contudo, nos dias atuais, as famílias enfrentam grandes desafios devido à mentalidade materialista e hedonista predominante. Infelizmente, muitos dos males que afligem a sociedade têm origem na ausência ou no desajuste familiar causado pela falta de amor de seriedade e compromisso nos relacionamentos conjugais. Por outro lado, há também famílias que enfrentam desajustes devido à pobreza extrema, que leva muitos ao desespero.
Com dinheiro, podemos construir mansões, mas um lar verdadeiro, só se edifica com valores…
Que a Sagrada Família de Nazaré inspire nossas famílias a serem espaços de amor, fé e partilha, promovendo a paz e a harmonia tão necessárias nos dias de hoje.
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho