O Reino Unido revisará sua segurança após a incursão de um suposto “balão espião” chinês no espaço aéreo dos Estados Unidos no início deste mês, informou o secretário de Defesa, Ben Wallace. As forças de segurança dos EUA derrubaram o balão chinês e mais três objetos voadores nos últimos três dias. Pequim argumenta que o equipamento não possuía relação com espionagem, mas que era um balão meteorológico, acusando os Estados Unidos de exagerar na resposta ao destruir o alvo. “O Reino Unido e seus aliados revisarão o que essas invasões no espaço aéreo significam para nossa segurança. Esse desenvolvimento é outro sinal de como o cenário da ameaça global está mudando para pior”, disse Wallace ao jornal Telegraph na noite de domingo. O Telegraph informou que a revisão de segurança seria usada para ajudar a decidir se mudanças precisam ser feitas na vigilância do espaço aéreo britânico. O espetáculo do balão chinês flutuando sobre os Estados Unidos causou indignação política em Washington e trouxe à tona o desafio colocado pela China aos Estados Unidos e seus aliados. Com informações da Reuters e JP
Internacional
ACONTECEU NO MUNDO – TRAGÉDIA: Mortos na Turquia e na Síria passam de 35 mil com expectativa de aumento
O número de mortos do terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e Síria chega a 35.224, de acordo com os dados oficiais atualizados nesta segunda-feira, 13. O terremoto de 7,8 graus de magnitude provocou 31.643 mortes no sul da Turquia e outros 80 mil ficaram feridos, informou a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD). As autoridades sírias registram 3.581 óbitos na Síria, enquanto 35.218 pessoas ficaram feridas. A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que mais de 215 mil mulheres grávidas foram afetadas pelos terremotos nos dois países, dentre as quais muitas darão à luz no próximo mês. Apesar da esperança dos resgates, a estimativa é de um grande aumento na contagem de mortos. A ONU advertiu que o número de mortes pode “dobrar”. O geofísico Ahmet Ovgun Ercan, professor da Universidade Técnica de Istambul estimou que 155 mil corpos podem estar soterrados nos escombros na Turquia. Na Síria, tanto o governo, como a organização de socorristas Capacetes Brancos, deixaram de atualizar os balanços de mortos e feridos. Outras fontes citam números mais elevados, como o denominado Governo de Salvação, da aliança islâmica Organismo da Libertação do Levante, que controla boa parte da província noroeste síria de Idlib, último bastião opositor local. Segundo o grupo, nas regiões em que mantém domínio, há mais mortos do que os Capacetes Brancos reportam em todas as aras rebeldes. As autoridades turcas informaram que cerca de 158 mil pessoas foram evacuadas para outras províncias. Com informações JP, EFE e da AFP
ACONTECEU NO MUNDO: EUA fecham temporariamente espaço aéreo por motivos de ‘defesa nacional’
Os Estados Unidos fecharam temporariamente o espaço aéreo sobre o Lago Michigan, no norte do país, por razões de “defesa nacional”. Horas depois, a área foi reaberta. A Autoridade de Aviação Civil dos EUA (FAA) afirmou que acompanhou operações do Departamento de Defesa norte-americano. “A FAA fechou brevemente uma parte do espaço aéreo sobre o Lago Michigan para apoiar as operações do Departamento de Defesa. O espaço aéreo foi reaberto”, disse a agência reguladora em um comunicado. No sábado, 11, uma breve interdição já havia sido feita no espaço aéreo no Estado de Montana para apurar as circunstâncias de uma “anomalia no radar”. “Essas aeronaves não identificaram nenhum objeto que correlacionasse com o que mostrou o radar”, disse o Comando Norte Americano de Defesa do Espaço Aéreo (Norad). A decisão deste domingo, 12, foi tomada depois que três objetos voadores, incluído um descrito pela Casa Branca como um balão espião da China, foram abatidos nos Estados Unidos e no Canadá em uma semana. Os EUA acreditam que o primeiro objeto detectado oficialmente foi um balão controlado pelos militares chineses, parte de uma frota enviada por Pequim a mais de 40 países nos cinco continentes para fins de espionagem. Como a Jovem Pan mostrou, a destruição do objeto não tripulado aumentou a crise diplomática entre Estados Unidos e China, mas o episódio não deve resultar em uma guerra aberta entre as duas potências.
ACONTECEU NO MUNDO: Número de mortos em terremotos na Turquia e na Síria ultrapassa 25 mil
O terremoto que abalou a Turquia e a Síria no início da semana causou mais de 25 mil mortes nos dois países. De acordo com o último balanço, 21.848 pessoas morreram na Turquia e 3.553 em território sírio. O tremor de terra de magnitude 7,8 foi sucedido por mais de cem tremores secundários que atingiram o território turco e o nordeste da Síria. A catástrofe superou o tsunami que abalou o Japão em 2011, quando 18 mil pessoas perderam suas vidas. O vice-presidente turco Fuat Oktay informou que 67 pessoas foram retiradas dos escombros nas últimas 24 horas. Ainda segundo Oktay, cerca de 80 mil recebem atendimento médico, além de 1,5 milhão está desabrigado. O sul da Turquia foi a região mais atingida do país. Por lá, 31 mil equipes estão mobilizadas na procura por sobreviventes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) soma 23 milhões de pessoas “potencialmente expostas”. Deste número, a OMS acredita que 5 milhões estejam em situação de vulnerabilidade. A entidade calcula ainda que o número de óbitos deve aumentar nos próximos dias, podendo chegar a 40 mil. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 870 mil pessoas precisam de alimentos. Na Síria, segundo a entidade, 5,3 milhões ficaram desabrigadas. (JP)
ACONTECEU NO MUNDO: EUA abatem objeto que sobrevoava espaço aéreo do Alasca
Os Estados Unidos abateram nesta sexta-feira, 10, um objeto que sobrevoava o espaço aéreo do Alasca. Ainda não se tem mais informações sobre o que era, porém, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, informou que a autorização veio do presidente norte-americano, Joe Biden. “O presidente ordenou às forças militares que derrubassem o objeto”, declarou, acrescentando que o incidente aconteceu por volta das 19h30 (16h30 no horário de Brasília). Segundo informações iniciais, o objeto era do tamanho de um “pequeno veículo” e não se sabe se pertencia a uma nação, explicou Kirby em entrevista coletiva. No entanto, em princípio, o objeto seria diferente do “balão espião” da China que os Estados Unidos derrubaram no último sábado depois de sobrevoar várias partes do país, destacou o porta-voz. Apesar de ainda não saber qual a origem do objeto, nesta semana, o Biden não exitou em falar que vai proteger a soberania do seu país. “Mas não se enganem: como deixamos claro na semana passada, se a China ameaçar nossa soberania, vamos agir para proteger nosso país. E foi o que fizemos.”, disse se referindo ao ocorrido no sábado passado.
Nesta semana, o Departamento de Estado dos EUA, afirmou que imagens dos aviões-espiões U2 revelam que o balão chinês estava indubitavelmente equipado com dispositivos para coletar informações de inteligência e não meteorológicas. De acordo com um alto funcionário, os registros mostram que o equipamento do balão “era claramente para a vigilância de inteligência e era inconsistente com o equipamento encontrado nos balões meteorológicos” e que ele “tinha múltiplas antenas para incluir uma matriz provavelmente capaz de coletar e geolocalizar comunicações”, assinalou o Departamento em nota oficial. “Estava equipado com painéis solares suficientemente grandes para produzir a energia necessária para operar múltiplos sensores ativos de coleta de dados de inteligência”, detalhou o funcionário, sob condição de anonimato.
JP com informações de agências internacionais
ACONTECEU NO MUNDO: Rússia lança maior ataque com mísseis contra Ucrânia às vésperas do 1º ano da guerra
Projéteis atingiram inúmeras áreas, incluindo Kiev, Odessa, Lviv e a província de Zaporizhia, onde está a maior central nuclear da Europa; Moldávia também registrou invasão no seu espaço aéreo
Às vésperas de completar um ano do conflito e poucas horas depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter feito visita ao Reino Unido e França, além de participado de cúpula da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, o Exército de Vladimir Putin lançou nesta sexta-feira, 10, o maior ataque com mísseis contra a Ucrânia, segundo informações divulgadas pelo exército de Kiev. O ataque lançado hoje pela Rússia atingiu inúmeras áreas, incluindo Odessa, Lviv, a província de Zaporizhia -onde está a maior central nuclear da Europa – e a capital do país. O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, divulgou as informações sobre o ataque em massa em declarações às emissoras. As tropas russas, segundo o militar, “dispararam um número recorde de mísseis do tipo S-300 contra a Ucrânia à noite, incluindo até 35 nas regiões de Zaporizhia e Kharkiv. Esse, provavelmente, foi um ataque recorde”. O porta-voz da Força Aérea da Ucrânia garantiu que “mísseis inimigos” foram derrubados com o uso de projéteis semelhantes aos que os russos lançaram “em cidades densamente povoadas”. O militar garantiu que a Ucrânia tem todo o direito de adotar represálias e destruir os lançadores destes projéteis, onde quer que estejam localizados. “Nossos aviões de combate atacam esses sistemas de mísseis antiaéreos com mísseis anti-radar HARM todos os dias. Mas, por enquanto, isso não é suficiente. Precisamos de armas mais poderosas e de uma resposta adequada”, garantiu Ihnat.
O ataque russo não atingiu apenas a Ucrânia. O Ministério da Defesa Moldávia denunciou a violação do espaço aéreo do país durante um ataque com mísseis feito pela Rússia contra a Ucrânia, em incidente condenado pelo governo de Chisinau. Segundo o regime de Kiev, a mesma violação também ocorreu na Romênia, contudo os vizinhos não confirmaram a informação. A Romênia faz parte da Otan, e a entrada de um míssil russo no território do país aumentaria a tensão entre a Aliança e Moscou. Não é a primeira vez que a Rússia é acusada de violar o espaço aéreo da Moldávia, que denunciou o sobrevoo de três mísseis de cruzeiro lançados por navios russos desde o Mar Negro, em outubro do ano passado. Além disso, foram encontrados três vezes no país fragmentos de míssil supostamente russo, após bombardeios contra a Ucrânia.
(jp)
ACONTECEU NO MUNDO: EUA- Contas do Facebook e Instagram do ex-presidente Trump são reativadas
O ex-mandatário norte-americano estava com as contas no Facebook e Instagram suspensas há quase dois anos, devido às postagens que incentivaram o ataque ao Capitólio
As contas nas redes sociais do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump foram reativadas, nesta quinta-feira (9). O ex-mandatário norte-americano estava com as contas no Facebook e Instagram suspensas há quase dois anos, devido às postagens que incentivaram o ataque ao Capitólio, no dia 6 de janeiro de 2021, por seus apoiadores que não aceitaram a vitória de Joe Biden nas urnas. Conforme o Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, caso Trump cometa outra violação receberá uma nova suspensão, com prazo de um mês a até dois anos. A empresa comunicou no mês passado que restabeleceria as contas do ex-presidente. Já a conta do Twitter de Trump foi reativada em novembro do ano passado, após a rede ter sido comprada por Elon Musk. Na ocasião, o ex-presidente chegou a declarar que não tinha motivos para voltar a usar a plataforma. O perfil continua ativo, mas o republicano não publica nada desde 8 de janeiro de 2021.
TRAGÉDIA – ACONTECEU NO MUNDO: Mortos pelo terremoto na Turquia e na Síria ultrapassam 20.000
O número de mortos no terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na segunda-feira, 6, superou a marca de 20.000. O novo balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 9, pelas autoridades dos dois países. O vice-presidente da Turquia, Fuat Otkay, informou que seu país contabilizou 17.134 mortos, enquanto a Síria totalizou 3.162, chegando ao total de 20.296 vítimas fatais no país e cerca de 71 mil feridos. Entretanto, as temperaturas abaixo e zero estão dificultando as ações e a situação de possíveis sobreviventes que estejam soterrados sob os escombros. As autoridades acreditam que, passadas 72 horas do terremoto, as chances de encontrar sobreviventes diminuem e que, por isso, pode haver um salto no número de vítimas. Pelo lado dos sobreviventes, existe um descontentamento com as autoridades, com queixas sobre demora nos atendimentos e até a ausência de atuação em alguns locais. O presidente da Turquia, Recap Tayyip Erdogan, admitiu as “deficiências citadas” pelos turcos. Também nesta quinta-feira, 9, líderes dos países da União Europeia (UE) escreveram uma carta para Erdogan expressando “total solidariedade” com a situação na Turquia e na Síria. Além disso, também ofereceram ajuda adicional aos países. A União Europeia e seus Estados-membros se solidarizam com os povos da Turquia e da Síria diante desta tragédia”, diz a carta, que continua: “Estamos prontos para intensificar nosso apoio em estreita coordenação com as autoridades turcas. Nossos pensamentos permanecem com você e seu povo”. O documento foi publicado no início de uma cúpula da UE em Bruxelas e a possibilidade de uma videoconferência com Erdogan chegou a ser discutida. Apesar da menção à Síria, os líderes do bloco não enviaram uma carta a Bashar al-Assad, presidente sírio. (JP)
ACONTECEU NO MUNDO: Primeira-dama cumprimenta marido de vice-presidente com selinho e chama atenção em Congresso nos EUA; veja o vídeo
Um gesto curioso roubou a cena no Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira, 8. Durante a transmissão, a primeira-dama dos EUA, Jill Biden, e o marido da vice-presidente dos EUA Kamala Harris, Doug Emhoff, se cumprimentaram dando ao que parece ser um “selinho’ quando se encontraram no evento no qual Joe Biden, presidente do país, discursou sobre Estado da União. A primeira-dama foi bastante aplaudida quando chegou no local e se direcionou até a fileira de cadeiras onde Doug se encontrava. Eles se inclinaram e deram um seilinho. O gesto foi bastante comentado, inclusive por adversários do presidente norte-americano, como a ex-assessora de Donald Trump e ex-presidente do país Kellyanne Conway. Ela compartilhou uma foto do beijo e escreveu: “Uau, a Covid realmente acabou”. Já o New York Post optou por fazer um trocadilho com o nome do evento e o denominou de “beijo da União”. Veja o vídeo abaixo:
simplesmente Jill Biden dando um beijo na BOCA do marido da Kamala Harris (vice-presidente dos EUA)
?????? pic.twitter.com/yayA85M0dF
jp
ACONTECEU NO MUNDO. TRAGÉDIA: Mortos por terremoto na Turquia e na Síria passam de 17 mil; turcos cobram ação do governo, e Erdogan admite dificuldades
O terremoto de 7,8 graus de magnitude registrado na Turquia e na Síria provocou, até o momento, ao menos 17 mil mortes. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou em Gaziantep, uma das cidades mais afetadas, que o balanço do país subiu para 14.014 mortos e mais de 60.000 feridos. Na Síria, o número provisório registra 3.162 vítimas fatais. O governo declarou sete dias de luto e estado de emergência de três meses nas províncias mais afetadas. Milhares de socorristas trabalham em temperaturas gélidas para encontrar sobreviventes sob as ruínas de edifícios que desabaram dos dois lados da fronteira. Nesta quarta-feira, 8, apesar das dificuldades, as equipes de resgate salvaram crianças que estavam nos escombros de um imóvel na província turca de Hatay, onde municípios desapareceram por completo. No entanto, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que “o tempo está acabando para os milhares de feridos e desaparecidos entre os escombros”. Mesmo com os trabalhos constantes, milhares de turcos cobram ação do governo para intensificar os resgates. Um deles é Ali, que está na cidade de Kahramanmaras, no epicentro do terremoto. Ele tem esperança de encontrar com vida o irmão e o sobrinho, presos entre os escombros. “Onde está o Estado? Onde está?”, pergunta, desesperado. As críticas da população são endossadas por Ugur Poyraz, secretário-geral do partido de oposição Iyi. “A ajuda definitivamente não está sendo coordenada de modo profissional”, diz. “Cidadãos e equipes locais estão se unindo às operações de resgate por conta própria para salvar as pessoas nos escombros”, acrescenta. Erdogan, que visitou a província de Hatay nesta quarta-feira, admitiu que existem “deficiências” na resposta ao terremoto e disse que “é impossível estar preparado para uma catástrofe como essa”. A angústia também domina a localidade síria de Jindires, em uma área controlada pelos rebeldes, onde “há mais pessoas sob os escombros do que acima deles”, afirmou Hassan, morador da região. “Há cerca de 400, 500 pessoas presas sob cada edifício, com apenas dez tentando retirá-las. E não há máquinas”, lamentou. Após o desastre, países prometeram ajuda a Turquia. Entre eles estão China, Estados Unidos, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos. Como a Jovem Pan mostrou, o governo brasileiro também informou nesta quarta-feira que está enviando uma missão humanitária para ajudar nas buscas e resgate das vítima do terremoto. A missão humanitária será composta por 22 socorristas e médicos do Corpo de Bombeiros de São Paulo, outros 20 das Defesas Civis de Minas Gerais e Espírito Santo e quatro cães especializados na busca de sobreviventes – um dos animais participou do resgate das vítimas do desastre da cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou quase 270 mortos em 2019. A missão humanitária ordenada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prevê o transporte de cinco toneladas de equipamentos para busca de pessoas e de ajudas para as vítimas. Já a Síria conta principalmente com a ajuda da Rússia. (JP)
ACONTECEU NO MUNDO – TRAGÉDIA: Mortos após terremoto na Turquia e na Síria passam de 11.200
Passa de 11.200 o número de mortos após o terremoto no sul da Turquia e noroeste da Síria, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, 8. O número de vítimas fatais na Turquia subiu para 8.574, anunciou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que visitou a cidade de Kahramanmaras, epicentro do terremoto. Na Síria, 2.662 corpos foram retirados dos escombros. De acordo com o presidente turco, 50.000 pessoas ficaram feridas. As equipes de emergência e as autoridades sírias citaram 5.000 feridos. A quantidade de vítimas vem escalonando nas últimas horas à medida que o trabalho de resgate de pessoas soterradas e buscas por desaparecidos são feitos. Na terça-feira, 7, a Organização Mundial da Saúde chegou a estimar que a tragédia impacte 23 milhões de pessoas nos dois países, incluindo 1,4 milhão de crianças sob riscos. Famílias no sul da Turquia e na Síria passaram uma segunda noite no frio congelante nesta quarta-feira, 8, enquanto equipes de resgate sobrecarregadas corriam para retirar pessoas dos escombros dois dias depois do terremoto de magnitude 7,8. Na Turquia, dezenas de corpos, alguns cobertos com cobertores e lençóis e outros em sacos mortuários, foram enfileirados no chão do lado de fora de um hospital na província de Hatay. Muitos na zona do desastre dormiram em seus carros ou nas ruas sob cobertores, com medo de voltar aos prédios abalados pelo tremor. O terremoto foi considerado o mais mortal desde 1999 na Turquia. Erdoğan chegou a afirmar que o tremo era o pior em 84 anos, comparando com outro ocorrido em 1939.
O terremoto aumentou a pressão sobre organizações humanitárias e países ocidentais para que ajudem a população síria, especialmente na zona rebelde de Idlib, no norte do país. Países como França, Alemanha e Estados Unidos prometeram ajudar as vítimas sírias, mas sem enviar auxílio imediato. Ajudar a população síria “no contexto político de um regime que desencadeou uma guerra civil que dura dez anos” é complicado, avaliou Laurence Boone, secretária de Estado francesa para a Europa perante a Câmara baixa francesa. “A Síria continua sendo uma zona obscura do ponto de vista legal e diplomático”, avalia o diretor do programa para a Síria da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), Marc Schakal, pedindo que a ajuda seja enviada “o mais rápido possível”. Schakal teme que ONGs locais e internacionais fiquem sobrecarregadas em um país devastado por quase 12 anos de guerra civil na qual se enfrentam diversos lados – forças governamentais, rebeldes, jihadistas e curdos, entre outros – e tropas de vários países estrangeiros estão mobilizadas.
Com informações da Reuters, AFP e EFE
ACONTECEU NO MUNDO: Pai segura a mão de filha morta entre os escombros enquanto aguarda resgate na Turquia
Em meio a um cenário caótico, uma cena comovente chamou a atenção do mundo um dia após um terremoto de magnitude 7,8 causar destruição na Turquia e na Síria. A cena foi registrada na cidade turca de Kahramanmaras, situada na região da Capadócia. Ela mostra Mesut Hancer segurando a mão de sua filha, Irmak, de 15 apenas anos, morta entre os escombros. Entre eles, um colchão onde a jovem estava deitada, provavelmente dormindo, na hora do desastre. O pai permaneceu ali, sentado nos escombros, segurando a mão da filha. O sentimento um dia após o tragédia é de tristeza e revolta devido à falta de ajuda. Segundo informações da agência AFP, até esta terça, 7, a cidade não havia recebido nenhuma ajuda ou mantimentos. Ela conta com cerca de um milhão de habitantes e foi epicentro do abalo sísmico que tirou a vida de milhares de pessoas. Mesmo cenário visto em Antioquia, próximo da Síria. O sentimento por lá é o mesmo: frustração e sensação de abandono. “Onde está o Estado? Onde estão? Olhe ao seu redor. Não tem um único funcionário, pelo amor de Deus. Já se passaram dois dias, e não vimos ninguém. Não trouxeram nem um único tijolo. As crianças morreram congeladas”, desabafa Ali Sagiroglu. O número de mortes já ultrapassou a a marca de 7 mil. Nas ruas, sobreviventes permanecem ao lado dos corpos, enrolados em mantas, na esperança de que alguém apareça para buscá-lo. Para a AFP, Cuma Yildiz não esconde a decepção. “Onde eles estão? Falam, falam, brigam feito cães, mas onde estão agora?”, questiona. Um outro morador, que não se identificou, relatou que ainda era possível ouvir pessoas pedindo ajuda entre as ruínas. “”Ontem de manhã você ainda podia ouvir as vozes pedindo ajuda nos escombros, mas elas se calaram. As pessoas provavelmente morreram congeladas”, disse um homem. Uma nevasca atingiu a cidade no dia da catástrofe. O ministro do Interior, Suleyman Soylu, visitou Kahramanmaras e informou que 2 mil socorristas foram enviados para as áreas afetadas. Sobrevivente de Antioquia, Onur Kayai, de 40 anos, tentou tirar sua mãe e seu irmão dos escombros do prédio onde viviam. “Já movi três pedras sobre a cabeça do meu irmão, mas é muito difícil. A voz da minha mãe ainda é clara, mas não ouço mais a do meu irmão”, lamenta. A professora Semire Coban, foi atrás de duas equipes de resgate para pedir ajuda a três parentes enterrados. “Preferem se concentrar nos lugares onde ainda se ouvem vozes entre as ruínas”, relatou à AFP.
JP com informações da AFP