Apesar do sufoco para se classificar para as quartas de final, a seleção feminina derrotou a França neste sábado (3) e avançou para semifinal. O Brasil agora pega a Espanha na próxima fase. A seleção foi para o jogo sem Marta, suspensa, e Antônia, que se machucou no jogo contra Espanha e foi cortada dos Jogos Olímpicos. O cronômetro ainda não tinha batido um minuto quando Jheniffer levou um cartão amarelo para o Brasil por uma entrada dura na jogadora da França. Lance similar ao que deixou Marta de fora deste jogo. Apesar de não ter encantado nas Olimpíadas, a seleção brasileira começou o jogo buscando ataques pelo lado direito. Conseguiu chegar na área adversária, mas sem grande perigo. Mesmo com a tentativa, foram as francesas que incomodaram mais. Aos 11 minutos, Tarciane derrubou Cascarino dentro da área e a árbitra deu pênalti. Karchaqui foi para cobrança. O VAR entrou em ação para analisar o lance. Após mais de quatro minutos de análise, validou a marcação do campo. Na cobrança, Lorena foi melhor e defendeu a cobrança, mantendo o jogo empatado.
O pênalti não convertido deu uma balançada no jogo. Brasil ficou mais faltoso, em uma tentativa de conseguir segurar as adversárias e manterem elas longe do gol. Aos 29 minutos, eram 8 faltas cometidas pelo Brasil contra 4 da França. A seleção também tinha dificuldade nos passes, errava muito, principalmente pelo lado direito do campo. Aos 39 minutos, Bacha acertou uma bola no travessão e assustou a torcida brasileira, que perdia umas bolas bobas perto da área, e até mesmo dentro da grande área, mas conseguiam recuperar na hora certa para evitar o gol francês. Deu certo na primeira etapa. Para reta final, o Brasil começou levando pressão nos minutos iniciais, chegou a área adversária, mas a bola passou do lado do gol. Rafaelle, que foi a capitã do Brasil no jogo, precisou ser substituída por lesão. Tamires entrou no lugar dela.
Aos 13 minutos, a França construiu uma boa jogada pela direita. Karchaqui encontrou Kototo dentro da área, mas ela cabeceou por cima do gol. Diferente dos jogos anteriores, em que as francesas voltavam para o segundo tempo com o desempenho abaixo da etapa inicial, dessa vez foi diferente. Pressionava o Brasil e tentava trabalhar em cima dos erros das brasileiras para abrir o placar. Gabi Portilho teve a melhor oportunidade da seleção, mas mandou para fora. Lorena fez uma boa partida. Quando as francesas tinham chances claras, paravam nas mãos da goleira brasileira. Em uma invertida de jogo, a zaga francesa se atrapalhou e Gabi Portilho aproveitou. Correu no contra-ataque e bateu no fundo do gol, abrindo o placar.
Ela teve chance de matar o jogo, mas demorou para chutar e quando finalizou, a bola bateu na trave. Final do jogo ficou tenso, com uma leve confusão entre Gabi Portilho e Diani, da França, resultando em cartão para as duas. Para apimentar ainda mais, a árbitra deu 16 minutos de acréscimos. Mas, apesar do sofrimento e pressão francesa, a seleção conseguiu segurar as donas da casa. Em uma cobrança de falta, a França assuntou, ficou perto de marcar, mas depois do bate e rebate dentro da área, Lorena conseguiu segurar e salvar mais uma vez o Brasil, mantendo o placar e levando a seleção para as semifinais, depois de 8 anos. Última vez tinha sido nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. No próximo jogo, o Brasil vai enfrentar a Espanha. As duas seleções já se encontraram nas Olimpíadas, no último jogo da fase de grupo. As espanholas levaram a melhor. Venceram por 2 a 0. Agora, além de buscar a vaga na final, o Brasil também quer uma revanche sobre as atuais campeãs mundias que estão participando das Olimpíadas pela primeira vez. (JP)