Ameba que come cérebro mata menina de 10 anos nos EUA

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Lily Mae Avant contraiu o protozoário Naegleria fowleri ao mergulhar em rio no Texas e inalar água pelo nariz; há registro desse tipo de ameba no Brasil

Uma menina de 10 anos morreu após contrair uma ameba conhecida como “comedora de cérebro humano” enquanto nadava em um rio, no Texas, nos Estados Unidos. A morte foi confirmada na segunda-feira (16) pela escola onde ela estudava, a Valley Mills, em sua página do Facebook. “Estamos profundamente entristecidos”.

Lily Mae Avant contraiu o protozoário Naegleria fowleri, que pode ser encontrado em água doce e morna, como lagos, rios, nascentes e piscinas aquecidas sem tratamento adequado. A ameba entra no organismo quando uma pessoa mergulha em local contaminado por ela e inala água pelo nariz. Ela atinge o sistema nervoso central e provoca infecção no cérebro. Só causa infecção se inalada pelo nariz. Há registro desse tipo de ameba no Brasil.

A Naegleria fowleri causa meningoencefalite amebiana primária (MAP), doença aguda que leva à morte. Os sintomas se parecem com a meningite: febre, dor de cabeça, vômitos, intolerância à luz e ao barulho.

Lily Mae Avant, 10 anos, foi vítima de uma ameba rara que vive em águas mornas

Lily começou a sentir sintomas, como dor de cabeça e febre, dois dias após nadar no rio. Em seguida, começou a agir de forma estranha e a se tornar incoerente, segundo o jornal britânico The Independent.

No hospital, os médicos confirmaram que ela tinha contraído a Naegleria fowleri. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), do governo dos Estados Unidos, 34 infecções foram relatadas naquele país nos últimos 10 anos, de 2009 a 2018, o que demonstra que se trata de um fenômeno raro. Mais da metade dos casos registrados no mundo ocorreram no Sul dos Estados Unidos.

A ameba resiste a altas temperaturas, suportando águas de até 45ºC. Para prevenir risco de contágio, recomenda-se não nadar em locais com água morna e parada e, caso entre na água, proteja o nariz.

Alimentos de origem animal são mais propensos a ter superbactérias:

Atualmente, as superbactérias vêm chamando a atenção dos médicos e agências de saúde em todo o mundo. De acordo com o infectologista Marcos Vinicius, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, é possível contrair uma superbactéria por meio da alimentação. Ele explica que isso se deve porque cerca de 70% dos antibióticos são destinados à agricultura e à pecuária, fazendo com que as bactérias se tornem mais resistentes e selecionadas

Atualmente, as superbactérias vêm chamando a atenção dos médicos e agências de saúde em todo o mundo. De acordo com o infectologista Marcos Vinicius, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, é possível contrair uma superbactéria por meio da alimentação. Ele explica que isso se deve porque cerca de 70% dos antibióticos são destinados à agricultura e à pecuária, fazendo com que as bactérias se tornem mais resistentes e selecionadas. (R7)

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