O Ministério Público Federal (MPF) quer que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) altere o nome do primeiro acervo etnográfico tombado pelo órgão, em 1938, ainda no Estado Novo. O acervo conta com mais de 200 peças relacionadas às religiões de matriz afro-brasileira, que foram apreendidas pela polícia entre 1889 e 1945 e intituladas de “Coleção Magia Negra”. Para o MPF, o nome da coleção é discriminatório, e, na época em que foi batizado, estava relacionado ao racismo estrutural existente. A superintendência do Iphan decidirá se acolhe o pedido da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão. De acordo com a coluna Lauro Jardim, foi repassada ao órgão uma sugestão de uma nova expressão para denominar os itens: “Nosso Sagrado”, uma sugestão dos religiosos ligados à causa. O nome também batiza o grupo de trabalho criado para garantir que as relíquias fossem transferidas, em 2020, do Museu da Polícia para o Museu da República, na capital fluminense. (BN).
MPF pede para Iphan alterar nome da coleção ‘Magia Negra’ por racismo estrutural
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