Por Olívia Coutinho
O tema central do evangelho deste Domingo é a Misericórdia. A misericórdia do Pai nos pede misericórdia, nos motiva a nos esforçarmos em atendermos um pedido de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso.” Lc6,36. A narrativa nos mostra mais uma vez, Jesus sendo criticado pelos os fariseus e mestres da lei, desta vez, pelo o fato d’Ele acolher os pecadores, como se estes não fossem pecadores também. Em resposta a estas críticas, Jesus, através de três parábolas, mostra-lhes, que a sua postura diante os pecadores, que somos todos nós, é a mesma postura do Pai, o Pai acolhe todos os seus filhos, independentemente de suas condutas… A primeira parábola destaque a alegria do pastor que encontra a ovelha que estava perdida, simbolizando a alegria do Pai, com o retorno de um filho que estava perdido. A segunda parábola é bem semelhante a primeira, ela nos fala também, da alegria de uma mulher ao encontrar algo valioso que ela havia perdido e que era de vital importância para a sua sobrevivência, uma moeda de prata que garantiria o seu sustento. Tanto o pastor que perdera uma de suas ovelhas, quanto a mulher que perdera sua moeda de prata, não deram como perdidas essas suas preciosidades, pois os dois, se puseram a procura-las. Assim é Deus, Deus não desiste daquele filho que enveredou por caminhos contrários, para Deus, não existe caminho sem volta, e nem ponto final para uma história de amor iniciada na criação… A terceira parábola, um tanto mais longa, nos mostra com detalhes, a conduta de dois filhos e a atitude misericordiosa de um pai diante à ingratidão do filho mais novo e a dureza de coração do filho mais velho. É interessante observarmos: nesta história, o Pai não interfere na decisão do filho mais novo quando ele decide sair de casa. A postura deste pai, que não impediu que o seu filho fizesse a sua escolha, vem nos falar que Deus também é assim conosco, Deus não interfere na nossa liberdade, Ele nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas. A narrativa enfatiza ainda, a paciência de um pai que ama, que não desiste do filho rebelde, que espera dia pós dia, pelo o seu retorno à casa paterna. E também, a repreensão deste pai ao filho mais velho, que sentiu enciumado em relação ao caloroso acolhimento oferecido ao irmão mais novo, chamando a nossa atenção sobre a importância do perdão, do acolhimento à aqueles que cometeram erros, mas que desejam retomar o caminho da vida. Sabemos que são muitos os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, pessoas que pagam um preço muito alto pelos os erros que cometeram, assim como pagou o filho mais novo desta parábola. Num mundo preconceituoso, são muitos os excluídos do convívio social, religioso e até mesmo familiar, pessoas, que às vezes, só precisam de se sentirem amadas para mudar de vida. Há pessoas, que só valorizam a Luz, depois de passarem pelas trevas e quantos de nós, comportamos como os fariseus e mestres da lei que criticaram Jesus, por Ele acolher essas pessoas. Ao invés de nos tornarmos ponte para resgatar esses irmãos, contribuímos para que eles se percam ainda mais, com a nossa indiferença, com o nosso preconceito. Precisamos ter um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto para acolher os que erraram, mas que querem se redimir, o que não significa concordar com os seus erros e sim, acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, pode mudar de vida. Precisamos nos conscientizar: temos um pouco do filho mais novo da parábola quando somos ingratos com Deus trocando os valores do reino pelos os “valores” do mundo. E um pouco do filho mais velho quando o egoísmo nos fecha ao perdão. Esforcemo-nos para termos um pouco do pai misericordioso da parábola sendo misericordiosos com os irmãos que erraram, mas que desejam reparar os seus erros…
DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho