Por Olívia Coutinho
No evangelho desta Terça-Feira da 6º Semana da Páscoa, Jesus, sensibilizado diante a tristeza dos discípulos, por razão da proximidade de sua volta para o Pai, insiste em conscientiza-los de que a sua partida, não deveria ser vista como o fim do relacionamento deles e sim, como a solidificação deste relacionamento, da amizade entre eles “É bom para vós, que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei.” Humanamente, era mesmo, muito difícil para os discípulos aceitar aquela separação, afinal, eles haviam apostado o futuro de suas vidas juntos de Jesus, não conseguiam imaginá-los sem a presença física daquele amigo, do Mestre, que estava sempre presente no dia a dia deles. Eles só foram compreender a importância daquela separação física, depois de receberem o Espírito Santo.
Hoje, sob a luz do Espírito Santo, nós compreendemos que a volta de Jesus para o Pai, foi decisiva para a nossa salvação, para o reencontro da criação com o seu Criador!
A missão de Jesus aqui terra, não terminou com a sua volta para o Pai, ela continuou através dos discípulos de ontem e continua através dos discípulos de hoje, que somos nós.
A trajetória de Jesus foi marcado pela dedicação carinhosa a todos os que o Pai lhe confiara, todo cuidado que Ele tinha para com os seus primeiros discípulos, Ele tem para conosco, pena que muitos de nós, somos ingratos, negamos o testemunho, atendemos as exigências do mundo e não damos ouvidos aos seus apelos, que são todos para o nosso bem…
Em meio a tanta inversão de valores, dar testemunho de Jesus, chega a ser mesmo, um grande desafio, mas é justamente dentro deste contexto, que o nosso testemunho se faz necessário. Para muitos, pode até ser utopia, acreditar numa reversão deste quadro triste que aí está: injustiças, indiferença a Deus, divisões na família, ódio entre irmãos em Cristo… No entanto, para quem acredita na força do amor, ainda é possível reverter esta triste realidade que tem como raiz, a ausência de Deus no coração do homem. É a ausência de Deus no coração do homem, que o corrompe, que o distância dos verdadeiros valores.
Como seguidores de Jesus, comprometidos com o evangelho, não podemos conformar e muito menos compactuar com tantas injustiças, tantas maldades…Não podemos ficar como meros expectadores dos acontecimentos. Precisamos descruzar os nossos braços, desvendar nossos olhos e nos colocar à caminho, numa luta constante contra os inimigos do projeto de Deus, que não tem compromisso com a vida…
O nosso testemunho cristão, deve estar centrado no amor, no amor que Deus infundiu em nossos corações, pelo o qual, Ele nos oferece uma vida nova em Jesus!
A vida de união e comunhão com Deus, na pessoa do Pai, Filho, Espírito Santo, nos anima, nos fortalece, nos faz acreditar que o impossível não existe para quem se abre à ação do Espírito Santo.
Quando nos abrimos à ação do Espírito Santo, passamos a enxergar os acontecimentos de forma diferente, a extrair coisas boas até mesmo dos acontecimentos tristes.
A presença iluminadora e santificadora do Espírito Santo em nós, clareia a nossa mente, nos faz entender as palavras de Jesus, a interpretar os acontecimentos à luz da fé, possibilitando-nos enxergar o que está oculto aos olhos do mundo…
Quem faz opção por Jesus, não se entrega ao pessimismo, jamais se dá como vencido, ele sempre acredita numa possibilidade. Sabemos que não vamos consertar o mundo com a nossa força, mas com a força do Espírito Santo em nós, podemos sim, melhorar o mundo à nossa volta…
