O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência após o ataque sem precedentes do Irã com drones e mísseis contra Israel. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu “todas as sanções possíveis” ao Irã durante a reunião. Erdan afirmou que “o Conselho precisa agir” e exigiu que “todas as sanções possíveis sejam impostas ao Irã antes que seja tarde demais”. Ele também destacou que Israel não busca uma escalada da situação, mas pediu para que Exército de Guardiões da Revolução do Irã passe a ser considerada uma organização terrorista. O secretário-geral da ONU, António Guterres, clamou por “máxima moderação” e destacou que o Oriente Médio está à beira do abismo. Ele enfatizou a importância de evitar grandes confrontos militares na região. Guterres também pediu um “cessar-fogo imediato” em Gaza e a libertação de reféns tomados pelo Hamas em 7 de outubro no ano passado.
O ataque iraniano, denominado “Promessa Honesta”, foi uma resposta ao bombardeio que destruiu o consulado iraniano em Damasco. O exército israelense relatou um ataque do Irã com “um enxame de 300 drones assassinos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro” durante a noite de sábado para domingo. Israel afirma ter frustrado grande parte desse ataque. Esses eventos ocorrem em meio a décadas de hostilidade entre o país judeu e a República Islâmica do Irã, que remonta à revolução iraniana de 1979. Nesse período, Israel se tornou o inimigo declarado do Irã. No entanto, até então, Teerã se abstinha de ataques diretos, preferindo envolver-se em confrontos por meio de grupos terceiros, como o Hezbollah libanês.