2023

´Por Olívia Coutinho

Nesta primeira semana da Quaresma, quando neste domingo, a liturgia nos apresentou o texto do evangelho de Mateus (4,1-11), em que Jesus em seu retiro no deserto, Ele passa pela experiência de ser tentado pelo diabo; no entanto, Ele supera e o vence. Tudo isso nos leva a entender melhor, sobre quão frágil é a nossa própria humanidade, diante das tentações do mundo e que, com muita facilidade, podem nos seduzir e corromper. Assim, os textos desta semana, vão nos permitindo compreender que tudo passa pelas escolhas que fazemos na vida; sejam elas boas ou más, elas geram suas consequências respectivas. Nesse sentido, na dimensão da fé cristã, há o juízo universal de Deus. Foi o que pudemos refletir no evangelho desta segunda-feira (MT 25,41-46). Contudo, cremos no Deus Misericordioso, que as escrituras sagradas nos apresentam; um Deus que está sempre disposto a nos salvar, porque nos ama profundamente e quer o nosso bem. O texto do evangelho de hoje, nos coloca dentro dessa perspectiva. A sua mensagem é um convite para o acolhimento aos apelos de Deus, que não quer ver a humanidade perecer; por isso, mais uma vez chama a um novo despertar para a escuta da Palavra, na busca constante de procurar compreender, a mensagem que a Palavra carrega. Todo o bem realizado por Jesus, ou seja, todas as suas ações, seus gestos, tendo em vista a promoção da vida das pessoas desprovidas de todo tipo de amparo, não chega a ser visto como sinal de salvação. Por isso, Jesus ao recusar a manifestação de um sinal extraordinário, Ele rejeita a ideia da constatação. Então cita Jonas, que ao ser enviado por Deus, percorreu toda a Nínive, anunciando o que Deus lhe confiara dizer ao povo. Todos acreditaram na sua pregação, se afastaram do mau caminho e se converteram. Contudo, como vimos descrito no evangelho, Jesus é o próprio sinal, que é maior do que Jonas . Muitas vezes cultivamos uma fé que fixada no extraordinário da vida, para que só assim possamos crer de fato. Com isto, deixamos de perceber os muitos sinais que Deus realiza nas cenas do cotidiano. Que neste tempo favorável, possamos seguir o que nos orienta a Palavra de Deus, como um sinal para a nossa conversão. “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam.” (1Cor.2,9).

Reflexão de Marilene Coutinho

Por Olívia Coutinho

O pecado interrompe a nossa relação com Deus, mas Jesus, na sua infinita bondade, nos ensina um caminho para que possamos voltarmos ao Pai, caminho este, que começa com uma oração: a oração do PAI NOSSO! Se meditarmos bem, cada palavra desta oração, que é a mais bela síntese de como se deve falar com Deus, podemos perceber, que mais do que uma simples oração, o Pai Nosso é um roteiro seguro, do qual podemos extrair várias lições, lições que poderão nos levar à conversão, ao compromisso de reconciliamos com o nosso irmão: condição, esta, para que possamos nos reconciliar com Deus… A oração do Pai Nosso, é a oração mais completa que existe, nela, falamos com Deus e Deus fala conosco! Esta oração, nos leva ao louvor, a fazer a vontade do Pai, a recorrer a Ele em nossas necessidades e a pedir-lhe perdão, com o compromisso de também perdoar aos irmãos que nos ofenderam. E o mais importante: o Pai nosso, é uma oração ensinada por Jesus! A nossa relação com Deus, deve ser de dependência, como a relação de uma criança com os seus pais! Se colocarmos em prática cada palavra do Pai Nosso, estaremos trilhando o caminho da santidade… A oração, é o nosso contato íntimo com Deus, momento em que falamos com Ele e Ele fala conosco! Nossa oração, deve ser sincera, ela deve brotar do nosso coração, ter um vínculo profundo com o nosso desejo de conversão. O nosso falar com o Pai, deve exprimir o nosso compromisso de vida com Ele e com os irmãos. No nosso diálogo com Ele, devemos ser objetivos, nossos pedidos devem ser feitos com humildade e nunca com exigências. Para sermos ouvidos por Deus, não precisamos fazer orações longas, discursivas e nem achar que por força das nossas muitas palavras, a nossa vontade seja feita, pois é Deus quem sabe do que precisamos, Ele nos conhece por dentro, sabe de quais são as nossas necessidades. É importante ressaltarmos: nem todas as orações chegam a Deus, quando rezamos egoisticamente, sem o propósito de mudança, nossa oração não chega a Deus… Jesus nos ensina a rezar, mas Ele nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas, Ele não nos obriga a nada, simplesmente nos propõe uma vida feliz em sintonia com o Pai, através deste contato íntimo e amoroso com Ele, que é a oração. Toda atitude de amor, podemos dizer, que é uma oração, pois falamos com Deus, quando vivemos o amor! Ninguém precisa enfrentar suas dificuldades sozinho, tendo um Pai que o ama, que está sempre pronto para socorre-lo! Mas é bom conscientizarmos: Deus não virá nos socorrer visivelmente, Ele virá escondido no coração de seus representantes, no apoio de um amigo, ou até mesmo num conselho de um desconhecido. Como Deus chega até nós, não sabemos, mas que Ele chega, isto é sabido. Tenhamos a certeza: Deus nunca nos abandona… Rezemos juntos: Pai Nosso que estás no céu…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho.