Forte temporal ocasionou 241 deslizamentos de terra e morros vieram abaixo; cidade está devastada e cenário parece de guerra; número de desaparecidos é incerto
Imagens mostram ruas alagadas, com carros cobertos pelas águas, lojas e supermercados danificados, casas destruídas e pontos de inundações.
A Prefeitura de Petrópolis declarou estado de calamidade pública nesta terça. Em um hora, a cidade registrou 113 milímetros de precipitação, nível que chegou a 259 milímetros em seis horas, mais do que os 238mm esperados para o mês de fevereiro. O governador Cláudio Castro (PL) viajou para o município, onde atua em conjunto com o prefeito Rubens Bomtempo (PSB) para coordenar as ações. Em vídeo publicado no Twitter, ele afirmou que maquinários de autarquias do Estado, como as secretarias de Infraestrutura e Obras, das Cidades, do Ambiente e de Agricultura, além de equipamentos usados pela Cedae, serão direcionados para a região serrana. “Todo governo está mobilizado para atender as vítimas e ajudar o município”, afirmou o governador. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter disponibilizado “todos os recursos humanos e materiais da prefeitura do Rio” para Petrópolis. O Corpo de Bombeiros de São paulo e a Defesa Civil do Estado paulista também foram colocados à disposição pelo governador João Doria para atuação na região fluminense.
O governador do Rio, Cláudio Castro, disse que a cidade vive uma “situação quase que de guerra” e afirmou que o governo está agindo para acolher as vítimas. ” É uma situação quase que de guerra. Toda a nossa equipe está mobilizada: Corpo de Bombeiros, secretarias e demais órgãos do estado. Atuamos no resgate e salvamento de vítimas, desobstruindo estradas, atendendo pessoas que perderam seus bens, com medicamentos e remoções, entre outras ações”, afirmou. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras está trabalhando com 20 caminhões, 20 retroescavadeiras, 10 escavadeiras hidráulicas, 5 caminhões vacoll e 10 carros pipas. Outros dois caminhões com medicamentos e insumos da Secretaria de Saúde chegaram ao local. Com os números atuais, essa já é a maior tragédia envolvendo chuvas desse verão, superando os episódios registrados na Bahia, onde morreram 27 pessoas, em Minas Gerais, que registrou 24 óbitos, e em São Paulo, onde houve 21 vítimas fatais.