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TRABALHO: Brasil registra a criação de 2,7 milhões de vagas com carteira assinada em 2021

por Ornan Serapião
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Resultado reflete 20 milhões de contratações contra 18 milhões de demissões; em 2020, país registrou saldo negativo de 191 mil postos de trabalho

Revisões de dados mudaram resultado de 2020 para um saldo negativo de 191 mil vagas de trabalho

O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 2.730.597 vagas formais ante demissões em 2021, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nesta segunda-feira, 31. O saldo é a diferença de 20.699.802 contratações e 17.969.205 demissões. Em 2020, o ano encerrou com saldo negativo de 191.502 vagas após uma série de revisões nos números. O Caged mudou de metodologia a partir de 2020 e analistas não indicam comparar os dados com os resultados anteriores. O país encerrou dezembro com saldo negativo de 265.811 vagas, após 1.437.910 admissões e de 1.703.721 desligamentos. Tradicionalmente, o mês registra mais demissões do que contratações. Apesar do saldo positivo na criação de novos postos de trabalho, dados do Caged mostram que houve redução no salário médio de contratação. Em dezembro de 2021, o salário foi de R$ 1.793,34. O registro é 6% abaixo da média de R$ 1.909,19 em dezembro de 2020.

Todos os cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo em 2021. O setor de serviços foi o grande destaque, com a geração de 1.226.026 novos postos de trabalho formais. O comércio vem em segundo lugar, com 634.754 empregos. A indústria registrou 475.141 vagas, enquanto a construção gerou 244.755 vagas. A agricultura fechou com 140.927 postos a mais. Todas as regiões também tiveram saldo positivo no ano passado. O Sudeste liderou com a criação de 1.349.692 postos, seguido pelo Sul, com 480.771 vagas de trabalho. O Nordeste criou 474.578 vagas, enquanto o Centro-Oeste encerrou o ano com 263.304 postos, e o Norte com 154.667.

Na sexta-feira, 28, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad – Contínua) mostraram que a taxa de desemprego no Brasil recuou no trimestre móvel de setembro a novembro de 2021. Segundo o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice chegou a 11,6% no período, queda de 1,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, quando a taxa foi de 13,1%. Em relação ao mesmo intervalo de 2020, o recuo foi de 2,8. A população desocupada representa 12,4 milhões de pessoas, o que significa uma diminuição 10,6% frente ao período anterior e de 14,5% ante o mesmo trimestre móvel de 2020.

jp

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