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TENSÃO MUNDIAL: RÚSSIA ATACA A UCRÂNIA PELO 2° DIA

por Ornan Serapião
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Últimos acontecimentos: tropas russas chegam ao distrito de Obolon, a cerca de 10km de Kiev; Ministério da Defesa da Ucrânia pede que moradores ‘façam coquetéis molotov’

Militares da Ucrânia estão combatendo o avanço das forças russas no território ucraniano

No final da noite de quarta-feira, 23, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra. O governo russo justifica ação militar para proteger separatistas no leste da Ucrânia. “Tomei a decisão por uma operação militar”, declarou Putin em uma mensagem inesperada, transmitida pela televisão, pouco antes da meia-noite no horário de Brasília. As tensões geopolíticas começaram após a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentar as atividades no território ucraniano. Depois de diversos movimentos de países ocidentais para dissuadir Putin de uma possível invasão ao país, o mandatário russo decidiu reconhecer a independência das repúblicas de Donetsk e Luhansk, internacionalmente reconhecidas como pertencentes à Ucrânia, na última segunda-feira, 21, aumentando a tensão na região. A crise geopolítica teve seu estopim na noite de quarta-feira, 23, com o presidente russo dando sinal verde para a operação militar na Ucrânia. Segundo as autoridades ucranianas, as Forças Armadas da Rússia realizaram ataques e bombardeios em diversas regiões do país, incluindo em grandes cidades do país, como Odessa, no sul da Ucrânia, e a capital Kiev. A agência de notícias russa RIA informou que mais de 150 militares e funcionários “de várias estruturas de poder” da Ucrânia se entregaram suas armas e se renderam, após os consecutivos ataques dos soldados da Rússia nesta sexta-feira, 25. “Em um futuro próximo, eles serão devolvidos às suas famílias”, afirmou representante oficial do Ministério da Defesa, major-general Igor Konashenkov. Volodymyr Zelensky propôs uma negociação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em discurso, o líder da Ucrânia afirmou que a invasão é como um ataque da Segunda Guerra repetido e disse que as Forças Armadas ucranianas são “tudo que o país tem”. Zelensky disse não ter medo de discutir o status neutro da Ucrânia com relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e possíveis garantias de segurança do a Rússia. “Quero apelar ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Vamos sentar à mesa de negociações para impedir a morte de pessoas“, disse Zelensky, segundo agência russa RIA.

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