As chuvas que atingem o Rio de Janeiro desde sexta-feira, 1º, deixaram um rastro de mortos, desabrigados e desaparecidos, sobretudo na Baixada Fluminense e no litoral sul do Estado. O volume intenso de água invadiu casas e levou móveis e eletrodomésticos. De acordo com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, pelo menos nove pessoas morreram (sete em Paraty, uma em Angra dos Reis e uma em Mesquita). As três cidades, aliás, estão entre as mais afetadas. Angra, por exemplo, teve “a pior chuva da história”, segundo a prefeitura. Fernando Jordão, o prefeito, teve de visitar a região de Monsuaba de barco porque os deslizamentos interditaram a rodovia Rio-Santos. Treze pessoas estão desaparecidas na cidade. Cinco pessoas que estavam soterradas foram resgatadas e levadas a um hospital. Uma criança de quatro anos morreu. Em Paraty, sete pessoas de uma mesma família morreram após um deslizamento de terra atingir casas na Praia de Ponta Negra. Em Mesquita, um homem de 38 anos foi a óbito após ter sido eletrocutado enquanto tentava auxiliar uma pessoa que enfrentava a enchente. Ele foi identificado como Daniel Ribeiro. Na Baixada Fluminense, a cidade de Nova Iguaçu, uma das mais populosas do Estado, registrou cerca de 141mm de chuva no bairro Moquetá, o que equivale a 148% da média de chuva do mês de abril. Diversos bairros estão alagados. “Moradores de área de risco devem se deslocar imediatamente para pontos de apoios ou outros locais seguros. Há risco muito alto para inundações, enxurradas e deslizamentos na cidade”, alertou a prefeitura. Em todo o Estado, há mais de 70 pontos de alagamentos. A nova catástrofe no território fluminense ocorre pouco mais de um mês após a tragédia de Petrópolis.
*jp com informações do repórter Rodrigo Viga