A Mediterranean Infection Foundation – instituto baseado em Marselha, na França – divulgou nesta quinta-feira, 9, o resumo de um novo estudo realizado pela instituição sobre a eficácia do uso da hidroxicloroquina (HCQ) no combate ao novo coronavírus.A equipe do médico Ph.D, Didier Raoult, foi a pioneira no uso da droga no tratamento da Covid-19. Porém, os bons resultados iniciais obtidos pelo grupo foram muito criticados em função da baixa amostragem do estudo preliminar, do qual participaram somente 20 pacientes. A amostragem do novo estudo, entretanto, totalizou 1061 pacientes, o que deve dar ainda mais força para aprovação do medicamento no tratamento da doença, dado que a alta amostragem diminui as chances dos resultados serem “falsos positivos”. O tratamentos consistiu na administração de uma combinação de Hidroxicloroquina-Azitromicina (HCQ-AZ) durante pelo menos 3 dias com os pacientes sendo acompanhados durante pelo menos 9 dias. No resumo, a equipe afirma que não foram observados efeitos colaterais de natureza cardíaca – uma das preocupações dos críticos da droga que, por conter corticoides, poderia causar esse tipo de complicação. Além disso, bons resultados clínicos e cura virológica foram obtidos em 973 pacientes em um período de no máximo 10 dias (91,7%); Resultados fracos foram observados em 46 pacientes (4,3%); 10 foram transferidos para unidades de terapia intensiva e apenas 5 pacientes faleceram (0,47%), todos com idades entre 74 e 95 anos. Apenas 31 necessitaram de 10 dias de internação ou mais.
Anúncio do estudo no site do instituto
A conclusão dos autores é de que:“A combinação HCQ-AZ, iniciada imediatamente após o diagnóstico, é um tratamento seguro e eficiente para o COVID-19, com uma taxa de mortalidade de 0,5%, em pacientes idosos. Evita a piora e limpa a persistência e contagiosidade do vírus na maioria dos casos.”A equipe ainda não informou quando o estudo completo será divulgado.O resumo completo em inglês pode ser lido aqui
. Além disso, os pesquisadores disponibilizaram esta tabela com as características basais de acordo com o resultado clínico e virológico dos 1061 pacientes.
JCO