O aumento de casos gripais, que na maioria das vezes não resulta em grandes riscos mas causa sintomas desgastantes ao organismo, costuma aparecer após grandes festejos populares. A informação foi passada pelo médico pneumologista Francisco Hora, em entrevista na terça-feira (23), à rádio Metrópole, em Salvador.
“Tem duas datas que são marcantes, o sinônimo de pós-festa é gripe, e isso acontece no Carnaval e no São João. Isso costuma passar de um para o outro. A sorte é que a gripe costuma durar cinco dias, algumas chegam a durar uma semana, não muda”, explicou o profissional.
Segundo dados da Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), desde o início do ano até o último dia 8 de julho, 300 óbitos e quase 7 mil casos de Síndrome Respiratória Aguada Grave foram registrados no estado. Pacientes com até quatro anos de idade representam mais da metade dos casos registrados (59,7%). Por isso, o médico também ressaltou a importância da vacinação para evitar a propagação do vírus e garantir uma resposta imunológica mais rápida e eficaz do organismo.
“Essa vacina chamada de ‘da Gripe’ é anual porque os vírus se atualizam do ponto de vista imunológico, a sua performance. Então, a vacina do ano passado não serve, a desse ano não servirá para o ano que vem. E as pessoas negligenciam, do nada as pessoas decidiram falar mal da vacina e isso é um retrocesso. A vacina realmente funciona e a gente pode tomar”, afirmou.