As comemorações do Dia de São José, padroeiro da cidade Itabuna, não obteve o brilho que merece, isto é, em relação à Missa Solene que, todos os anos, atrai dezenas de fiéis e políticos da cidade. Este ano, ( podem até colocar a culpa no calor) não aconteceu o hasteamento de bandeiras e foi notado a ausência de uma banda militar ou fanfarra de um colégio local.
Ora, em se tratando de uma Missa Solene ( o nome ja diz tudo) o que se viu foi a falta de conhecimento da LITURGIA DOS CARGOS por parte da maioria do staff do prefeito Augusto Castro, que estava devidamente trajado para a solenidade, juntamente com a sua mulher Andrea Castro, além de dois secretários e do vereador Israel Cardoso ( trajando um blazer, camisa branca de manga comprida e uma calça azul) representando oficialmente o Poder Legislativo de Itabuna, enquanto vários secretários estavam trajados para acampamento de escoteiros ou para uma farra num boteco qualquer de Itabuna. Não distinguiram que ali, na Catedral da cidade, estava sendo oficializada uma MISSA SOLENE em homenagem a São José, pai do Divino Mestre Jesus Cristo. De camisa polo a tênis e calça jeans foi verdadeiro festival de mau gosto no vestir. Não é admissível, mesmo com o calor que estava fazendo, que um secretário de governo ou chefe de divisão não possua um blazer para ser usado em acontecimentos especiais e solenidades que exigem trajes adequados. Todo PODER tem a sua liturgia e o seu cerimonial, responsável por orientar às personalidades sobre o traje mais adequado para uma solenidade para a manhã, tarde e à noite. É tão conhecida (muita das vezes desrespeitada) LITURGIA DO PODER, que engloba desde a presidência da República, governos de estado e municípios. E o cerimonial tem grande responsabilidade neste aspecto, pois ele representa a vitrine do PODER. E mesmo que não tivesse cerimonial na prefeitura, tratando-se de uma Missa Solene acusa o bom senso que se deve comparecer mínimamente trajado como a solenidade requer ( blazer para os homens).
Itabuna é uma cidade sui generis. O que não acontece no mundo, acontece aqui.
*PAULO LIMA, é jornalista, milittante político com serviços prestado a Itabuna e região, tendo ocupado vários cargos públicos. Conhecedor profundo da política municipal, regional e nacional