Rio Grande do Sul pode virar Roraima se Kirchner voltar, diz Bolsonaro

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‘Não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá’, disse sobre resultado da prévia no país, que indicou favoritismo da ex-presidente na eleição

O presidente da República Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Por Giovanna Romano/veja

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que, caso a vitória da chapa de Cristina Kirchner se concretize na Argentina, o Rio Grande do Sul pode se tornar “um novo estado como Roraima”. Segundo Bolsonaro, a volta da ex-presidente ao poder colocará “a Argentina no caminho da Venezuela” e ele não quer “irmãos argentinos fugindo para cá”.“Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. E não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro”, disse Bolsonaro nesta segunda-feira, 12, em evento na cidade de Pelotas (RS).O estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, recebeu uma leva de refugiados que fogem da ditadura de Nicolás Maduro e da miséria que atinge 90% da população do país. Reportagem de capa de VEJA acompanhou a jornada de dezenas de pessoas que fugiram da crise que assola o país vizinho e cruzaram a fronteira em busca de uma vida melhor. “Não se esqueçam que aqui mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem. O que aconteceu nas eleições de ontem…. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma Rousseff, que é a mesma de [Nicolás] Maduro e [Hugo] Chávez, e Fidel Castro, deram sinal de vida aqui”, ressaltou Bolsonaro, comentando sobre a derrota de Maurício Macri nas eleições primárias.No último domino, 11, a chapa da Frente de Todos, formada por Alberto Fernández e por Kirchner, impôs uma dura derrota ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, nas eleições primárias, que definem os candidatos do partidos e servem como um teste para o primeiro turno do pleito, marcado para ocorrer no dia 27 de outubro. Ficarão de fora da disputa pela Casa Rosada os candidatos que não conseguirem hoje 1,5% dos votos.Com 80,35% das urnas apuradas, Alberto Fernández, da Frente de Todos, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como candidata a vice, obteve 47,1% do votos, uma vantagem de quase 15 pontos percentuais para Macri, da coalizão Juntos pela Mudança, que tem 32,48%. Na terceira posição vem o ex-ministro Roberto Lavagna, do Consenso Federal, com 8,41%.

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