Presidente da CPI diz que seguia caso Bruno Henrique há uma semana e avisa: ‘Há jogadores da Seleção Brasileira também envolvidos e delações premiadas’
Agência Senado
Presidente da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, Jorge Kajuru (PSB-GO) afirmou nesta terça-feira, em seu programa na rádio “BandNews Goiânia”, que já acompanhava o caso Bruno Henrique desde a semana passada. O parlamentar deu mais detalhes da operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro que investiga o envolvimento do atacante do Flamengo em suposta manipulação no Campeonato Brasileiro de 2023.
– Eu já tinha conhecimento, esperava apenas os últimos detalhes da Polícia Federal, ela pediu que eu aguardasse até amanhã [quarta], ou hoje mesmo. Explodiu hoje em todo o Brasil a notícia envolvendo um jogador querido pela maior nação do Brasil, a rubro-negra, o Bruno Henrique. Infelizmente, o caso é batom na cueca, não tem como explicar. Estou acompanhando desde a semana passada como presidente que sou da CPI, o doutor Andrei [Passos], que é meu amigo pessoal e diretor nacional da PF, nunca me deixa distante de nada, sem nenhuma informação, pede apenas às vezes o segredo de justiça que tenho obrigação de cumpri-lo – disse Kajuru.
– 98% das apostas nesse jogo indicavam cartão amarelo para Bruno Henrique, e milhões foram faturados nessa aposta do cartão amarelo do Bruno Henrique. Você que é apaixonado pelo mengão, por maior que seja seu fanatismo… Eu não tenho como defender o Bruno Henrique. Foram três casas de apostas, uma delas é a maior do Brasil, a Betano. As casas de apostas não tem culpa, avisaram à CBF, e a Secretaria de Apostas do Ministério da Fazenda alertou à Polícia Federal, que iniciou a investigação no Ninho do Urubu, com detalhes – contou.
Kajuru afirmou que recebeu mais de 100 ligações da imprensa nas últimas horas desde que o caso veio à tona e afirmou que mais jogadores conhecidos, inclusive da Seleção Brasileira, estão “literalmente envolvidos” em manipulações envolvendo apostas.
– É um caso batom na cueca, que envolve mais um jogador brasileiro importante, além de outros da Seleção Brasileira que vocês vão tomar conhecimento nos próximos dias, que também estão literalmente envolvidos. Já há delações premiadas, não posso falar porque existe o segredo de Justiça – afirmou o senador.
Bruno Henrique é suspeito de ter tomado cartões no confronto entre Flamengo e Santos, no dia 1º de novembro de 2023, para beneficiar apostadores. Mais de 50 policiais federais cumprem na manhã desta terça-feira 12 mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro – inclusive no Ninho do Urubu, CT do Flamengo -, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
Além de Bruno henrique, que teve computador e celular apreendidos em sua residência, a Polícia Federal investiga parentes do atacante do Flamengo, entre eles o irmão, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada, Ludymilla Araujo Lima; e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso.