“A situação da dengue em Itabuna é preocupante em função do aumento de notificações a cada semana. Se continuar nesse ritmo, poderemos ter uma nova epidemia como a que ocorreu em 2016”. O alerta é da diretora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Maristella Antunes, ao informar que de janeiro até o dia 26 de abril, já foram confirmados quase 500 casos no município.
Segundo ela, o diagrama de controle da Vigilância em Saúde mostra que os casos de dengue, chikungunya e zika vírus vem aumentando a cada semana e ainda que o número de notificações pode ser ainda maior por conta das subnotificações, ou seja, de pessoas que contraem as arboviroses e se tratam em casa.
Maristella informa qu para intensificar ainda mais as ações de combate ao vetor, os agentes de combate às endemias trabalham nos três noturnos. À noite, por exemplo, quando o movimento de carros e transeuntes diminui nas ruas, eles realizam pulverização de inseticida nas áreas mais afetadas, como nos bairros Mangabinha, Santo Antônio, Bananeira, Conceição e no centro da cidade.
Os agentes de combate às endemias, protegidos com Equipamento de Proteção Individual (EPIs), usam bombas costais motorizadas para a aplicação do produto. “Embora o combate ao mosquito seja feito em todos os pontos da cidade, alguns lugares exigem mais esforço das equipes”, reforça a diretora. Ela destaca que outra ação diária é o recolhimento de pneus descartados irregularmente e aqueles acumulados em borracharias, oficinas e terrenos baldios. Com as chuvas, se tornam um ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti.
A diretora Maristella Antunes anunciou a criação de uma sala de situação intersetorial para o envolvimento das secretarias e demais departamentos municipais na luta contra o transmissor das arboviroses. Mas diz que apenas o esforço da Secretaria Municipal de Saúde é insuficiente se não houver a participação da comunidade. “Não podemos esquecer que o mosquito se reproduz com facilidade dentro das casas. Por isso, é preciso cuidados mínimos como cobrir qualquer vasilhame com água”.
A diretora lembra que a fêmea do mosquito deposita seus ovos nas bordas desses recipientes sejam pequenos ou grandes. Em dois ou três dias, após o contato com a água os ovos viram larvas e se transformam em mosquitos adultos num prazo que varia de três a cinco dias. “É importante que as famílias de Itabuna se unam ao esforço dos agentes de combate endemias para garantir que o município vença esse desafio e fiquemos livre de uma possível pandemia”, apela.
ASCOM/PMI