Profissionais de Saúde, agentes comunitários e estudantes de medicina, continuam com as ações nas salas de espera nas Unidades Básicas e de Saúde da Família, num trabalho da Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Até o dia 1º, as equipes vão esclarecer a população sobre a importância de identificar os sinais e sintomas da Hanseníase, uma doença causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen.
Entre os sinais da doença, estão manchas vermelhas, esbranquiçadas ou amarronzadas Além de nódulos, caroços e placas que podem aparecer em qualquer parte do corpo, inclusive na orelha, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (frio e calor), tátil (ao tato) e à dor.
O trabalho desenvolvido pelas equipes integra as atividades do Janeiro Roxo, mês de combate à Hanseníase, mas que por causa da enchente e do surto da gripe precisaram ser adiadas. Qualquer médico clínico pode identificar os sintomas.
A enfermeira sanitarista Moema Farias de Oliveira, explicou que a doença tem cura e pode ser diagnosticada nas próprias unidades de saúde através do teste de sensibilidade. Ela integra a Divisão de Vigilância Epidemiológica do Departamento de Vigilância em Saúde, responsável pelo Programa de Hanseníase.
“ O tratamento é realizado com antibióticos durante seis meses. O paciente deve ir uma vez por mês à unidade de saúde e depois segue o tratamento em casa”, disse Moema. Atualmente, a cidade tem 31 pessoas em tratamento contra a doença nas UBS e USF. “Mas acreditamos que o número seja maior”, pondera Moema.
Nos próximos dias 4, 6 e 8 de abril, as pessoas com suspeita da Hanseníase terão atendimento médico no Centro de Saúde José Maria de Magalhães Neto (antigo F-Sesp, que é unidade de referência. “ Elas vão passar por uma triagem, das 8 às 12 horas”, informou a enfermeira sanitarista.
Moema ressalta que, em estágio avançado, a Hanseníase pode ser transmitida de pessoa para pessoa. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. “Segundo o Ministério da Saúde, Itabuna tem características de endemicidade para a doença. Isso porque as pessoas com manchas procuram pouco a ajuda médica e o diagnóstico é tardio”, alerta a responsável pelo Programa de Hanseníase.
ASCOM/PMI