Senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) – Foto: Itawi Albuquerque.
Filho de Renan Calheiros, segundo Rodrigo Cunha, tem explicações a dar sobre gastos na pandemia
O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) criticou nesta sexta-feira (16) a indicação do senador Renan Calheiros (MDB) para a relatoria da CPI da Covid no Senado. Acordo entre parlamentares que vão compor a CPI também definiu que o colegiado será presidido por Omar Aziz (PSD-AM) e o vice-presidente será Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento. De acordo com Rodrigo Cunha, “o senador Renan Calheiros deveria alegar sua suspeição e não deveria ter brigado com unhas e dentes para ser o relator da CPI da Covid no Senado. Queremos uma investigação ampla e transparente”. Ele lembra que Calheiros é pai do governador Renan Filho. “Não estou acusando, nem pré-julgando. Mas esta relatoria e esta CPI da Covid precisam do máximo de independência e de neutralidade para que seu objetivo seja cumprido, que é responsabilizar quem for responsável pela imensa crise sanitária que vivemos, com desdobramentos terríveis na economia, e garantir atendimento aos doentes e vacinação em massa para a população.” “Se houver algo que possa implicar o governador na CPI, como ficaria esta atuação de seu pai?”, questionou o senador tucano. Calheiros queria a presidência da Comissão, mas foi considerado “impedido” por ser pai do governador de Alagoas, mas o liberaram para assumir a relatoria, que define as pessoas a serem eventualmente indiciadas.
Renan Filho deve explicações
Na avaliação de Rodrigo Cunha, a CPI da Covid também necessita apurar o caso dos estados que compraram, pagaram, mas não receberam respiradores vendidos pelo chamado Consórcio Nordeste. Em 2020 o Governo de Alagoas teria comprado 80 respiradores para uso nos hospitais voltados ao combate à Covid-19, mas não recebeu os equipamentos e somente foi ressarcido em parte pelo prejuízo. Cunha ainda informou que está em articulação com outros senadores da Casa para criar um grupo focado na apuração dos problemas que ocorreram no caso do Consórcio Nordeste.(DP)