O senador Flávio Bolsonaro encaminhou um pedido de destituição de Renan Calheiros do cargo de relator da CPI da Pandemia, após a patética cena em que o senador alagoano se recusou a fazer perguntas aos dois médicos depoentes que defendiam a liberdade do exercício da profissão, e fugiu em seguida, diante das câmeras que transmitiam ao vivo, em cadeia nacional.
“Como não sou membro nem suplente da CPI queria solicitar para alguém que protocolasse um requerimento de destituição de Renan Calheiros da CPI … Essa postura do senador se levantar é um desrespeito não só às pessoas que estão aí, mas ao senado e aos membros da CPI”, explicou Flávio, afirmando que esse tipo de postura mostra que o relator não tem isenção para permanecer na função.
E Flávio disse mais:
“Essa é a constatação, o carimbo na testa de que ele não tem a menor possibilidade de continuar na relatoria”, continuou. “É claro e evidente que ele não respeita o contraditório. Ele já tem uma opinião preconcebida, como discutíamos antes da CPI”.
A afirmação de Flávio Bolsonaro vai ao encontro do que explica o advogado Jorge Béja, em texto publicado em sua coluna, aqui no JCO (confira abaixo)
Béja cita a fuga de Renan Calheiros como um ato que anularia a CPI, por si só:
“Renan, o relator, se negou a fazer perguntas aos depoentes e também desapareceu. E a oposição também não compareceu. Mas peraí, que justiça é esta que está presente e só ouve quem interessa e se ausenta e deixa pra lá quem não interessa? Eis uma irremediável nulidade processual que desqualifica e anula todo o trabalho, todo o processo da CPI .O que Renan vai escrever no relatório, se Renan não presenciou, não inquiriu e nem ouviu o que disseram os depoentes?
JCO