Jair Bolsonaro – Foto: Marcos Corrêa/PR
Art.142, ataques à Constituição, ativismo judicial, censura… o deputado federal General Girão soltou o verbo sobre tudo isso e muito mais em entrevista exclusiva à TV Jornal da Cidade Online.
Eleito pelo Rio Grande do Norte, o parlamentar fala com conhecimento de causa sobre o Consórcio do Nordeste, que reúne nove estados da região, governados por esquerdistas.
“O Consórcio do Nordeste foi criado no começo de 2019 para afrontar a autoridade do presidente da República. E ninguém fez nada. Nenhum Ministério Público, nenhum tribunal, ninguém questionou o Consórcio do Nordeste. E o que eles fizeram?
Pegaram R$ 50 milhões que o Governo Federal mandou e compraram equipamentos, remédios e testes para enfrentar a Covid e pagaram para uma empresa chamada ‘Hempcare’, que trata de negócios envolvendo maconha. Ninguém sabe onde a empresa está hoje.
Nunca mais vamos receber os R$ 50 milhões de volta. O Rio Grande do Norte perdeu R$ 5 milhões. A governadora [Fátima Bezerra] foi para a mídia, com dinheiro pago pela Covid, para fazer propaganda do governo, ou melhor, do desgoverno dela”, ressaltou.
Para Girão, mais preocupante do que a invocação do art. 142 é a desobediência à Constituição.
“O art. 142 ele é da Constituição Federal. Se ele está na Constituição Federal, ele foi pensado pelos constituintes. O que nos preocupa é exatamente a desobediência à Constituição Federal”, destacou.
De acordo com o deputado, vários artigos da Constituição estão sendo desobedecidos, incluindo o art. 53, que fala sobre a inviolabilidade dos parlamentares.
“O art. 53, que fala sobre a nossa inviolabilidade, foi jogado no lixo. Aliás, não foi jogado nem no lixo. Porque o lixo tem aproveitamento. O que se joga no lixo, você pode reverter com reciclagem, até mesmo gerando energia.
O art. 53 foi rasgado, queimado e deteriorado, pelo próprio Supremo Tribunal Federal quando abriu investigação em cima de deputados, [com a alegação que] estariam desobedecendo a Constituição, provocando ou estimulando atos antidemocráticos e, a justificativa é que tinham faixas com o art. 142.
E também, agora, por criminalizarem e colocarem como indiciado o deputado federal Daniel Silveira. Então, é lamentável que a gente esteja passando por uma situação como essa”, criticou o parlamentar.
Girão falou ainda sobre a postura de alguns ministros do Supremo:
“Um ministro do Supremo, que vive soltando bandido, envolvido com tráfico de drogas, envolvido com crime organizado, em São Paulo, Rio de Janeiro, onde quer que seja, bandido que teve farta quantidade de depoimentos, vídeos e provas robustas que foram inclusive denunciadas em delações premiadas e foi dado conhecimento para o Brasil e para o mundo e, de repente, o Supremo diz que nada disso vale, que nada disso aconteceu? E aí, como fica a nossa moral perante o restante do mundo?”, questionou.
Em relação à CPI da Covid, Girão pediu que o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não congele os projetos que estão para votação, como a Reforma Tributária e a Reforma Administrativa. O deputado considera essas pautas ‘essenciais para a retomada da economia’.
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Por: jornal da cidade online