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POLITICA: Flávio Bolsonaro surpreende ao defender distanciamento social e pede adiamento da CPI da Covid

por Ornan Serapião
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Flávio sempre se colocou contra as medidas de distanciamento social, mas mudou opinião para questionar a instalação da CPI

Conhecido pela postura negacionista diante da Covid-19, o senador Flávio Bolsonaro surpreendeu em seu discurso ao pedir a palavra durante a primeira sessão da CPI da Pandemia nesta terça-feira (27).
Logo no início do discurso, Flávio alegou que as mulheres foram preteridas na Comissão e por isso vítimas de “machismo”, mas que também não fizeram questão de participar.
Além de alertar para que a Comissão não se torne palco para disputa política, Flávio defendeu o distanciamento social ao pedir o adiamento da CPI. “Assessores e senadores estão morrendo vítimas da doença”, alertou o senador.
Entre outras declarações, Flávio Bolsonaro postou no dia 19 de janeiro, no Twitter, que o seu médico recomendava que ele não se vacinasse por estar ainda com imunidade alta por ter se infectado com o vírus, o que contraria todo o conhecimento científico.
“Porque não esperar todo mundo se vacinar e começar os trabalhos? O governo é a favor de se investigar e passar a limpo o que está acontecendo no Brasil, até porque essa CPI pode acabar e a pandemia não acabar”, declarou o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, citando a questão de ordem requerida pelo senador Eduardo Gomes (MDB-SE) que sugeriu a retomada da Comissão de Inquérito quando puder voltar o regime presencial na Casa.

ROMPIMENTO

Mesmo com a suspensão da liminar que tentava impedir a nomeação de Renan Calheiros (MDB-AL) para relatoria da CPI da Pandemia pelo Tribunal Regional Federal (TRF), Flávio Bolsonaro questionou a escolha pelo bloco.
O senador avisou que vai pedir a saída do Republicanos do bloco capitaneado pelo MDB, uma vez que diz não ter sido consultado sobre a escolha de Renan Calheiros.
Segundo Flávio, a situação do emedebista é semelhante à sua, já que ambos podem ter conflito de interesse no âmbito da investigação da CPI da Pandemia e que não conseguiriam ter uma postura imparcial diante dos fatos. (BNews)

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