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POLITICA: Custo excessivo reabre debate sobre a utilidade e necessidade de vereadores

por Ornan Serapião
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Câmara Municipal de Borá, pequena cidade paulista que arrecada R$532 mil por ano e gasta R$720 mil com vereadores que aparecem duas vezes ao mês. Foto: Reprodução

O alto custo das câmaras municipais faz retomar a discussão sobre a utilidade do vereador, que passam quatro anos deliberando obviedades, até voltarem a atuar como cabos eleitorais. Duro para os municípios é sustentá-los entre uma eleição e outra. Levantamento recente indicou que 31 municípios paulistas não arrecadam o bastante para bancar sua Câmara Municipal. Borá, o menor deles, arrecada R$532 mil por ano e gasta R$720 mil com vereadores que aparecem duas vezes ao mês. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Para a Federação das Indústrias do Rio e a Confederação Nacional dos Municípios, mais de 80% dos municípios não se sustentam. Proposta recorrente é o fim do vereador em cidades abaixo de 2 milhões de habitantes, criando câmaras de grupos de municípios, como nos EUA. Em 1.856 prefeituras (34,8%), as receitas geradas não pagam a Câmara Municipal e nem a estrutura administrativa da prefeitura. Em 2016, segundo a Firjan, 81,7% (3.714) dos municípios brasileiros, não geraram nem 20% de suas receitas. O resto vem do governo federal.

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