O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na quarta-feira (9) que teme ser assassinado caso seja preso e que há um plano para “eliminá-lo”. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, o ex-mandatário sugeriu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem “algo pessoal” contra ele. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Na verdade, eles querem me matar. Querem dar um fim em mim. Coloca na cadeia e é fácil eliminar alguém sem deixar provas. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles. Eu não fui para o outro lado”, disse Bolsonaro. Apesar das declarações, o ex-presidente não apresentou nenhuma evidencia que comprovasse suas falas.
Segundo matéria do InfoMoney, Bolsonaro ainda voltou a negar ter qualquer envolvimento com os ataques de 8 de Janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas por apoiadores radicais. Na época, ele estava nos Estados Unidos. “Esse processo sobre golpe não deveria existir”, afirmou. “Estava fora do país. Não participei de nada.”
Questionado se enxerga semelhança no papel exercido por Alexandre de Moraes em seu julgamento e o que o ex-juiz Sérgio Moro teve no caso que levou a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, Bolsonaro disse que sim, e voltou a alegar inocência.
“Eu não devo nada. Não tem crime nenhum da minha parte. Mas comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa”, afirmou.
O ex-presidente é alvo de múltiplas investigações no STF, incluindo uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe, incluindo plano de assassinato de autoridades, como Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes; além de apurações sobre uso da máquina pública para disseminação de notícias falsas e desinformação contra o processo eleitoral.
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