Embasado em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel deixou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na tarde desta quarta-feira (16), no Senado, onde prestava depoimento na condição de investigado. A decisão foi tomada em meio a um questionamento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) sobre gastos públicos com respiradores. “Senador Girão, o depoente vai se retirar. Ele está embasado, determino. A comissão foi notificada da decisão do ministro Nunes Marques do habeas corpus número 203/227, impetrado em favor do depoente Wilson Witzel, com o seguinte dispositivo: defira o pedido de habeas corpus para dispensar o paciente caso queira de comparecer perante à CPI da Pandemia e, em caso de opção pelo comparecimento, garantir o direito ao silêncio ao não assumir o compromisso de falar a verdade em razão de condição de investigado e não de testemunha. E ele acabou de me comunicar que quer se retirar da sessão, e a gente não pode fazer absolutamente nada”, afirmou o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, ao saber da decisão. Na sequência, ao deixar a comissão, Witzel disse: “Agradeço a oportunidade, senhor presidente, agradeço as perguntas, e tenho certeza que muito temos a contribuir futuramente. Muito obrigado”. Com o habeas corpus, Witzel poderia não comparecer ou até permanecer em silêncio quando considerasse oportuno. O ex-governador foi à CPI e depôs por cerca de três horas e 20 minutos.
POLITICA: Apoiado por decisão do STF, Witzel abandona depoimento
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