A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13) o ex-ministro Gilson Machado e convocou o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, delator no inquérito que apura o suposto “golpe” a prestar novo depoimento. Ambos participaram da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Informações iniciais apontam que Gilson teria atuado para conseguir um passaporte e recursos financeiros para que o militar pudesse fugir para Portugal.
Na última terça-feira (10), a Polícia Federal fez a abertura de uma investigação contra o ex-ministro do Turismo, por suposta ajuda a Cid para deixar o Brasil.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à investigação do caso. Segundo indícios, Gilson Machado foi em maio ao Consulado de Portugal em Recife, onde mora, para facilitar a viabilidade de um passaporte para Cid.
A PF também destacou a possibilidade de Gilson ter feito procuração na Embaixada portuguesa, em Brasília, com o mesmo propósito.
Segundo a PGR, há indícios sugestivos de que o ex-ministro tenha atuado na obstrução da ação contra Mauro Cid.
“Possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu MAURO CESAR BARBOSA CID, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”, diz a PGR.
A prisão de Cid foi revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes mesmo de ser cumprida pelos agentes da Polícia Federal. Contudo, a determinação do STF é de que fosse realizada uma nova busca e apreensão na casa do tenente-coronel, e a prestar um novo depoimento ainda nesta sexta-feira (13).
Cid está sob investigação de planejar fugir do Brasil com a ajuda do ex-ministro Gilson Machado. (DP)