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POLÍCIA É POLÍCIA: Paulo Cupertino usava bengala e chapéus para não ser identificado

por Ornan Serapião
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Objetos foram encontrados em quarto de hotel onde ele foi preso, na zona sul de São Paulo. Réu é acusado de triplo homicídio

Paulo Cupertino e disfarces encontrados em quarto de hotel

REPRODUÇÃO/RECORD TV

Paulo Cupertino, acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e os pais dele e preso nesta segunda-feira (16), usava bengala e chapéus para não ser identificado. Os objetos foram encontrados no quarto onde ele estava hospedado, na zona sul de São Paulo. “São objetos que ele misturava no dia a dia para não ser reconhecido e preso. Ele usava disfarces para as pessoas não desconfiarem de suas atitudes”, afirmou o delegado Wendel Luís de Souza, do 98º DP, responsável pela prisão, em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV. Entre os itens encontrados pela polícia no quarto, havia ainda uma calça e um par de tênis de pintor, além de tinta de cabelo. Com disfarces como esses, Cupertino conseguiu transitar por diversas cidades sem ser preso, tendo inclusive passado um período no Paraguai. A polícia de São Paulo calcula ter visitado mais de cem locais ao longo de três anos em busca do réu, acusado de triplo homicídio.

Fuga

Após prender o empresário Paulo Cupertino Matias, a polícia de São Paulo quer avançar nas investigações sobre amigos que teriam financiado a fuga do réu, que era procurado pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele, ocorrido em 2019. O delegado Wendel Luiz de Souza afirmou esperar que o depoimento de Cupertino ajude a polícia a avançar na investigação sobre a ajuda recebida. “Com o depoimento, muita coisa vai se esclarecer”, afirmou. A ideia de avançar na investigação foi corroborada pelo delegado-geral, Osvaldo Nico Gonçalves, que afirmou que Cupertino teria recebido ajuda de amigos que seriam donos de desmanches de carros. “Quem ajudou esse vagabundo agora vai pagar, vai ser responsabilizado”, afirmou em coletiva nesta segunda-feira. Nico não citou nomes ao se referir aos supostos amigos. O Ministério Público já denunciou dois homens pelo crime de favorecimento pessoal pela suposta ajuda a Cupertino. O empresário estava foragido desde 2019, quando teria atirado 13 vezes nas vítimas em frente à casa da sua família. Segundo a investigação, ele não aceitava o namoro da filha, a estudante Isabela Tibcherani, de 18 anos na época, com Rafael. Cupertino foi acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. A Justiça já aceitou a denúncia, transformando Cupertino em réu. O processo tramita em segredo de Justiça.

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