Uma plataforma conduzida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR e a Bahia ficou em 19ª lugar
(NIC.br), entidade ligada ao CGI (Comitê Gestor da Internet), chamada Mapa de Qualidade da Internet, revela o nível da desigualdade da internet banda larga oferecida no país no último ano. No mapa digital interativo, é possível filtrar os resultados de qualidade por estado e cidade de preferência.
Estados da região Sudeste, Centro Oeste e Sul têm serviços melhores do que aqueles oferecidos aos estados do Norte e Nordeste. O índice do estudo leva em conta métricas diárias do Sistema de Medição de Tráfego Internet (SIMET), como velocidade de download, upload, perda de pacotes e latência das conexões no país.
Relacionadas
O ranking:
- Distrito Federal
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Santa Catarina
- Rio Grande do Sul
- Paraná
- Espírito Santo
- Minas Gerais
- Goiás
- Paraíba
- Rio Grande do Norte
- Pernambuco
- Ceará
- Mato Grosso do Sul
- Rondônia
- Mato Grosso
- Sergipe
- Piauí
- Bahia
- Pará
- Maranhão
- Tocantins
- Alagoas
- Amapá
- Acre
- Roraima
- Amazonas
Desigualdade de qualidade na conexão
O ranking mostra que a velocidade de download no Distrito Federal é de 63 Mbps (Megabits) por segundo, contra apenas 6,6 Mbps no Amazonas, uma diferença de quase 10 vezes. Mesmo na região Sudeste, a diferença entre São Paulo e Minas Gerais é grande. Os paulistas têm uma média de 51 Mbps, contra 29 Mbps dos mineiros.
Já na medição do índice de latência (atraso no tempo que uma solicitação leva para ser transferida de um ponto para outro, medida por milissegundos), importante para uma boa experiência em jogos online, por exemplo, o Paraná foi o estado que teve o melhor resultado. Os gamers de Roraima são os que mais sofrem com o índice, segundo o estudo.
Para Gabriela Marin, analista de projetos do NIC.br, a região Norte sofre com a baixa qualidade da internet por fatores demográficos e geográficos.
Ela explica que, em comparação com outras regiões, Amazonas, Tocantins, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Pará apresentam uma baixa densidade demográfica, que impacta o lucro dos provedores que oferecem o serviço na região.
“O relevo, por um lado, aumenta os custos de operação para implantar tecnologias de acesso de melhor qualidade, por exemplo, a fibra. Como consequência, ainda hoje diversas áreas no Norte só conseguem acessar a internet via satélite, uma tecnologia que, devido as características intrínsecas, oferece uma qualidade de Internet inferior”, analisa.
Comparando com outros países, a velocidade e os demais índices medidos no Mapa estão dentro da média dos países da OCDE – em torno de 40 Mbps – o que nos colocaria próximo dos valores de Colômbia e México, por exemplo, como aponta o analista da NIC.br.
bahiaon.com