A probabilidade de disseminação da variante Ômicron em nível global é alta, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na manhã desta segunda-feira, 29. A OMS ainda alertou que, em decorrência das 50 mutações presentes na variante, há a possibilidade de um novo surto de Covid-19, que pode gerar “consequências graves” para os locais atingidos pela nova onda. “Dependendo dessas características [da variante], pode haver surtos futuros da Covid-19, que podem ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo nos locais onde os surtos podem ocorrer. O risco global geral relacionado à nova variante de preocupação Ômicron é avaliado como muito alto”, disse a organização em um comunicado.
“É uma variante altamente divergente com um alto número de mutações, algumas das quais são preocupantes e podem estar associadas a um potencial escape imunológico e maior transmissibilidade”, explicou a OMS. Apesar da preocupação, ainda não há evidências suficientes sobre o nível de contágio da Ômicron, o risco de reinfecção e a possibilidade de escape da proteção gerada pelas vacinas. Também não se sabe qual a gravidade da doença causada por essa variante. “Estudos estão em andamento para avaliar a transmissibilidade, gravidade e o risco de reinfecção da Ômicron. Pesquisas adicionais são necessárias para entender a eficácia das vacinas A OMS comunicará as novas descobertas aos Estados-Membros e ao público à medida que estas informações se tornarem disponíveis”, acrescentou a organização.
G7 convoca reunião de emergência para discutir medidas contra nova variante
O Reino Unido convocou uma reunião emergencial do G7 para discutir medidas para conter a disseminação da Ômicron. O encontro entre as sete maiores economias do mundo está marcado para acontecer nesta segunda-feira. Participaram do encontro os ministros da Saúde do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. O governo do Japão anunciou que vai retomar nesta segunda-feira o veto a entrada de novos residentes estrangeiros no país. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decretou a volta da obrigatoriedade do uso de máscara em estabelecimentos comerciais e transporte público, além da realização de testes de detecção para viajantes. (JP)