PANDEMIA: Itália estuda estender estado de emergência até 31 de março

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Ansa

ROMA, 13 DEZ (ANSA) – O governo italiano está discutindo a possibilidade de prorrogar o estado de emergência devido ao aumento dos casos de Covid-19 registrado no país nas últimas semanas.   A ideia, que deve ser anunciada nas próximas horas, será divulgada três semanas antes de o atual decreto expirar, em 31 de dezembro. Caso a medida seja estendida, será a quarta vez que o governo do primeiro-ministro Mario Draghi prorrogará o estado de emergência decretado no dia 31 de janeiro de 2020, quando surgiram os primeiros casos locais.   A lei italiana, que regulamenta esse instrumento legal e que facilita a tomada de decisões em meio a uma crise, só permite sua validade por, no máximo, 24 meses. Por isso, o governo considera que poderá prorrogar a decisão por mais um mês, até 31 de janeiro de 2022; reorganizar e delegar parte da gestão da pandemia e da campanha de vacinação; ou modificar a lei.  Os partidos que integram a coalizão do governo nacional apoiam uma prorrogação, devido ao aumento de casos observado nas últimas semanas – quase 20 mil no último dia – e as infecções pela variante Ômicron. “Acho que o momento é propício”, disse o secretário do Partido Democrático (PD), Enrico Letta, que acredita que o Governo deve preservar o estado de emergência.   O ex-premiê e o líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, seguiu na mesma linha e afirmou que “parece ser necessário chegar a uma extensão” do estado de emergência, tendo em vista “a curva epidemiológica e uma variante que se apresenta muito contagiosa”.   A hipótese, porém, deixou o líder do ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, “cauteloso”, pois defende que é preciso esperar para ver os dados mais recentes no final do ano para decidir.   “Estamos aguardando os dados, estamos no dia 13 de dezembro e estamos aguardando para discutir com prefeitos e governadores”.   Segundo a ministra dos Assuntos Regionais da Itália, Mariastella Gelmini, novas decisões podem ser anunciadas nas próximas horas. “Certamente há um estudo aprofundado sobre o assunto e nos próximos dias haverá uma sala de controle e um conselho de ministros. Haverá decisões nas próximas horas”, disse ela.   O assessor científico do Ministério da Saúde, Walter Ricciardi, também pediu a prorrogação. “O inverno vai ser muito duro e será preciso tomar decisões para conter o vírus”, pontuou.   Até o momento, a medida só foi criticada por Giorgia Meloni – cujo partido, os Irmãos da Itália (FDI), está em alta nas pesquisas. (ANSA)