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PANDEMIA: ButanVac induz maior resposta de anticorpos do que as vacinas de RNA, diz estudo

por Ornan Serapião
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Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Um estudo publicado na plataforma de preprints MedRxiv mostrou que a ButanVac, candidata a vacina de vírus inativado contra a Covid-19 do Instituto Butantan, induz proporcionalmente mais anticorpos capazes de neutralizar o vírus SARS-CoV-2 do que as vacinas de RNA mensageiro (mRNA), como Moderna e Pfizer. As informações são do Butantan. Publicado na última sexta (28), o estudo foi coordenado pela Icahn School of Medicine de Mount Sinai, de Nova York, nos Estados Unidos. Os pesquisadores analisaram soros de um ensaio clínico de fase 1 feito na Tailândia com 175 indivíduos que foram vacinados com a ButanVac e 35 que receberam placebo. Os dados foram comparados com amostras de outro estudo conduzido em Nova York com 20 participantes que receberam a vacina da Pfizer e 18 indivíduos convalescentes. As faixas etárias e a distribuição por sexo entre as amostras foram similares. Os resultados mostraram que a quantidade de anticorpos neutralizantes é semelhante entre os dois imunizantes, porém a proporção desses anticorpos (em relação aos anticorpos de ligação) da candidata a vacina do Butantan é consideravelmente maior do que a do imunizante de RNA mensageiro a Pfizer e comparável à proporção observada em pacientes recuperados da Covid-19. Isso significa que uma grande parcela dos anticorpos produzidos pela ButanVac possui atividade neutralizante, o que pode impedir a infecção, enquanto a vacina da Pfizer o outro imunizante produz mais anticorpos de ligação – capazes de detectar o vírus, mas não neutralizá-lo. Para validar as descobertas, os pesquisadores selecionaram algumas amostras aleatoriamente e enviaram para um laboratório independente, da Emory University. O laboratório mediu as atividades de ligação e de neutralização, mas as amostras fornecidas foram ocultadas e o motivo da execução dos testes não foi divulgado. A ButanVac utiliza a mesma tecnologia da vacina da gripe, conhecida e produzida globalmente e uma especialidade do Instituto Butantan. Ela consiste na inoculação de um vírus modificado que contém a proteína S do SARS-CoV-2 em ovos embrionados de galinhas. Por isso, o imunizante pode ser fabricado a baixo custo, além de poder ser armazenado e distribuído sem a necessidade de congeladores.(BN)

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