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OPINIÃO: Uma desagradável surpresa para a esquerda

por Ornan Serapião
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Foto: Alan Santos/PR
Foto: Alan Santos/PR

Que os partidos de Esquerda (especialmente o PT) viam Bolsonaro como um inimigo a ser abatido (literalmente, inclusive), já estava claro desde 2016, bem antes das eleições.

E uma resolução da época pelo autoproclamado Partido dos Trabalhadores (que não trabalham) deixava isso claro, muito embora da boca-pra-fora tratassem a candidatura de JB como uma piada – e os vídeos no YouTube estão aí para comprovar.

Tinham lá suas razões: o Capitão pulou de 120 mil votos em 2010 para 464 mil em 2014, se tornando o deputado federal mais votado do RJ.

“Um deputado obscuro”, diziam com desdém. E Bolsonaro ia acumulando mandatos (1 como vereador, 7 como deputado) sempre com votação crescente, até ganhar a pole.

E contra tudo e contra todos (e põe Todos nisso!) se elegeu presidente da República em 2018. E seria no 1o. Turno, não fossem certas “paradas cardíacas” na totalização dos votos.

Hoje, há um mês para Bolsonaro completar 3 anos de mandato, a Oposição se vê de cara com uma apavorante constatação e uma desagradável surpresa: o tal “Deputado Obscuro” (segundo eles próprios) provou que é um gestor de 1ª linha. Um administrador incansável, arguto, que sabe delegar. Cobrar, mais ainda. Que ouve os ministros e conselheiros, mas mantém a última palavra. Que na Economia foi capaz de mudar posições estatizantes para liberais, mas manteve intocados seus compromissos com a verdade, a simplicidade, o contato direto com o povo que o elegeu e por último, mas não menos importante, com a Fé Cristã que sempre o moveu.

Minimizaram o potencial de um oficial que passou 4 anos na Academia Militar das Agulhas Negras estudando estratégias de guerra, tendo sido antes (por escolha) mergulhador e paraquedista. Ou seja: missão de alto risco é com ele mesmo.

Claro que a comparação do currículo do soldado com os presidentes petistas chega a ser covardia: um fez curso de torneiro mecânico no Senai, “perdeu” um dedo no torno, se aposentou por invalidez (!) e virou sindicalista, pra viver tomando cachacinha com a peãozada nas assembleias que decidiam greves combinadas com a Fiesp. Naqueles tempos de preços “Cipados”, onde os custos eram repassados ao preço final, que moleza.

Enquanto a tal presidenta (hoje até a linguagem “neutre” desautoriza seu epíteto) tinha no seu currículo a quebra de uma loja de 1,99.

Levou sua “expertise” às últimas consequências: quebrou a Petrobras, a Eletrobrás, os Fundos de Pensão, o Caixa do Governo e o Brasil como um todo. Nada escapou à sua (dela) incompetência e sua (idem) jactância lapidares, mesmo tendo comprado os atores da farsa a peso de ouro. Nosso ouro, claro.

Já Bolsonaro, desde o 1º dia enfrentou o sistema bruto de frente. Mídia, Congresso, Corporações de toda ordem, artistas desmamados, déficit estrutural gigantesco, Teto de Gastos (herdado do Temer), MPs totalmente aparelhados, CPIs fajutas e, o mais grave: uma Corte Constitucional que assumiu como atividade precípua customizar a Constituição, de acordo com a Capa do Processo.

Deu de cara com traidores (civis e militares) e os defenestrou, impondo sua autoridade.

E o pior de tudo: passou 2 dos quase 3 anos de governo combatendo os efeitos de uma pandemia (que eu grafo Pânicodemia) fomentada por todo o estamento interessado na sua queda, especialmente a velha mídia e o STF. Este admitiu, através de 2 de seus membros mais importantes, ter implantado o Semipresidencialismo com direito a Poder Moderador (eles próprios!) em total afronta à Constituição vigente.

Mas o gestor Jair Bolsonaro seguiu em frente: está concluindo milhares de obras inacabadas, iniciou e está tocando (ou já concluiu) milhares de outras, aprovou Reformas e está tentando aprovar outras (coisa que o PT nem sequer tentou), as safras batem recordes ano após ano, distribuiu mais Títulos de Terra que TODOS os governos anteriores, implantou o Marco do Saneamento, entregou mais de 1 milhão de casas populares, fez as estatais darem lucros históricos, tornou (finalmente!) o Banco Central independente, está dobrando o modal ferroviário, pavimentou, recuperou ou duplicou milhares de km de rodovias, está construindo pontes esperadas há décadas, implantando a modernização de aeroportos, portos marítimos e fluviais, levando internet gratuita e de qualidade, água tratada, saneamento básico, poços profundos e dessalinizadores a milhões de pessoas no Brasil . E a conclusão do Eixo Norte do PISF é a joia da coroa, com o término das obras que prometeram para 2012, 2014, 2016…

Quem prometeu e não cumpriu? Vocês sabem.

O administrador foi mais longe; fez um ministério essencialmente técnico, de onde emergem gestores que hoje são reconhecidos em todo o Brasil como sinônimos de competência e honradez.

Aí estão Tarcisio, Paulo Guedes, Damares, Rogério Marinho, Gilson Machado, Tereza Cristina, Fábio Faria, João Roma, Marcos Pontes, o “Coringa” Onix Lorenzoni e outros.

Muitos deles são fortíssimos candidatos a governador ou senador em 2022. E, eleitos, podem fazer com que o segundo mandato de Bolsonaro navegue em céu de Brigadeiro, se comparado com o atual – onde o pão de cada dia dos que torcem contra o Brasil é derrubar Bolsonaro a qualquer custo.

Mas Bolsonaro perde a eleição para o Descondenado, dizem as “Pesquisas”. É preciso ser muito idiota para acreditar que o tal Deputado ganhou as eleições de 2018 “porque Lula não concorreu”, e que o político mais festejado do Brasil, que é aclamado e quase idolatrado (Mito?) por onde passa, venha a perder a eleição para um velho farsante, de ideias vencidas, desprovido de caráter, que governou através do Mensalão, do Petrolão e da corrupção institucionalizada. E que distribuiu ministérios como quem distribuía coletes numa pelada entre amigos, para que cada partido levasse sua parte do butim.

A consequência? Hoje não pode tomar uma cachacinha na rua, como fazia nos velhos tempos de pelego. E de X-9 (informante) do DOPS, codinome “Barba”.

Sem esquecer que o Bebum fez como sucessora uma hecatombe que atende pelo nome de Dilma, quando não está sendo chamada de Anta. E que era tida como a “Gerentona”.

Gerente? Administrador? Gestor? CEO? Não conheciam Bolsonaro.

Agora conhecem. E tiveram uma desagradabilíssima surpresa.

Alberto Saraiva

Matéria publicada originalmente no jornal da cidade online, em 04.12.2021

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