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Nessa quarta-feira (19), durante o depoimento do ex-Ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI, o Senador Humberto Costa (conhecido pelo codinome “Drácula”, nas planilhas do departamento da propina da Odebrecht) demonstrou profunda irritação com o Senador Flávio Bolsonaro, esbravejando desequilibradamente: “eu exijo respeito!” e “respeite o presidente Lula” (esse tal de Lula é aquele sujeito cínico que comandou o maior esquema de corrupção “nunca antes visto na história deste País”, a partir de 2003.
É que momentos antes o senador Flávio Bolsonaro havia feito o seguinte comentário: “está lembrando do Lula!”, ao se referir à expressão “Pixuleco” usada pelo senador Renan Calheiros insistentemente na CPI.
Contextualizando o assunto, vale lembrar que ao deixar o ministério, Pazuello afirmou “que políticos estavam insatisfeitos com sua gestão por não terem recebido ‘pixulé’, referindo-se a pequenos saldos de projetos que não foram aplicados e que políticos poderiam realocar.
Importante lembrar que Pazuello reuniu todos os saldos não aplicados (os “pixulés”), fez uma única portaria e investiu tudo no combate à Covid-19, salvando vidas, para insatisfação dos dráculas que estavam à espreita.
Ao final de sua manifestação na CPI, Drácula, digo, o senador Humberto Costa sugeriu ao ex-ministro Eduardo Pazuello que pedisse desculpas ao Brasil, por uma suposta má gestão no enfrentamento ao coronavírus.
Pazuello pedir desculpas ao Brasil? É sério isso? A observação do senador Humberto Costa é cínica inversão de valores – se é que o PT tem algum.
Ocorre que quem deve pedir desculpas ao Brasil é Lula, também conhecido como “Amigo” nas planilhas do departamento de corrupção da Odebrecht. A propósito, o “Amigo”, não deveria pedir simples desculpas, mas pedir perdão pela destruição do Brasil durante 13 anos, promovida por ele e pelo PT (um “Sindicato do Crime”, segundo a edição nº 2470, de 13/04/2017, da Revista Isto É).
Como a memória do brasileiro é fraca, vale a pena relembrar a devastação que o PTvírus impôs ao Brasil. Recorro a trechos da citada edição de Isto É (acessada em https://istoe.com.br/um-sindicato-crime/):
“As principais lideranças petistas ou estão presas ou sob investigação. Entre os 98 citados na lista de Edson Fachin, nomes ligados ao ex-presidente Lula ganham destaque e comprovam que o PT se transformou em uma escola de corrupção.
O Partido dos Trabalhadores está no epicentro da lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que autorizou a abertura de inquérito contra 98 políticos citados nas delações da Odebrecht. Ao PT cabe o papel de protagonista do esquema de corrupção envolvendo contratos da empreiteira com o governo. Com a divulgação da lista, a legenda perde, de uma vez por todas, a chance de reconstruir sua imagem diante de um Brasil destroçado sistematicamente nos últimos 13 anos, período em que os petistas desfrutaram das benesses do poder e dilapidaram o patrimônio público em três mandatos completos e um interrompido.
A lista de Fachin vem para comprovar o que já era sabido: os líderes do PT arquitetaram o mais amplo e devastador projeto de corrupção que se conhece, uma roubalheira que levou o País a mergulhar numa crise econômica sem precedentes. ‘O lulopetismo representa a maior tragédia da história do Brasil’, diz o historiador e escritor Marco Antonio Villa. ‘O PT será lembrado para sempre pelo legado que deixa, de autor do projeto criminoso de poder que destruiu a estrutura do Estado brasileiro e da ética republicana’.
PROMISCUIDADE
Além dos ex-presidentes e chefes da quadrilha Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, petistas como o ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, já preso pelo processo do mensalão, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, os senadores Lindbergh Farias e Humberto Costa,a senadora Gleisi Hoffmann, pré-candidata à presidência do PT, e os deputados Vincentinho, Marco Maia, Maria do Rosário e Arlindo Chinaglia são alguns dos mencionados (leia quadro). Todos são acusados de ter participado de esquemas de corrupção, caixa dois, compra de votos, troca de favores e outras ações ilícitas. ‘O PT amplificou um sistema de promiscuidade com empresariado e isso tudo terminou contaminando o conjunto das obras partidárias que fez’, diz o cientista político José Lavareda. ‘Ou seja, o Brasil terá como lembrança do período petista os fatos revelados para a sociedade pela operação Lava Jato’.
Junto com o projeto de poder do PT que faliu o Brasil ao lotear cargos públicos, saquear estatais em bilhões de reais e instaurar uma profunda crise, faliu também o Partido dos Trabalhadores. Nas últimas eleições municipais, o resultado dos escândalos foi visto claramente nas urnas: passou de terceiro partido com mais cidades sob a sua gestão para o décimo, ao eleger apenas 256 prefeitos em todo o Brasil — em 2012, 630 prefeituras eram comandadas pelo PT, um encolhimento de 60%. ‘Muito provavelmente o PT não vai ter mais a influência que um dia teve no Brasil. O partido virou um cadáver difícil de ser administrado politicamente, um estorvo, uma herança que ninguém quer lembrar’, diz Vila. ‘Não dá mais para usar o Bolsa Família para ganhar votos, o PT virou o partido do petrolão’, completa.”
O esquecimento dos fatos passados e a ocultação deliberada da verdade pela Esquerda brasileira tem causa: a construção estratégica, deliberada e reiterada de falsas narrativas, ou seja, a massificação de “pós verdades”. Sem limites, são capazes de transformar bandidos em heróis, algozes em vítimas, diabo em anjo e justos em injustos.
Lope de Vega, o grande dramaturgo espanhol advertia, no Século XVI:
“A verdade de nada se envergonha, exceto de estar oculta.”
Milton Córdova Junior
Advogado
JCO