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OPINIÃO: Senador Girão e as denúncias contra o Consórcio Nordeste

por Ornan Serapião
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Reprodução internet
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Os governadores e prefeitos seguem blindados na CPI da Pandemia, em curso no senado, enquanto secretários e médicos entusiastas de tratamento precoce são perseguidos, caluniados e têm suas vidas vilipendiadas por atos ditatoriais de Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues – os palatinos da (i)moralidade.

Segundo a matéria divulgada por Girão, um dos casos mais escandalosos envolve o Consórcio Nordeste, presidido no ano passado pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), onde Cristiana Prestes Taddeo, dona da empresa “HempCare Pharma”, empresa de distribuição de medicamentos à base de maconha, embolsou R$ 48 milhões ao vender 300 respiradores destinados a nove Estados nordestinos. A quantia foi paga antecipadamente pelo consórcio, em um contrato cheio de fraudes, e não foram entregues. A empresa NUNCA fabricou respiradores.

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, a Hempcare é responsável por uma rede criminosa que atua de forma estruturada, com apoio de lobistas, para a negociação de respiradores.

Cristiana, ao depor na Polícia Federal, levantou suspeitas contra dois ex-ministros de Dilma Rousseff: Carlos Gabas (secretário-executivo do Consórcio Nordeste, que validou a compra) e o prefeito de Araraquara, o também petista Edinho Silva. Rui Costa também prestou depoimento à Polícia Federal como um “potencial investigado”.

De acordo com as apurações, a Hempcare, que possui somente dois funcionários, fez uma parceria com uma empresa chinesa que seria a fornecedora do equipamento, mas que na verdade atua no ramo de construção e não tinha qualificação para fabricar os aparelhos, de acordo com o governo de Pequim.

Os investigadores estão convencidos de que a negociação foi fraudada para desviar recursos públicos, em uma manobra que ultrapassaria “os limites da vilania”.

A Veja destacou que: “em depoimento prestado aos investigadores, Cristiana disse que, na época dos eventos, recebeu um telefonema de Gabas, que teria se identificado como “irmão de alma” de Edinho, o prefeito de Araraquara. Gabas afirmou que o município paulista estava precisando de 30 respiradores, mas que Edinho estava sem recursos para bancar a compra. No depoimento, Cristiana afirma que “estava implícito um pedido” e propôs a fazer uma “doação”. De acordo com o Ministério Público, a tal doação seria na verdade uma propina para viabilizar o fechamento do negócio. A “doação” teria um custo de R$ 1,5 milhão e seria arcada com os valores recebidos do Consórcio Nordeste, mas os ventiladores — de novo — nunca foram entregues”.

Fonte: https://veja.abril.com.br/politica/empresaria-que-deu-calote-levanta-suspeitas-contra-ex-ministros-d…

Camila Abdo

Jornalista da equipe A Verdade

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