Eduardo Bolsonaro comemorou muito nesta semana uma manobra ágil dos deputados da base governista que conseguiram a aprovação de um convite feito pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara ao empresário Marcos Valério.
A ideia é que ele compareça à Casa para falar sobre um acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal (PF), onde associou o Partido dos Trabalhadores (PT) ao PCC.
Marcos Valério movimentou dezenas de milhões de reais vindo de origens suspeitas. Ele distribuiu esse dinheiro para parlamentares e dirigentes petistas.
Em delação à PF, Valério contou que, em 2005, ouviu do então secretário-geral do Partido dos Trabalhadores (PT), Sílvio Pereira, que a sigla tinha ligações com a facção criminosa PCC.
Ele também afirmou que a legenda administrava um suposto caixa secreto de R$ 100 milhões.
Ao celebrar a aprovação, Eduardo afirmou ainda que o PT não conseguiu barrar o convite.
“VITÓRIA. PT lavou dinheiro do PCC e seus candidatos usaram essa grana vinda do tráfico de drogas e outros crimes em suas campanhas, disse Marcos Valério. Assim, aprovamos mais um requerimento convidando Valério a ir, agora na Comissão de Relações Exteriores. PT tentou, mas não conseguiu barrar.”
Precisamos ver se Marcos Valerio terá coragem de repetir na frente das câmeras o que ele murmurava nos corredores do presidio.
Eduardo Negrão, Consultor político e autor de “Terrorismo Global” e “México pecado ao sul do Rio Grande” ambos pela Scortecci Editora.
Matéria publicada no jornal da cidade online, em 05.08.2022