O vice-presidente Hamilton Mourão se decidiu, será candidato no Rio de Janeiro, ele já alinhavou com o presidente do PRTB-RJ, Antônio Carlos Santos, e será candidato no estado. Provavelmente a governador, para ser uma alternativa em relação ao candidato mais radical à esquerda, Marcelo Freixo, ex-Psol.
Mourão deve iniciar viagens pelo interior do Rio, falar mais sobre problemas locais, se reunir com empresários cariocas e participar de eventos por lá.
Com o crime organizado ditando regras no estado, a candidatura de um político hostil as forças de segurança como Freixo é uma ameaça real ao, já sitiado, empresariado fluminense.
O general Mourão (e todo o Brasil) contam com o apoio do presidente Bolsonaro à sua candidatura.
Em São Paulo a pressão pela candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, está gigante. Tarcísio só não será candidato se não quiser – importante dizer que São Paulo é forte reduto Bolsonarista e o eleitorado está ávido por eleger um ‘bolsonarista raiz’ depois da decepção causada pela traição de João Doria.
Por outro lado Valdemar Costa Neto e seu partido, o PL, caiu em si e viu que não poderia abrir mão de Jair Bolsonaro, depois do que ele fez em 2018 transformando um partido nanico e desconhecido, o PSL, no maior e mais rico partido do Brasil.
A força de Bolsonaro já se faz sentir no partido. Na reunião de cúpula do PL o ex-senador Magno Malta foi convidado e não passou em branco, foi escrita por ele a principal frase da carta que o PL divulgou após a reunião:
“O PL está pronto e alinhado para receber o presidente Jair Bolsonaro em todos os estados”.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de “Terrorismo Global” e “México pecado ao sul do Rio Grande” ambos pela Scortecci Editora.
JCO