Início » OPINIÃO – “E o Vento Levou”: A esquerda e sua cultura de ódio e discriminação

OPINIÃO – “E o Vento Levou”: A esquerda e sua cultura de ódio e discriminação

por Ornan Serapião
5 minutos para ler

A mulher, o homossexual e o negro não possuem valor para a esquerda, a não ser que possam ser utilizados como peões no jogo político-social. Contanto que sejam marionetes para gerar caos, medo e desinformação, são “valorizados” e “apoiados”, mas, caso desejem sair de dentro da prisão ideológica, são atacados e vilipendiados.

Homossexual de direita não existe, mulher que não seja feminista é uma abominação, negro que não siga a cartilha marxista é um traidor. Sabemos disso tudo, portanto, já deveríamos estar habituados com toda esta sorte de deturpações.

Contudo, a recente decisão da HBO Max de retirar “E o Vento Levou” de sua grade ,após protestos de grupos “anti-racistas”, grita aos quatro ventos o quanto é totalitária e ditatorial a esquerda.

Hattie McDaniel (10 de junho de 1895 – 26 de outubro de 1952) foi uma maravilhosa atriz, do tipo que consegue encantar a platéia com poucas linhas dadas pelo roteiro.

Não há papéis pequenos e sim atores pequenos, tal frase, bem clichê admito, aqui, ganha uma dimensão nova, ares de grande verdade, pois em 1940 Hattie ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante pela sua atuação em Gone with the Wind (E o vento Levou…).

A vida de Hattie é inspiradora e mostra a luta de uma grande mulher que não se limitou, e sim, lutou para que seu talento fosse visto e apreciado.

A odiosa lei Jim Crow, que impunha a segregação dos negros nos espaços públicos, ainda era muito forte em 1939; Milhares de pessoas compareceram à estréia do filme no teatro Loew’s Grand Theatre, em Atlanta.

Com a cidade em polvorosa para celebrar o acontecimento, podiam ser vistos, luxo e glamour nas roupas e jóias caras dos convidados, como também, nas limusines que desfilavam pelas ruas.

Foi uma noite que marcou o dia de todos que se engajaram na produção do filme, da direção e dos atores que foram honrados por todo esforço que fez deste filme um clássico. Hattie McDaniel não foi convidada.Clark Gable (ator notável que era chamado de “O Rei de Hollywood”) soube que Hattie não iria por causa do medo que a ascensão da Ku Klux Klan provocava e devido a segregação que a lei Jim Crow impunha.

Gable ameaçou boicotar a estréia do filme, mas a própria Hattie o teria convencido a ir. Apesar dos esforços da esquerda em retratar conservadores, homens, brancos e cristãos como a fonte para toda a sorte de problemas sociais, um homem branco em 1939 se levantou por uma mulher negra. Seres humanos grandiosos não se guiam pelo credo, pela cor da pele, pelo sexo, mas sim, pelo justo, honrado e nobre.

O teatro Loew’s Grand Theatre fechou as portas para uma grande atriz, todavia, ela estava na cerimônia do Oscar, como atriz e não uma servente, recebeu seu prêmio e marcou a história não somente americana, mas ocidental.

A HBO Max não foi a primeira a manchar a história do cinema ao remover tal produção.

O Orpheum Theatre tirou este filme de sua programação, em 2017, encerrando uma nobre tradição de mais de 30 anos de exibir este clássico pelo menos uma vez por ano. O filme foi tachado por radicais de ser racista.

Grupos radicais e violentos vandalizam estátuas, buscam impor um “ministério da verdade” no ocidente que decida o que é correto ou não ser dito, sentido e pensado e, até mesmo que tenha poder de apagar a memória histórica e substitui-la por dogmas ideológicos e abstrações doentias.

Espero que a HBO Max reconsidere e que a história do cinema seja preservada, mas , eu temo que o vento da revolução marxista está levando para longe a nossa humanidade.

Carlos Alberto Chaves Pessoa Júnior Professor. É formado em Letras pela UFPE.

JORNAL DA CIDADE ONLINE

Postagens Relacionadas

Deixe um comentário