Sergio Moro é um furacão. Por onde passa, destrói tudo.
Tentou destruir o governo Bolsonaro. Não conseguiu, mas o efeito colateral dessa tentativa foi devastador – quando ele ‘abriu a falange conservadora’, ele desguarneceu o flanco por onde entraram os ‘progressistas’ e destruíram a Lava-Jato. Sob o silêncio complacente de Moro.
Posteriormente, ingressou e implodiu o pequeno partido Podemos, que havia investido todas as suas fichas em sua figura. Não satisfeito, ele entrou no União Brasil “causando” e, agora, com seu novo objetivo: ser governador de São Paulo – claro que ele não tem chances – mas como ele gosta, será um golpe mortal na trôpega candidatura do governador Rodrigo Garcia (PSDB) à reeleição. Resumindo, o fogo caminha com ele.
A cúpula do União Brasil ameaça romper com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e lançar o ex-juiz Sergio Moro como candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano.
O discurso é de que Moro não só daria palanque a Luciano Bivar, pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, como ajudaria ainda mais a eleger deputados federais da sigla no estado.
“Há membros da executiva em São Paulo que querem colocar o Moro candidato a governador para ter um palanque no estado, fortalecer o 44 (número do União Brasil). Para alguns deputados, isso é conveniente porque, com uma candidatura a governador, você teria um voto de legenda mais considerável”, afirmou à coluna o deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente do União Brasil em São Paulo.
A aposta é de que a “dobradinha” Moro candidato ao governo e sua esposa, a advogada Rosângela Moro, a uma vaga na Câmara por São Paulo contribuiria ainda mais para a eleição de uma bancada federal robusta.
“Com Moro governador e a Rosângela deputada, você teria muito voto de legenda, e a Rosângela, automaticamente, herdaria esses votos que o Moro teria para deputado federal. Então, uniria o útil ao agradável. Seria um belíssimo palanque para o Bivar em São Paulo, além de favorecer a chapa de deputado federal em São Paulo e o União Brasil no país como um todo”, argumenta Bozzella.
Depois de ter sua desastrosa saída do governo Bolsonaro orientada pela deputada Joice Hasselmann, Moro arruma um conselheiro ainda pior, o deputado Junior Bozzella, responsável pela desintegração do PSL-SP.