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OPINIÃO: 3 mistérios e uma resposta

por Ornan Serapião
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“É provérbio meu que, tendo excluído tudo o que é impossível aquilo que fica, por mais improvável que pareça, é a verdade” (sobre detecção e crimes). (A Coroa de Berilos – Sherlock Holmes).

Três mistérios rondam o Brasil:

1) Os ministros petistas do Supremo, dizem que não aceitam o voto auditável porque o atual sistema é “um espetáculo de segurança” e se posicionam contra o Presidente e o povo;

2) Os 7 senadores que se intitulam G7 criaram uma CPI e pediram a um Ministro do Supremo que obrigasse sua instalação e investigam um crime em que ninguém roubou, ninguém pagou, ninguém produziu, ninguém entregou e acusam o Presidente de cometer prevaricação;

3) Os jornalistas da imprensa escrita e falada reproduzem pesquisas, todos os dias, em que Bolsonaro já perdeu a eleição do ano que vem e aproveitam para esculhambar o Presidente dentro destas pesquisas, como fez o Datafolha nesta última: “Maioria acha Bolsonaro desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário e pouco inteligente”.

Analisemos o primeiro mistério: urnas “espetacularmente seguras”. Diferente do que diz Barroso, todos desconfiam das urnas eletrônicas, inclusive os que receberam votos:

“Nestes 25 anos de urna eletrônica, o Congresso Nacional aprovou três leis que tornaram obrigatória a impressão dos votos digitados no aparelho, nos mesmos moldes do modelo desejado pelo presidente Jair Bolsonaro. Todas elas, contudo, foram logo derrubadas”. Estranho, não?

“A primeira lei foi aprovada em 2002. Nas eleições deste mesmo ano, a Justiça Eleitoral pôs em prática o voto impresso paralelo ao voto eletrônico, como teste, em apenas 150 cidades. O resultado foi negativo”. Bizarro.

“Atendendo ao pedido da Justiça Eleitoral (que sempre tem como Presidente um Ministro do Supremo), o Congresso Nacional revogou a lei do voto impresso um ano depois da experiência de 2002”. Misterioso.

“As outras duas leis do voto impresso vieram em 2009 e 2015, mas foram invalidadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”. Mirabolante.

“Uma pesquisa de opinião feita neste mês mostra… que, 58% dos brasileiros se disseram favoráveis à impressão do voto. A sondagem foi feita pelo Instituto MDA Pesquisa, por encomenda da Confederação Nacional do Transporte (CNT). (Fonte: Agência Senado)”. Invulgar, quase nenhuma divulgação da pesquisa.

O segundo mistério, uma CPI, que o Supremo obrigou a ser instalada contra o governo. Para comandar essa CPI foram escolhidos, a dedo, os piores parlamentares que a Republica recente já produziu: Omar Aziz, investigado por desvios de recursos (260 milhões) para a área da saúde quando ele foi governador do Amazonas, Renan Calheiros, o “Atleta”, na lista da Odebrecht e Randolfe Rodrigues, o “Múmia”, da mesma lista. Uma escolha intrigante.

Eles investigam, atualmente, o crime da compra de uma vacina em que ninguém roubou, ninguém pagou, ninguém produziu, ninguém entregou e ainda acusam o Presidente de cometer prevaricação. Algo misterioso e etéreo. Eles também já investigaram: cloroquina, gabinete paralelo, irmãos Miranda, nada descobriram, mas Bolsonaro sempre é culpado. Perturbador.

Nas sessões da CPI usam as mortes dos brasileiros provocadas pelos vírus para se promoverem em discursos intermináveis, sempre afirmando que “são bons, que estão fazendo isso porque as famílias dos brasileiros pedem. Que o Supremo sempre os apoia”. Malévolos, cínicos e venenosos.

O terceiro mistério, a grande mídia falada e escrita reproduzindo pesquisas sobre a derrota de Bolsonaro para o ano de 2022 e avacalhando o Presidente através destas. O governo Bolsonaro cortou repasses milionários para este setor. Como vingança os jornalistas, criminosamente, pedem a morte de Bolsonaro, como fez o jornalista da Folha. Aqui o mistério começa a se desfazer.

Outros jornalistas dizem coisas assim sobre Bolsonaro: mentiroso, escatológico, cínico, arrogante, desequilibrado, demente, incendiário, torturador, golpista, racista, fascista, nazista, xenófobo, miliciano, criminoso, psicopata e genocida. Quando levados as barras da justiça são sempre inocentados pelos juízes, se vitimizam e dizem que a imprensa é perseguida. Enigmático.

Bolsonaro disse sobre a CPI: – “Caguei!”

Horrorizados todos os jornais da Globo e CNN disseram que o Presidente usou palavras chulas para se referir à CPI. Sobre palavras chulas usadas por seus colegas jamais se assombraram.

Os fatos citados são suficientes para a análise e conclusão destes mistérios, pois “tendo excluído tudo o que é impossível aquilo que fica, por mais improvável que pareça, é a verdade”. Assim, autoridades que se dizem isentas, órgãos que deviam zelar pelos direitos dos brasileiros e jornalistas que deviam informar, se misturam num intricado complô contra o presidente, resultando disto o quadro confuso que se apresenta aos brasileiros. Tudo parece obscuro, ambíguo, mas:

1) O Supremo aparece nos 3 mistérios que intrigam a nação;

2) O Supremo apoia todos os atos contra o Presidente;

3) O Supremo, partidos que perderam as eleições, deputados, senadores e a imprensa aparecem unidos contra o Presidente nos fatos descritos.

Eis a resposta para os 3 mistérios:

– Os antigos donos do poder querem retomar a qualquer preço o que perderam!

Finalizo com as palavras de Martin Luther King:

“A crueldade entre os homens não é só cometida pelas ações medonhas daqueles que são maus, mas também pela omissão pervertida daqueles que são bons.”

Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

JCO

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