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Operação contra sonegação fiscal e lavagem de dinheiro tem dois presos em flagrante por posse de drogas e armas

por Ornan Serapião
4 minutos para ler

Operação investiga grupo empresarial do setor de comércio atacadista de materiais de construção, em Salvador e Ilhéus.

Por G1 BA

Sefaz inicia operação contra grupo suspeito de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em comércio de materiais de construção na BA — Foto: Divulgação/Polícia Civil - BA
Sefaz inicia operação contra grupo suspeito de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em comércio de materiais de construção na BA — Foto: Divulgação/Polícia Civil – BA

Duas pessoas foram presas em flagrante durante a operação “Corações de Ferro”, iniciada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) para investigar sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, por um grupo empresarial do setor de comércio atacadista de materiais de construção.

Apesar dos flagrantes terem sido durante a operação, os presos foram detidos por posse de drogas e armas. A operação aconteceu em Salvador e Ilhéus, no sul da Bahia, e cada suspeito foi preso em uma das cidades. Eles não tiveram identidade divulgada.

Em Salvador, o suspeito foi encontrado com latas de lança perfume e compridos de ecstasy, além de três armas de fogo e munições. Já em Ilhéus, o homem foi encontrado com duas armas de fogo.

No total, a operação teve 23 alvos, entre eles pessoas jurídicas e físicas. Dezoito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 11 em Ilhéus e os outros sete na capital baiana. Documentos, celulares, computadores e outros objetos, como maquinetas de loja, foram encontrados.

O grupo empresarial comprava ferro como se fosse o consumidor final, para evitar pagar os impostos para empresas. Depois disso, o material era revendido.

As investigações apontam também que “laranjas” eram usados no quadro de sócios das diversas empresas criadas, para atuar na compra e venda do ferro, para a construção civil. Os investigados também usavam Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) falsos.

A Sefaz também detalhou que as empresas desse grupo eram enquadradas irregularmente pelo regime do Simples Nacional, que é um sistema de tributação para micro e médias empresas.

A Justiça determinou o bloqueio de bens do grupo e dos sócios, para garantir o pagamento dos valores sonegados. O valor dos bens bloqueados ainda não foi divulgado.

A secretaria detalhou que os R$ 11 milhões sonegados foram por meio de operações fraudulentas. Os investigados vão responder por crimes contra ordem tributária, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

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