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NARA RESENDE: “Bolsonaro é um homem do diálogo espontâneo, livre, franco, direto.”

por Ornan Serapião
13 minutos para ler

Por Nara Resende*

No dia 04 de abril de 2020, a Folha de São Paulo convidou alguns profissionais para fazerem uma leitura sobre a personalidade do Presidente Jair Messias Bolsonaro.

Dentre os consultados, decidi rebater os argumentos de dois professores da USP, Christian Dunker e Míriam Debieux Rosa e do psicanalista Mário Corso.

Naquele veículo de comunicação, afirmam que o Presidente tem atitudes que se enquadra numa lógica paranóica, messiânica e delirante, demonstra fragilidade e onipotência.

Contrapondo o primeiro argumento;

1- “Lógica paranóica, messiânica e delirante.”

FATO: Jair Messias Bolsonaro recebeu uma facada em Juiz de Fora durante sua campanha presidencial.

FATO: Candidatos a deputados e governadores usaram o seu nome como trampolim e depois o descartaram.

FATO: Presidente da Câmara usurpou o seu protagonismo na Reforma da Previdência.

FATO: STF juntamente com o Congresso e a midia articulam para lhe retirar o poder conquistado de modo legítimo.

FATO: Governador adultera dados da Saúde.

“A Resolução nº 26, assinada em 20 de março de 2020 pela Secretaria de Segurança Pública do Governo de São Paulo, considera que qualquer cadáver, independentemente da causa da morte, “é portador potencial de infecção por Covid-19”:

FATO: Ministro escolhido por ele adia a autorização de um medicamento capaz de salvar vidas durante a pandemia da COVID-19.

Fatos, fatos, fatos!

Se o Presidente vive sob a realidade dos fatos, quem delira aqui?

Quem é o paranóico?

O Presidente tem os pés no chão, tem a cabeça ligada na realidade factual.

Delírio seria se ignorasse a grandeza dos perigos a que está exposto.

2- O Presidente demonstra “fragilidade e onipotência”.

Frágil porque assume que repensou algumas de suas decisões?

Não seria tal comportamento um gesto de força e grandeza?

Frágil porque reza, ora e se ajoelha diante de altares?

Frágil porque usa palavras chulas para, concretamente, desmacarar a trama do jogo do politicamente correto?

Frágil porque recebeu cusparada na cara e não revidou?

Frágil porque chora, bate na mesa e se indigna com uma midia que lhe acusa de ser o mandante do assassinato de uma vereadora?

Onipotente? Messiânico?

Seguiu todas as regras eleitorais.

Usou as redes sociais como principal meio de publicidade.

Alcançou a sua meta com gasto de campanha no valor R$ 2.812.442,38.

Foi eleito com 57.797.847 de votos.

Puxa vida, esses dados, de fato, sugerem onipotência. Os profissionais entrevistados devem ter se espantado com esses dados.

Apesar desses feitos hercúleos, Bolsonaro é Messias, mas não é messiânico.

O nome disso é POTÊNCIA! Ele é um presidente POTENTE, por isto alcançou o topo. Foi a sua POTÊNCIA que o levou ao mais alto cargo do país.

Mais uma vez, a sua riqueza veio de dentro, de sua POTÊNCIA.

Terceiro e último contraponto, Dunker, em 14 de novembro de 2019, numa entrevista para a revista eletrônica Brasil de Fato, afirmou que “Bolsonaro é tirano solitário”.

“Brasil de Fato” ou de boato?

De quais meios absolutistas o Presidente se utilizou até o momento?

Confiscou a sua casa?

Dividiu a sua família?

Invadiu as suas terras?

Impediu que você professasse a sua fé?

Decaptou gays?

Enforcou traficantes?

Trancafiou opositores políticos?

Monitorou o seu celular?

Controlou o seu horário de sair de casa?

Determinou quantos quarteirões você pode transitar?

Proibiu banhistas de frequentar as praias das cidades?

Bloqueou as redes sociais?

Desarmou você?

Impediu de usar o Fundo Partidário para combater a pandemia do Covid-19?

Libertou criminosos e ameçou trabalhadores?

Não, nenhuma atitude tirânica foi tomada, portanto cai em cacos mais esse argumento.

Bolsonaro é um homem do diálogo espontâneo, livre, franco, direto.

Usa de chistes com os mais conhecidos, brinca com as palavras, conversa com seus pares de verdade e rompe com quem entra em dissonância com o seu projeto inicial de campanha. Ele escuta os eleitores.

Um Presidente que, pela primeira vez na história do Brasil, sofre, chora e sente o que seu povo sofre, sente e chora.

Ele, no mais legítimo da palavra, REPRESENTA a voz amordaçada dos brasileiros.

Finalmente, darei um recado aos meus pares de profissão.

O bom profissional não analisa discurso, isto eu aprendi em 1990, no quinto período de Psicologia, quando atendi os primeiros pacientes durante estágio na Clínica da Universidade Federal de Uberlândia.

Nossa, eu era uma garota!

O bom profissional observa os detalhes, as entrelinhas, o que não foi dito, os gestos, o tom da voz, a lágrima contida, a alegria sofrida, as palavras soltas, gemidas, mal faladas, tremidas, cuspidas, desesperadas, honrosas, amorosas.

O bom profissional analisa o contexto em que o indivíduo está inserido.

Se amado, perseguido, ameaçado de fato ou por delírio.

Por fim, os Conselhos Federais, Regionais e as Sociedades PSIS precisam deitar-se, novamente, nos divãs para que as suas ideologias políticas não contaminem diagnósticos e não adulterem prognósticos.

Um apelo de uma profissional que não quer ver a sua classe perder a credibilidade tão duramente conquistada.”

Nara Resende, psicóloga clínica há 27 anos.

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