Jovens Luiz Felipe (17) e Fabrício Victor (15), encontrados mortos na manhã de sábado em Nova Iguaçu – FACEBOOK
Rio – Uma escadaria rumo a um céu iluminado. Foi nesta imagem que Claudia Pimentel, tia de Fabrício Victor Veiga da Silva, de 15 anos, e Luiz Felipe da Silva Mesquita, de 17, encontrados mortos no terreno de uma empresa de ônibus em Nova Iguaçu, na manhã de sábado (28), encaixou a foto dos jovens. “É com muita tristeza no coração que eu digo adeus aos meu sobrinhos tão amados. Minha família toda está de luto neste momento e não conseguimos acreditar que isso seja real”, escreveu.Os corpos já chegaram ao cemitério de Nova Iguaçu, localizado no Centro da cidade, para o velório. O enterro acontecerá às 15h30. Parentes e amigos ainda não chegaram ao local. Sobre o primo dos jovens, Breno Pimentel, de 18 anos, que foi encontrado morto ao lado dos dois, o cemitério ainda não tem informação.“Sei que eles estão lá em cima agora, ao lado de Deus, olhando para nós. Dói muito saber que nunca mais poderei ver seus sorrisos ou sentir seus abraços. Que a força e a fé estejam ao meu lado e ao da minha família para superarmos este momento de tristeza. Descansem em paz, meus queridos sobrinhos, e saiba que você jamais serão esquecidos”, diz o final da mensagem da tia.Em entrevista à TV Globo, a mãe de Fabrício e Luiz Felipe, Maria Anastacia Clemente da Silva, que também tem uma filha de 8 anos, estava inconformada: “A gente realmente não sabe o que houve, não sabe por que mataram eles. A gente só sabe que mataram os meninos e foi de tiro. Meus filhos eram tudo pra mim. Eu quero acreditar que eles foram viajar. Muitas mães já passaram por isso, eu não desejo pra ninguém, é uma dor muito grande”, desabafou.Luciana Dias, irmã do padrasto dos meninos, José Dias da Conceição, diz que estão todos bastante abalados. “Eram bons meninos, nunca soube de estarem envolvidos em algo errado. Meu irmão está muito arrasado com a situação, criava os dois como filhos desde pequenos”, conta, acrescentando que o casal está junto há cerca de 15 anos. “Mesmo distante dos meninos, eu tinha convivência, visitavam minha casa de vez em quando. Eles estudavam, ajudavam a mãe dentro de casa, eram meninos muito bacanas pra poder ter um fim desses”, lamenta Luciana, que mora em Inhaúma, na Zona Norte do Rio.A mãe contou que os rapazes saíram de casa durante a madrugada. “Pegaram a moto do meu esposo escondido”. Os corpos das três vítimas foram encontrados em um terreno a menos de um quilômetro de uma unidade da Polícia Militar na cidade. A moto usada pelos rapazes, mortos com tiros na cabeça, ainda não foi encontrada. A região é a mesma onde 17 pessoas foram mortas em março 2005, no episódio que ficou conhecido como Chacina da Baixada (total de 29 mortes). (odia)